OBSERVAÇÕES QUANTO AO COPIA (DO TEXTO ORIGINAL) E COLA (NO BLOG).
1 – Parte da formatação original foi alterada pelo blog.
2 – O blog não copiou as figuras.
3 – As Notas de Rodapé, que no original estão ao pé da página, aqui no blog estão ao final da publicação.
4 - FACE AS DIFICULDADES ENCONTRADAS A PUBLICAÇÃO SERÁ POR PARTES:
Parte 1 - Até item 2 - SUPERVISÃO <<< Clique Aqui
Parte 2 - Item 3 - HISTÓRICO DA SUPERVISÃO <<< Clique Aqui
Parte 3 - Item 4 - MARCO METODOLÓGICO até o final. <<< Clique Aqui
Parte 3 - Item 4 - MARCO METODOLÓGICO até o final. <<< Clique Aqui
O MAPA DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL EM DUQUE DE CAXIAS - 2000 a 2016.
PARTE 2
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO – UNIGRANRIO
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA – PROPEP
Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes – PPGHCA
Mestrado Acadêmico em Humanidades
OSMEIRE PINHEIRO DE MATOS
O MAPA DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL EM DUQUE DE CAXIAS: As transformações ocorridas na Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias/RJ nos de 2000 a 2016.
Dissertação apresentada à Universidade do Grande Rio como requisito parcial para obtenção de título de Mestre em Humanidades, Culturas e Artes.
Orientadora: Prof.ª. Dra. Jacqueline Cássia Pinheiro Lima
Duque de Caxias/RJ
2018
Dados de Catalogação-na-Publicação
M433m Matos, Osmeire Pinheiro de.
O mapa da supervisão educacional em Duque de Caxias : as
transformações ocorridas na Secretaria Municipal de Educação de
Duque de Caxias/RJ nos de 2000 a 2016 / Osmeire Pinheiro de
Matos. – 2018.
186 f.; 30 cm.
Orientadora : Prof.ª Dra. Jacqueline Cássia Pinheiro Lima
Dissertação (Mestrado em Humanidades, Culturas e Artes)
– Unigranrio, 2017.
1. Supervisão educacional. 2. Formação profissional. 3.
Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias/RJ.
I. Lima, Jacqueline Cássia Pinheiro. II. Unigranrio –
Dissertação (Mestrado em Humanidades, Culturas e Artes).
III. Título.
CDD 370.113072
|
Elaboração: Irany Gomes Barros – CRB/7-3569
3.
HISTÓRICO DA SUPERVISÃO
No Brasil o Supervisor Educacional, como já citado
anteriormente, desempenhou diferentes funções, tanto nos espaços escolares
quanto nas diversas secretarias de Educação. Desde os primórdios, o trabalho é
inerente ao homem. Dessa forma, segundo Aguiar (1991, p. 37), o trabalho pode
ser entendido como “[...] atividade proposital, orientada pela inteligência, em
que o ser social, ao agir sobre o mundo externo, modifica a sua natureza”. Com
a vinda dos jesuítas para o Brasil, com o plano de ensino formulado pelo padre
Manuel da Nóbrega, foi possível observar a função supervisora nas atividades
pedagógicas do plano geral de estudos, que mais tarde passa a ser de
responsabilidade do “prefeito geral dos estudos”. Em 1827, o professor absorveu
as funções de Docência e Supervisão, ou seja, ensinava aos alunos mais
avançados, que se tornavam monitores e supervisionava as atividades de ensino e
a aprendizagem dos alunos.
A partir do século XVIII, segundo Santos (2012,
p.25), inúmeras inovações tecnológicas ocorreram, modificando a vida das
sociedades humanas, ocasionando mudanças significativas na organização
econômica com a passagem de um modelo de economia agrária e artesanal para um
modelo de economia industrial. Surge o trabalho assalariado, em que o
empresário passa a ter controle sobre o empregado, e a produção de bens de
consumo era estimulada. É nesse contexto que surge a figura do
gerente-supervisor, cuja função, ainda segundo Santos (2012, p.25), era
habituar os empregados às suas tarefas e mantê-los trabalhando através do
emprego de métodos coercitivos, com o propósito de exercer o controle do
processo de produção, visando à sua melhoria em termos de qualidade e
quantidade. Devido à expansão das empresas, o controle passou a ficar mais
complexo. Surge, então, a racionalização do trabalho, com divisão de tarefas, e
Bergue (2010, p.47) destaca Taylor, aquilo que denominou de organização
racional do trabalho, acentuada importância ao conferir a divisão de trabalho e
à especialização do operário como determinante, entre outros, da máxima
eficiência organizacional.
O mesmo autor cita ainda o paradigma de produção em
massa, desenvolvido por Ford. Para ele, na esteira dos postulados
tayloristas[23] e fordistas,[24] Weber, o respeitado teórico da
burocracia, defendeu as tais diretrizes de organização do trabalho como forma
de alcançar melhores níveis de desempenho às organizações em termos de
eficiência. Têm significativo destaque as organizações do setor público, que
para ele, são as mais próximas expressões da burocracia, ainda permeadas por
seus mais evidentes traços disfuncionais.
É criado nos Estados Unidos da América, e depois no
Brasil, o Serviço de Supervisão Educacional como principal elemento de controle
da produtividade do ensino nas escolas, através da burocratização
administrativa das funções do Supervisor Educacional e da fiscalização técnica
do trabalho docente em sala de aula por parte desse profissional. Tais
mecanismos perduram fortemente até o início da década de 1990, com o advento da
globalização (SANTOS, 2012, p. 176). No período republicano, a Supervisão
Educacional tinha a denominação de Inspeção Escolar, e vale lembrar que essa
função está inserida no contexto da época, com o Parecer nº 252/1969, do
Conselho Federal de Educação – CFE, que regulamenta a reforma do ensino
superior brasileiro (Lei Federal nº 5540/68 de 28/11/68).
O curso de Pedagogia, por sua vez, visava à
formação de professores para o ensino normal e de especialistas em Orientação,
Administração, Supervisão e Inspeção Escolar, fragmentando, assim, a função do
Pedagogo (SANTOS, 2012, p.135). O Rio de Janeiro, não diferente de outros
lugares, segue o contexto vivido naquele momento, tanto na economia quanto na
parte social, seguindo as Leis Federais de Educação, LDBEN nº 4024/61, artigo
65; LDBEN nº 5692/1971, artigo 36, que estrutura a carreira do magistério,
incluindo a Inspeção. A LDBEN nº 9394/96, no artigo 64 diz:
A formação de profissionais de
educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação
educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em
pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino,
garantida, nesta formação, a base comum nacional.
Os estados e municípios passam a ter autonomia para
organizar seus sistemas de ensino e, assim, no âmbito do estado do Rio de
Janeiro, a Inspeção Escolar foi regulamentada. “Em 2001 é publicada em 19 de
setembro a Portaria E/COIE.E/ Normativa nº 03, que define como objetivos da
Inspeção Escolar ações de caráter preventivo e sob a forma de orientação,
visando evitar desvios que possam comprometer a regularidade dos estudos dos
alunos e a eficácia do processo educacional”. (Site SEEDUC, 2016).
Em Duque de Caxias, como em outras Redes de Ensino,
o período histórico vivido influenciou a ação supervisora.
3.1 O
Município de Duque de Caxias[25]
Figura 01
– Mapa do Município de Duque de Caxias
Fonte:
Google Maps, 2016.
O município de
Duque de Caxias situa-se na periferia do Rio de Janeiro, chamada de Baixada
Fluminense,[26] conhecida como Iguassu, no século XVI, formada
pelos municípios de: São João de Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias,
Nilópolis, Belford Roxo, Queimados, Mesquita e Japeri. Divide-se em quatro
distritos e 41 bairros. 1º distrito – Duque de Caxias, 2º distrito – Campos
Elíseos, 3º distrito – Imbariê e 4º distrito – Xerém. Os 3º e 4º distritos
ainda têm características rurais. Devido ao parque industrial e petroquímico e
a um desenvolvido comércio e serviços, esse município tornou-se o segundo em
maior arrecadação de ICMS — Imposto sobre operações
relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transportes
interestadual e intermunicipal e de comunicação, do estado
(Braz; Almeida, 2010). Há no município um
conglomerado urbano e várias favelas. Os serviços de saúde e
educação são precários.
O clima é característico de baixada litorânea tropical, quente, e no
centro da cidade faz muito calor, mas é ameno na região montanhosa, do 4º
distrito. Ali, inclusive as chuvas acontecem com mais frequência do que no
resto do município (LAZARONI, 2013).
O Centro de Duque de Caxias foi um grande mangue. O solo, uma espécie de
lama escura e mole com águas estagnadas procedentes dos rios entulhados e da
Baía de Guanabara, como disse Lazaroni (2013). Os rios já foram totalmente
navegáveis. O município compreende quatro bacias hidrográficas: Bacia do
Iguaçu, Bacia do Meriti, Bacia do Sarapuí, Bacia do Estrela. No 4º distrito,
encontram-se as quedas d’água de Marimbondos e Caboclos. Ainda há florestas, e
a flora existente é variada, apesar do desmatamento atual. Há animais
característicos, como: macacos, quatis, coelhos, capivaras, preás,
porcos-do-mato e espécies de insetos e aves. Na fauna aquática
encontram-se Pescada, Robalo, Tainha, Piabinha, Acará e Traíra.
Hoje, com uma população de 882.729 habitantes, é o
3º município mais populoso do Estado do Rio de Janeiro. Está
localizado a 21 km da capital (IBGE, 2015).
As terras já estavam povoadas por índios das tribos dos Jacutingas,
quando Cabral chegou ao Brasil. Justifica-se, dessa maneira, um dos primeiros nomes
que teve o lugar: Santo Antonio do Jacutinga (em torno dos rios Meriti e
Estrela), como conta Lazaroni (2013).
Em 20 de janeiro de 1567, os franceses foram expulsos por Estácio de Sá,
e a faixa de terra doada a Cristovão Monteiro, às margens do Rio Iguaçu,
atualmente corresponde a Duque de Caxias. Em 12 de outubro de 1591, o Mosteiro
de São Bento aparecia como parte dessas terras, as quais, alguns anos depois,
foram doadas aos Beneditinos. Surge, assim, a Fazenda do Iguaçu. Em 1613 um
engenho foi instalado ali, que por muito tempo foi responsável pela conquista,
pelo povoamento e pela prosperidade da região.
Em 2008, pela Lei nº 2224 de 7/11/2008, a Câmara Municipal de Duque de
Caxias institui a criação do Museu de Percurso no município, com a denominação
de “Museu Vivo do São Bento”. Percurso do museu Vivo São Bento: 1- O prédio
colonial existente nas dependências da FEUDUC, adaptado como Casa do
administrador do núcleo colonial São Bento; 2- Igreja Nossa Senhora do Rosário
e Casarão Beneditino – sede da antiga Fazenda São Bento, tombados como
patrimônio nacional pelo IPHAN; 3- Antiga tulha da Fazenda São Bento e do
núcleo colonial – edificação destinada à instalação do espaço Cultural de
Agregação Popular (LAZARONI, 2013, p. 54).
O município tem uma história rica, em
cultura, em artes; um exemplo é a Igreja Nossa Senhora do Pilar, tombada pela
Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Há muitos artistas
barrocos anônimos, grupos teatrais, folclóricos, como as Folias de Reis, Banda
Lira de Ouro, músicos, pintores, escultores, artesãos, dentre outras formas de
cultura e arte. A história do município é conhecida também através de seus
historiadores, como é o caso da autora Dalva Lazaroni,[27] falecida
recentemente, em julho de 2016. Através do Instituto Histórico, localizado no
interior do prédio da Câmara Municipal de Vereadores, bibliotecas e museus,
suas obras são reconhecidas, e as escolas, em visitas com alunos aos espaços
culturais, fazem um trabalho de memória da cultura desse povo.
3.2 A
Supervisão Educacional no Município de Duque de Caxias
No período de 1966, na gestão do prefeito Joaquim
Tenório Cavalcante, o Departamento de Educação e Cultura teve como titular a
professora Regina Tescaro Sampaio. Não se tem registro de algum setor
responsável pela Supervisão. Registram-se as visitas das unidades escolares por
duas professoras: Ilza Luzia de Souza[28] e Jandilson dos Santos, que
visitavam as escolas com o objetivo de fiscalizar e orientar o docente em sala
de aula. De acordo com o documento da SAGP (2016), construído pela professora
Luciana Arêas Brasil, e confirmado na entrevista com a professora Ilza Luísa,
antes de 1967 não havia chefia para Supervisão.
A partir de 1967 passa-se a contar com uma
estrutura mais direcionada para o acompanhamento das escolas. Criam-se dois
setores: Divisão de Ensino Ginasial (nomenclatura da época utilizada para o
Segundo Segmento do Ensino Fundamental atual), e a Divisão de Ensino Primário.
O Ginásio Aquino de Araújo e a Escola Municipal Castelo Branco (Hoje Escola
Municipal Professora Olga Teixeira) ofereciam o Ensino Ginasial, que não
contava com Supervisão. O DEC encaminhava os professores e estes eram
contratados. Não havia quantitativo de professores formados com curso superior,
e os contratados ainda estavam cursando a faculdade. A partir do 2º ano da
faculdade, o MEC fornecia autorização para lecionar, de acordo com a indicação
do DEC. Muitos professores não possuíam formação pedagógica, eram engenheiros,
médicos, advogados, dentre outros. O trabalho pedagógico era planejado pela
própria escola. Os conteúdos eram pensados pelos professores, que se baseavam
em alguns casos, pelos pouquíssimos livros didáticos existentes na época.
Na Divisão de Ensino Primário se estruturou o
Serviço de Inspeção Escolar, chefiado pela professora Nair Chamarelli Lessa, e
o Serviço de Orientação Pedagógica, chefiado pela professora Laura Andrade e em
seguida pela professora Creusa Moulin Pinheiro. Os dois setores funcionavam na
mesma sala, o que para os integrantes dos setores (segundo conta Prof.ª Luciana
Arêas), facilitava o entrosamento das equipes e o planejamento das ações. Os
setores funcionavam na perspectiva de acompanhar as escolas primárias. O
objetivo principal era a fiscalização técnica do trabalho docente em sala de
aula e a burocratização administrativa. Vale lembrar que na época havia muitos
professores leigos.[29] Professora Luciana Arêas Brasil conta que na
escola onde trabalhava como professora — E.M. Todos os Santos, havia duas
professoras que só tinham o Primário e três estavam em formação, num curso
noturno. Uma fez o projeto Minerva[30] e foi remanejada para o trabalho na
secretaria da escola. Esta era a realidade não só do Município de Duque de
Caxias, mas praticamente de todos os municípios vizinhos e quiçá do Brasil.
Os Inspetores Escolares tinham sob sua
responsabilidade um grupo de unidades escolares, que visitavam semanalmente.
Atuavam diretamente em sala de aula, dialogando com o professor sobre o
andamento dos conteúdos, das dificuldades técnicas, da relação com os alunos,
das avaliações, enfim, de todo o processo educativo. Cobrava-se exageradamente
a apresentação do caderno de Plano de Aula e Plano de Curso. Nessa época não
existia nas escolas a figura do Orientador Pedagógico e Educacional. O Inspetor
Escolar fazia esse papel junto com o Diretor Escolar.
O Serviço de Orientação Pedagógica era subdividido
em séries: 1ª série, 2ª e 3ª séries, 4ª e 5ª séries. Tinham a responsabilidade
de discutir e elaborar o programa de cada série, como também de elaborar um
Boletim Pedagógico com sugestões de avaliações, atividades recreativas, enfim,
todo material que pudesse enriquecer as aulas. Nessa época surgiu também o
Boletim para Moral e Cívica. As reuniões com os professores eram poucas, e as
orientações eram divulgadas pelos Diretores e Supervisores. O professor não era
retirado de sala de aula para participar de reuniões pedagógicas. No início do
ano havia uma formação oferecida à Rede Municipal, e durante o ano, curso
específico, quando havia.
Em 1970, os inspetores solicitaram um profissional
direcionado para alfabetização (1ª série), que ficaram assim distribuídos: 1º
Distrito – cerca de 40 escolas sob a responsabilidade da professora Luciana
Arêas Brasil[31]; 2º Distrito – cerca de 20 escolas — Professora Jamile Pessoa;
3º e 4º Distritos não contavam com profissional formalizado. As visitas eram solicitadas
pelos inspetores, quando identificavam a necessidade de orientação específica.
As turmas (professores) recebiam as implementadoras em suas salas de aula.
Em 1971 Duque de Caxias foi considerado município
de segurança máxima por causa da REDUC, por isso os prefeitos eram indicados
pela Presidência da República. Somente em 1985, o município elegeu seu
governante novamente por voto direto. Nessa época, o município seguia o modelo
de Supervisão do estado do Rio de Janeiro, que tinha caráter de Inspeção.
Em 1973 e 1974, com o advento do Salário
Educação,[32] o DEC ampliou o atendimento ao Supletivo (1ª a 4ª série). As
empresas passaram a exigir o Certificado de Conclusão do Ensino Primário para
os trabalhadores. Surge a figura do implementador Pedagógico do Supletivo, como
também do Inspetor. Cerca de 40 escolas ofereciam o Supletivo, e o material era
fornecido pelo Serviço de Orientação Pedagógica, produzido pelo Serviço de
Educação de Jovens e Adultos do estado do Rio de janeiro, que autorizou ao DEC/DC
fazer a reprodução. Mais tarde, com o surgimento do MOBRAL, a prefeitura firma
convênio e passa a receber material específico de 2ª a 4ª séries, bem como
formação inicial aos professores. As classes de alfabetização nesse período
funcionavam em vários locais públicos, como escolas, associações e igrejas.
Entre 1967 a 1974, a Diretora do Departamento de
Educação e Cultura cria o Serviço de Inspeção Escolar, chefiado na época pela
professora Nair Chamarelli; uma equipe de supervisoras distribuídas por distrito
acompanhava as escolas com cunho fiscalizador. Na mesma época é criado o
Serviço de Orientação Pedagógica, com foco no ensino. A certificação dos alunos
(diploma da 5ª série) era conferida pela Equipe de Orientação Pedagógica e
assinada pela Diretor do Departamento de Educação e Cultura.
Após a regulamentação da LDBEN nº 5692/1971, todas
as unidades escolares tiveram de fazer o seu registro no Conselho Estadual de
Educação, acompanhadas da Comissão de Planejamento da Educação Municipal –
CPEM, formada pelos professores: Stélio José Lacerda, Nila Maria do Carmo
Siqueira, Hervalina Pires Nazareth e Vera Lúcia Almada, com o objetivo de
regularizar todas as unidades escolares junto ao CEE — Conselho Estadual de
Educação do RJ.
Entre 1975 a 1978 o Departamento de Educação foi
transformado em Secretaria Municipal de Educação e Cultura, tendo à frente o
professor Stélio da Silva Lacerda. O Serviço de Inspeção Escolar
recebeu nova nomenclatura, criando-se o Serviço de Supervisão Escolar e o
Serviço de Supervisão de Supletivo. O primeiro era chefiado pela professora
Creusa Moulin Pinheiro, tendo sido substituída duas vezes pela professora Maria
Nilza Souza de Assis, e o segundo era chefiado pela professora Luciana Arêas
Brasil. Os dois serviços tinham a função de acompanhar e orientar todo o
funcionamento das unidades escolares. As visitas periódicas continuavam. Todo o
trabalho pedagógico, desde o planejamento das ações e a formação dos
professores, era de responsabilidade da equipe. Ao final do ano, a equipe se reunia
para elaborar o plano para o ano seguinte, quando era realizado um planejamento
único.
Todos os Supervisores iniciavam o ano, nas escolas,
com as atividades planejadas pelo grupo. Em relação ao trabalho administrativo,
os Supervisores conferiam alguns documentos, como: livro de matrícula, atas de
resultados finais e diários de classe. Com a extinção do Serviço de Inspeção
Escolar, na Divisão de Atividades Auxiliares foram estabelecidas: Supervisão de
Caixa Escolar, Supervisão de Alimentação Escolar e Supervisão de Bolsa de
Estudos. Nessa mesma gestão, foi criado o Serviço de Orientação Educacional,
chefiado pela professora Elisa Combat. O período foi marcado pela preocupação
técnico-pedagógica. O Supervisor assumia de fato a proposta de trabalho desenvolvida
no setor, não se desviando dela. As escolas não contavam com Orientador
Pedagógico, mas nas escolas com o atual Segundo Segmento já parecia a figura do
Coordenador Pedagógico, escolhido pela direção. Era uma função sempre ocupada
por um professor que se destacava em suas funções docentes, e a formação mínima
não era exigida.
Entre 1979 a 1982, o professor Juberlan de Oliveira
assume como Secretário de Educação e Cultura, sendo depois substituído pelo
professor Romeu Menezes dos Santos. A Supervisão continuou com a função
pedagógica, porém contando com Supervisores que atuavam no trabalho interno e
outros no trabalho de campo (externo). A Supervisão de Supletivo deixa de
existir, passando a ser uma única Supervisão, chefiada pela professora Creusa
Moulin Pinheiro e em seguida pela professora Maria Nilza Souza de Assis. As
escolas continuavam a ser inspecionadas pelas Supervisoras do estado do RJ,
denominadas Inspetoras Escolares, trabalho com ênfase no serviço burocrático.
Nesse período, algumas escolas do atual Segundo Segmento, passaram a contar com
Secretários Escolares.
Em 1983, com o prefeito Hydekel de Freitas, ainda
indicado pela Presidência da República, o Serviço de Supervisão Educacional,
com caráter pedagógico, fazia o acompanhamento
das escolas no que se referia ao desempenho dos alunos, além de verificar
documentos escolares, que ainda estavam sob a responsabilidade da Inspeção
Escolar do estado do Rio de Janeiro. Entre 1983 a 1985, a professora
Maria Auxiliadora Viana da Silva assume a Secretaria de Educação e Cultura, e a
Supervisão passa a ser chefiada pelo professor Jorge de Oliveira.
De 1986 a 1988, o professor Hermes Machado assume a
SMEC, e, em seguida, as professoras Terezinha Silva da Costa e Lenice Calixto.
Na Supervisão, a professora Marlene Arêas Mello Duarte assume a chefia. Nessa
gestão, a Supervisão passa a receber suporte pedagógico do Serviço de
Pré-escola, do Serviço de Educação Especial e do Serviço de Orientação
Educacional. Nesse período começa a se delinear a Divisão de Ensino de 1º Grau,
chefiada pela professora Regina Loureiro Sandin. Junto à Supervisão começou a
implementação do Segundo Segmento, com professores de Matemática, Geografia,
Inglês, Ciências e Arte – o quadro não era completo. Esses profissionais
atuavam articulados com os Supervisores e também visitavam as escolas.
Em 1988 as categorias de professores fizeram 87
dias de greve, devido ao estado de calamidade que se encontrava a educação,
tendo inclusive o apoio dos Supervisores e do Serviço de Pré-escola, ou seja,
todos fizeram greve, devido aos baixos salários. Os Supervisores mostraram que
estavam em acordo com toda a categoria. Nessa época, todos os funcionários da
PMDC ganhavam salário-mínimo, não havia diferenciação entre professor,
servente, dentre outras funções. Vale ressaltar que, somente após o Plano de
Carreiras,[33] o Supervisor passa a ter sua função reconhecida, passando
ao cargo de Professor Especialista. Anteriormente não era exigida a
formação em Pedagogia para atuar como Supervisor, bastava que um professor
fosse reconhecido pela chefia como competente para assumir a função.
Os salários, após a implantação do Plano de
Carreiras, foram reajustados, e nenhum professor poderia receber menos que
cinco salários mínimos. Na chefia da Supervisão estava a professora Eliana
Marta Seraphim,[34] permanecendo no governo seguinte à frente da
Supervisão (tendo sido a chefe que esteve por mais tempo à frente desse setor).
Nessa fase os papeis das Divisões foram melhor definidos: Divisão de Supletivo,
Divisão de Pré-Escolar, Divisão de Educação Especial, Divisão de Ensino
Fundamental e Divisão de Orientação Educacional. Todos esses profissionais
visitavam as escolas, cada um obedecendo ao calendário prévio. As visitas eram
realizadas de acordo com as especificidades de cada Divisão, mas isso algumas
vezes interferia no cotidiano escolar, pois, em um mesmo dia a escola corria o
risco de receber, e muitas vezes isso acontecia, mais de três profissionais da
SME. Os Supervisores participavam ativamente das formações dos professores para
a implantação do Ciclo de Alfabetização. Muitas reuniões de consultoria eram
realizadas.
Em 1992 foi realizado o primeiro concurso para
especialista, transferindo para as unidades escolares a responsabilidade da
parte pedagógica. Vale lembrar que algumas escolas já contavam com o Orientador
Pedagógico, apesar de não ter tido concurso público, que só se tornou
obrigatório a partir da Constituição Federal de 1988, através do artigo 37,
Inciso II:
II - A investidura em cargo ou
emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada
pela EC nº 19 de 1998). VADE MECUM, 2015, p.
21).
Professores com habilitação em Pedagogia
foram “enquadrados”[35] como Professores Especialistas,[36] podendo
atuar como Orientador Pedagógico – aquele com formação em Pedagogia com
Administração Escolar ou Supervisão Escolar — ou como Orientador Educacional,
com formação em Orientação Educacional. Na época foi formada uma comissão para
que pudesse analisar a documentação dos funcionários da SME, a fim de verificar
aqueles que tivessem aptos ao enquadramento por formação, inclusive, integrava
a comissão a professora Eliana Marta, chefe do Núcleo de Supervisão
Educacional. Após esse enquadramento, o município passou a seguir a
Constituição Federal.
Nos arquivos da época, pudemos observar que o
trabalho da Supervisão era pedagógico e administrativo, que muitas vezes se
sobrepunha ao pedagógico, devido ao volume. Os Supervisores iam às escolas
verificar toda documentação, como: diários de classe, ficha individual, livro
de ponto, ata de resultados finais, planos de aula, plano de curso. Orientavam
quanto à regularização de vida escolar, dentre outras atividades.
Entre
1993 é consolidada a Divisão de Ensino Fundamental, deixando a Supervisão
Educacional com o trabalho de acompanhamento pedagógico, apesar de que o
trabalho administrativo também era visto pelos Supervisores.
De 1993 a 1996, a Secretária Municipal de Educação
foi a professora Maria Hélia Machado Lacerda, que ampliou as discussões sobre a
alfabetização e as formações pedagógicas. Cursos na linha construtivista eram
divulgados e acompanhados pela Supervisão, porém, implementados pela Divisão de
Ensino Fundamental. A professora Eliana Marta Seraphim continuou como chefe da
Supervisão, sendo substituída pela professora Rosângela Maria da Silva
Ferreira, que permaneceu na chefia entre 10/09/1993 a 31/12/1996. Nessa gestão
houve uma reestruturação do Organograma da SME/DC, onde foram criadas novas
coordenadorias, como: Coordenadoria de Ensino, que agregava todos os setores
ligados ao ensino; Coordenadoria Pedagógica, que estabelecia relações com o
Núcleo de Supervisão Educacional e o Núcleo de Orientação Educacional;
Coordenadoria de Planejamento, responsável pelo Plano Decenal, elaborado em
1993, com a participação de todas as escolas, que foram organizadas por polos
de discussão, com representatividade de todas as unidades escolares, Matrícula
Integrada ao estado do RJ e outros; Coordenadoria Administrativa, que tratava
de Gestão de Pessoal; Coordenadoria de Assuntos Auxiliares, que
fornecia suporte às unidades escolares com merenda, transporte, material e
cuidava das Bolsas de Estudos.
A Supervisão nesse período apresentou um formato de
trabalho diferenciado dos períodos anteriores, segundo a Professora Rosângela,
como: Ampliação do quadro de Supervisores, sendo: Orientadores Pedagógicos
indicados pelos Supervisores externos, e o processo de escolha se dava através
de entrevistas e análise do trabalho realizado na escola pelo profissional;
realização de encontros periódicos com a equipe externa de Supervisores
objetivando discussão e reflexão sobre o papel do Supervisor Escolar como
facilitador do processo pedagógico, problematizando questões do cotidiano junto
aos segmentos da escola; grupos de estudos em dia comum semanal, com trocas de
experiências e estudos de casos, tendo como foco principal a melhoria da
qualidade do processo ensino-aprendizagem. Permanece, portanto, a Supervisão,
com ação pedagógica, porém recebendo mais suporte dos setores ligados ao ensino.
As unidades escolares já contavam com Especialistas (Orientadores Pedagógicos),
oriundos do Plano de Cargos e Salários e dos profissionais aprovados do 1º
concurso para Especialistas realizado em 1992. A Supervisão encontrou neles
parceiros para a discussão pedagógica. O quadro, com esses profissionais, foi
formado lentamente, visto que somente as escolas maiores contavam com Professor
Especialista. Hoje as escolas contam com pelo menos um Professor Especialista,
seguindo o Lotacionograma[37] estabelecido pela SME/DC. Atualmente a Rede
Municipal, de acordo com os arquivos do SAGP (2016), conta com 586 professores
especialistas, distribuídos pelas unidades escolares.
Nesse período de gestão, a SME/DC implementou a
proposta “Escola em Movimento”, com a participação de todas as Coordenadorias e
professores da Rede Municipal, elaborando vários documentos, como: Em 1995 –
Ciclo de Alfabetização nas Escolas Públicas Municipais de Duque de Caxias; em
1996 – Reorientação Curricular, Educação Infantil, Ciclo de Alfabetização, 3ª e
4ª séries do Ensino Fundamental, A Escola em Movimento: Avaliação
Escolar, A Escola em Movimento: Avaliação do Processo
Ensino Aprendizagem e Caderno Pedagógico do Ciclo de Alfabetização
do Ensino Noturno. A reformulação do Regimento Escolar da Rede Municipal de
Ensino foi amplamente discutida com todos os segmentos da SME/DC e professores
da Rede Municipal, sendo que o encaminhamento para o reconhecimento e registro
se deu em gestão posterior (Arquivo pessoal da Professora Rosângela).
Em 1999, quando na
gestão do prefeito Zito, foi realizado um concurso público para a Supervisão Administrativa (Lei Municipal nº 1070/91, Boletim Oficial Especial
nº 1047, p.5 de 19/09/1991, art. 6º III).
Sete
profissionais, concursados para esse fim, foram empossados
para que fizessem o acompanhamento das escolas no que tange à
documentação. Na Divisão de Supervisão Educacional, havia, portanto, duas equipes: sete profissionais
que atuavam na parte administrativa e outros profissionais, indicados por Supervisores para atuarem como Supervisores Pedagógicos.
Esses
profissionais indicados passavam por entrevistas e inicialmente até por redação, para que pudessem atuar na função. Hoje não há mais a exigência desses critérios para que o OP possa atuar como Supervisor Pedagógico,
bastando uma indicação.
Atualmente são aceitos também Orientadores Educacionais, que
também atuam como Supervisores Pedagógicos. Nessa equipe só Professores
Especialistas podiam fazer visitas às escolas, o que permaneceu até 2016. Atualmente somente quatro Supervisores
Administrativos continuam na ativa, pois uma faleceu, um pediu exoneração do cargo e
outra foi remanejada para uma escola, atuando como Orientadora Pedagógica
(acordo feito entre a SME e a interessada). As
escolas eram divididas em polos, e cada escola
tinha pelo menos dois Supervisores: um Pedagógico e um Administrativo.
Mesmo tendo sido realizado um concurso específico para a função de Supervisão
Administrativa, não há ainda um regimento interno que a contemple. A função está contemplada oficialmente no PME, 2015 (Anexo 04).
Em 2013, na gestão do prefeito Alexandre Cardoso, o
trabalho da Supervisão foi modificado. A maioria dos Supervisores retornou às
escolas e até 2016 a equipe contava com: duas Supervisoras Administrativas, que faziam o trabalho
de campo, uma Supervisora Administrativa que estava readaptada para serviço
interno e uma Supervisora Administrativa licenciada. A parte pedagógica
praticamente não era mais acompanhada por essa equipe, ficando a cargo de outra
Coordenadoria. Nove Supervisores Pedagógicos permaneceram na equipe (incluindo
duas OEs e uma profissional licenciada). A CSOE, apesar de ter a nomenclatura
de Coordenadoria, se restringiu a atender a Portaria GS/SME/DC nº 32/14, para
assinatura de históricos escolares, naquelas unidades escolares onde não
contavam com a presença do Secretário Escolar, ou quando houvesse demanda,
fazendo atendimentos ao público, anotando as reclamações diversas, inclusive
das demandas relativas ao Conselho Tutelar, além de participar de comissões de
acompanhamento. Até 2016, três supervisoras respondiam pela gestão de escolas
em processo de sindicância ou de acompanhamento mais direto, ou seja, estavam
lotadas no setor, mas atuavam diretamente nas escolas, respondendo pelas Direções
afastadas.
A mudança foi radical porque inicialmente, nessa
gestão, a Divisão de Orientação Educacional e Alimentação Escolar foram
remanejadas para a Coordenadoria de Supervisão e Orientação Educacional – CSOE.
No ano seguinte, esses profissionais foram remanejados para escolas, e foi
estipulado um quantitativo de Supervisores na CSOE, apenas seis profissionais,
a fim de manter o fluxo de serviço. Alguns Supervisores foram remanejados para
a Coordenadoria de Ensino Fundamental — CEF e, ao findar o ano de 2015, foram
novamente remanejados para a CSOE e permaneceram no setor.
Observamos que as gestões dos prefeitos eleitos em
Duque de Caxias influenciaram no trabalho da Supervisão Educacional e, de
acordo com os documentos colhidos, a função supervisora será analisada nos
diferentes momentos históricos.
Quadro 02
- Trabalho da Supervisão Educacional na Rede Municipal de Duque de Caxias entre
1963 a 2017.
PERÍODO
|
PREFEITO*
|
SECRETÁRIO/
Departamento
|
SETOR
|
RESPONSÁVEL
|
FUNÇÃO
|
1963 – 1966
|
Joaquim Tenório Cavalcante
(eleito)
|
Regina Tescaro Sampaio
|
Sem registro
|
Prof. Jandilson dos Santos e
Ilza Luiza de Souza
|
Suporte Pedagógico
|
1967 – 1970
|
Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo
(eleito) e Dr. Ruyter Vidaure
Poubel.
(111 dias nas licenças do
prefeito).
|
Hilda do Carmo/DEC
|
Serviço de Inspeção Escolar
Serviço de Orientação
Pedagógica
|
Nair Chamarelli
Lessa
Laura Andrade
e Creusa Moulin Pinheiro
|
Fiscalização – figura do
Inspetor Escolar
Apoio Pedagógico
|
1971 – 1975 (14/03)
|
General Carlos Marciano de
Medeiros
(interventor)
|
Hilda do Carmo/DEC
|
Serviço de Inspeção Escolar
Serviço de Orientação
Pedagógica
|
Nair Chamarelli
Laura de Andrade
e Creusa Moulin Pinheiro
|
Função Administrativa
Função Pedagógica
|
1975 – 1978
(14/03)
|
Coronel Renato Moreira da
Fonseca
(interventor)
|
Stélio José
Lacerda Secretário
|
Serviço de Supervisão Escolar:
1º Grau e Supletivo
|
Creusa Moulin Pinheiro
Maria Nilza Souza de Assis
Luciana Arêas Brasil
|
Extingue a Inspeção, e a
Supervisão se divide em Ensino Regular e Supletivo.
|
1978 a 1982
(02/05)
|
Coronel Américo de Barros
(interventor)
|
Juberlan de Oliveira
Prof. Romeu
|
Serviço de Supervisão Escolar:
1º Grau e Supletivo
|
Maria Nilza Souza de Assis
Luciana Arêas Brasil
|
Oficializa a Supervisão de:
Caixa Escolar, Merenda Escolar e Bolsas de estudo.
|
1982 – 1985
|
Hydekel de Freitas Lima
(interventor)
|
Maria Auxiliadora Viana da
Silva
|
Serviço de Supervisão
Educacional
|
Jorge de Oliveira
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
1986 - 1988
|
Prof. Juberlan de Oliveira
(eleito)
|
Hermes
Terezinha
Lenice Calixto
|
Serviço de Supervisão
Educacional
|
Marlene Arêas Mello
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
1989 - 1990
(12/09)
1990 – 1992
|
Hydekel de Freitas
José Carlos Lacerda
(eleito)
José Carlos Lacerda – Vice –
prefeito
|
Dalva Lazaroni de Moraes
Solange Amaral
|
Serviço de Supervisão
Educacional
|
Eliana Marta Maia Seraphim
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
1993 - 1996
|
Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo
(eleito)
|
Maria Hélia Lacerda
|
Núcleo de Supervisão
Educacional
|
Eliana Marta Maia Seraphim
Rosângela Maria da Silva
Ferreira
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
1997 – 2000
|
José Camilo Zito dos Santos
(eleito)
|
Roberta Barreto de Oliveira
|
Divisão de Supervisão
Educacional
|
Elia Regina Lopes Pedrosa
Alda Maria Rodrigues de Carvalho
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa,
(Em 1999 foi realizado concurso
específico para Supervisão Administrativa).
|
2001 – 2004
|
José Camilo Zito dos Santos
(eleito)
|
Roberta Barreto de Oliveira
|
Equipe de Supervisão
Educacional
|
Maria Celeste Rodrigues Pais
Alves
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
PERÍODO
|
PREFEITO*
|
SECRETÁRIO
|
SETOR
|
RESPONSÁVEL
|
FUNÇÃO
|
2005 – 2008
|
Washington Reis de Oliveira
(eleito)
|
Selma Maria Silva Rodrigues
|
Equipe de Supervisão
Educacional
|
Venécia Barreto Cipriano da Silva
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
2009 – 2012
|
José Camilo Zito dos Santos
Filho
(eleito)
|
Maria de
Lourdes Tavares Henriques
Roseli Duarte Torres
Roberta Barreto de Oliveira
Raquel Barreto de Oliveira
|
Equipe de Supervisão
Educacional
|
Rogéria de Lima Bezerra Pedra
Nilce Bertolino dos Santos
Alves
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
2013 – 2016
|
Dr. Alexandre Cardoso
(eleito)
|
Marluce Gomes da Silva
Marcos Resende Villaça Nunes
|
Coordenadoria de Supervisão e
Orientação Educacional
|
Venécia Barreto Cipriano da Silva
Ruth Nazaré de Barros
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
2017**
|
Washington Reis de Oliveira
(eleito)
|
Marise Moreira Ribeiro
|
Coordenadoria de Supervisão e
Orientação Educacional
|
Solange Rodrigues Noronha de Souza
|
Função Pedagógica e
Função Administrativa
|
Fontes:
SAGP, 2016; * Braz; Almeida, 2010, p.68 – 69.
**
Atualização feita pela pesquisadora, 2017.
Antes, através do quadro de evolução da Rede vamos
mostrar como a Rede Municipal de Educação tem sofrido mudanças, tanto pelo
quantitativo de escolas, quanto pelo quantitativo de alunos, que vinha
crescendo até 2009, e a partir de 2010 houve um decréscimo na matrícula, fruto
talvez, das políticas implantadas nas gestões municipais.
TABELA 01
– Quantitativo de Escolas e alunos da Rede Municipal de Duque de Caxias, entre
os anos 1996 a 2016.
Observação:
Com relação ao quantitativo de funcionários nos anos de 2011 e 2012, a SME não
obteve acesso à folha da SMA, motivo pelo qual os valores foram repetidos. 2014
– quantitativo de aluno da Educação de Jovens e Adultos — EJA – 8380 + 188
alunos; PROJOVEM:[38] 8.568 alunos.
REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
DUQUE DE CAXIAS - 1996 a 2016
|
||||||||||||||
ANO
|
ESCOLA
|
CRECHE
|
TOTAL ESCOLAS
|
Nº SALAS
|
Nº TURMAS
|
FUNC.
|
Alunos CE
|
Alunos CRECHE
|
Alunos PRÉ
|
ANOS INICIAIS
|
ANOS FINAIS
|
EJA
|
TOTAL ALUNOS
|
|
1996
|
88
|
5
|
93
|
555
|
1518
|
3445
|
291
|
787
|
1054
|
31375
|
16431
|
301
|
50239
|
|
1997
|
91
|
5
|
96
|
643
|
1658
|
3589
|
296
|
239
|
1524
|
32267
|
17666
|
0
|
51992
|
|
1998
|
94
|
5
|
99
|
671
|
1737
|
3646
|
272
|
601
|
1291
|
38080
|
19226
|
0
|
59470
|
|
1999
|
95
|
5
|
100
|
720
|
1855
|
3822
|
344
|
234
|
1296
|
37210
|
15725
|
6519
|
61328
|
|
2000
|
98
|
6
|
104
|
795
|
1964
|
3959
|
424
|
341
|
1044
|
39958
|
17450
|
7296
|
66513
|
|
2001
|
103
|
6
|
109
|
864
|
2117
|
4171
|
392
|
376
|
1118
|
42198
|
17091
|
7947
|
69122
|
|
2002
|
107
|
7
|
114
|
905
|
2301
|
4171
|
501
|
364
|
1602
|
46508
|
14706
|
8821
|
72502
|
|
2003
|
110
|
9
|
119
|
960
|
2450
|
4211
|
505
|
462
|
2122
|
49750
|
14292
|
8823
|
75954
|
|
2004
|
118
|
14
|
132
|
1105
|
2913
|
4880
|
482
|
543
|
3194
|
55951
|
14377
|
11785
|
86332
|
|
2005
|
133
|
14
|
147
|
1134
|
3238
|
5155
|
521
|
689
|
3990
|
59483
|
16552
|
14123
|
95358
|
|
2006
|
137
|
16
|
153
|
1374
|
3366
|
5647
|
557
|
798
|
4316
|
58568
|
17038
|
14606
|
95883
|
|
2007
|
136
|
18
|
154
|
1342
|
3387
|
6111
|
618
|
909
|
4230
|
56489
|
16957
|
13741
|
92944
|
|
2008
|
137
|
22
|
159
|
1392
|
3377
|
6156
|
652
|
1577
|
5087
|
54931
|
17886
|
13533
|
93666
|
|
2009
|
139
|
29
|
168
|
1553
|
3453
|
6176
|
651
|
2074
|
5494
|
52079
|
17789
|
12196
|
90283
|
|
2010
|
140
|
29
|
169
|
1560
|
3471
|
6614
|
732
|
2192
|
5581
|
48853
|
18015
|
11483
|
86856
|
|
2011
|
143
|
31
|
174
|
1584
|
3358
|
6614
|
769
|
2435
|
6202
|
47408
|
17083
|
10091
|
83988
|
|
2012
|
141
|
32
|
173
|
1576
|
3289
|
6614
|
739
|
2657
|
6748
|
45904
|
17004
|
8781
|
81833
|
|
2013
|
142
|
32
|
174
|
1550
|
3347
|
6005
|
757
|
2630
|
6508
|
44706
|
16436
|
9203
|
80240
|
|
2014
|
140
|
33
|
173
|
1565
|
3317
|
5871
|
761
|
2647
|
7404
|
43861
|
15984
|
8568
|
79225
|
|
2015
|
142
|
33
|
175
|
1539
|
3342
|
5646
|
747
|
2489
|
7583
|
42981
|
15588
|
7896
|
77284
|
|
2016
|
145
|
33
|
178
|
1561
|
3438
|
6390
|
749
|
2451
|
8431
|
42557
|
16185
|
8621
|
78994
|
|
Fonte: SMA/Estatística, 2016.
|
Passamos então a descrição das gestões pesquisadas,
entre 2000 a 2016.
3.3 A Supervisão na Gestão de 2001 a 2004
Em 1997 no primeiro governo do
prefeito Zito, a professora Elia Regina Lopes Pedrosa estava na chefia da DSE,
permanecendo até 1998, sendo substituída pela professora Alda Maria Rodrigues
de Carvalho, em 16/03/1999,[39] escolhida pelo grupo de Supervisores da
época, que atuou na função até 02/02/2001. A professora Alda impôs algumas
condições para que pudesse atuar como chefe da equipe, que seriam: que a gestão
fosse compartilhada e que fosse organizada uma Equipe Interna. As condições
foram aceitas. O grupo então escolheu os Supervisores para que atuassem na
Equipe Interna. Foram escolhidos os seguintes Supervisores: Elisa Rodrigues
Santos e Sandra Eduarda Leocádio (responsáveis pelas formações), Edméa Castro
dos Santos Soutello, Carmem Lúcia da Silva Sampaio, Izaura Maria Dias de
Almeida (responsáveis pelo atendimento às escolas no setor), Paulo Ferreira dos
Santos (responsável pelo Ciclo de Alfabetização).
Essa equipe era responsável pela formação interna
dos Supervisores, acompanhamento sistemático do trabalho realizado pelos
Supervisores (realizado por meio de consultorias), intercâmbios entre
diferentes setores da SME/DC, participação, sempre que necessário, das reuniões
da chefia, planejamento, organização e implementação dos encontros com
orientadores pedagógicos. Nesse período foi organizado um projeto para
atendimento das escolas de dificílimo acesso, atuais escolas de
campo,[40] com o objetivo de divulgar os trabalhos realizados por essas
escolas e as ações bem-sucedidas.
O encontro era mensal, tendo sempre uma escola
polo. Ali eram compartilhadas as informações necessárias e os trabalhos
realizados pelas escolas. Esse projeto surgiu do clamor das escolas distantes,
que se sentiam separadas da Rede. A equipe da ESE e a direção da escola polo
eram responsáveis pelo planejamento dos encontros. Cada mês uma das escolas era
escolhida como Escola-Polo, onde as reuniões aconteciam, e a unidade era
responsável pela acolhida das outras escolas convidadas. Os temas eram
sugeridos por elas, e foram trabalhados os seguintes temas, dentre outros:
Construção do PPP, Inteligências Múltiplas, Psicogêneses da Língua Escrita,
Dificuldades de Aprendizagem, Avaliação, Tipologia Textual. Os encontros eram
divididos em três momentos: 1º- Fundamentação teórica sobre o assunto
escolhido; 2º - Almoço; 3º - Relatos de experiências e reflexão sobre a teoria
estudada e a prática dos profissionais na escola. Os encontros proporcionavam
estudo, reflexão e momentos de descontração, além de fortalecer a amizade entre
os membros das escolas envolvidas.
A Equipe de Supervisão Educacional tinha
autonomia para desenvolver as ações, que consideravam necessárias para o
crescimento da equipe. Uma das metas da época era a formação dos Supervisores,
e quinzenalmente eram realizados grupos de estudos, com temas diversos. Com a
implantação do Ciclo de Alfabetização na Rede, a Equipe Interna realizou
formações para professores, principalmente para aqueles que atuavam no Ciclo de
Alfabetização (esses professores recebem uma gratificação de 30% sobre o
vencimento para que possam se dedicar aos anos iniciais do Ensino Fundamental).
A SME contava com a assessoria do educador Miguel Arroyo, que participava do
planejamento das formações relativas ao Ciclo de Alfabetização. Foi um tempo de
muito estudo e muitas trocas de experiências, o que fazia com que o grupo da
SME estivesse em conexão com as escolas.
Além
dos profissionais que compunham a Equipe Interna, havia funcionários
administrativos que apoiavam o trabalho dos Supervisores e faziam todo o
trabalho administrativo, como: controle de frequência da equipe, entrega de
material para os Supervisores, organização das reuniões internas e apoio à
chefia; havia uma equipe de Supervisores de Campo, que acompanhavam as escolas
regularmente através de vistas in loco. A Equipe Interna
acompanhava o trabalho dos Supervisores de Campo, através dos registros em
Termo de Visita e das Assessorias. Quando surgiam problemas com as escolas, a
Equipe Interna tomava conhecimento para que soluções fossem pensadas em
conjunto, aliviando, assim, o trabalho dos Supervisores de Campo.
Em
1999, a professora Angela Regina Figueiredo da Silva Lomeu, percebendo a
carência da Rede em relação ao trabalho administrativo, sugeriu que fosse
realizado um concurso para Supervisores Administrativos com o objetivo de
acompanhar o trabalho administrativo nas escolas e fornecer suporte para as
outras equipes da SME, que na época não contava com a figura de um advogado
para despachar com o Ministério Público. Além dessas duas funções, os
Supervisores Administrativos seriam os responsáveis em analisar toda a
documentação referente ao Enquadramento de Profissionais da Educação e dos
Concursados, o que acontecia sempre que necessário (até hoje os Supervisores
Administrativos são responsáveis pela análise da documentação de novos
profissionais na SME, exceto em 2016, quando outros profissionais também
participaram dessa análise).
A Secretária de Educação acatou a sugestão, e esse
grupo foi formado com os seguintes profissionais: Ednilson Amorim, Elisângela
do Amaral Soares, Jesuína Fátima de Andrade (falecida), Jussara Cosme Cabral,
Marlene Lauritzen da Silva Soncim, Osmeire Pinheiro de Matos (nome atual) e
Sandra dos Santos Garrão. Além dos concursados, dois Supervisores, após
avaliação do setor e pela experiência em campo, foram escolhidos para atuar
como Supervisores Administrativos: Profs. Especialistas Paulo Roberto e Jorge
da Silva. Esses profissionais faziam consultorias aos profissionais concursados
e sem experiência na função. Inicialmente a professora Angela Lomeu, chefe do
Departamento Geral de Ensino, conversou com os Supervisores Administrativos
esclarecendo o motivo do concurso para a função, falou das necessidades das
escolas e da SME, em relação ao suporte técnico necessário, e sobre a vantagem
do recebimento do dificílimo acesso por parte de todos, que serviria para
cobrir gastos com locomoção às escolas.
Nessa época, foi entregue um documento contendo: o
perfil do Supervisor Administrativo, área de atuação, forma de atuação e
atribuições específicas.[41] Em 2000, através da chefia imediata foi
entregue um documento contendo as funções relativas ao trabalho administrativo,
através do Ofício Circular nº 02/2000,[42] que ratificou as orientações
recebidas em 1999, na posse dos profissionais. As reuniões com essa equipe
aconteciam às segundas-feiras, e com a Equipe Pedagógica às terças-feiras. As
escolas foram divididas em polos, e cada Supervisor atuava com 10 escolas. Um
dos polos não contava com visitas regulares de Supervisor, e todo o grupo fazia
o atendimento, geralmente na SME.
O grupo de Supervisores Administrativos,
concursados para esse fim, atuava nas escolas somente no acompanhamento da
parte administrativa. As formações foram programadas através de Jornadas
Administrativas, realizadas com o objetivo de fazer formação em serviço para
aqueles que atuavam nas secretarias escolares. Além dessas funções, os
Supervisores Administrativos realizavam visitas às escolas privadas que
ofereciam bolsas de estudos para alunos da Rede Municipal de Duque de Caxias.
Através de processo autuado pela escola interessada, na SME/DC, os Supervisores
visitavam as escolas com o objetivo de verificar toda a parte documental em
relação ao funcionamento da escola, baseados na Deliberação do CEE/RJ nº
231/1998, bem como a parte de pessoal, garantindo que todos os professores
fossem formados com pelo menos o Ensino Normal e contratados pela escola. Após
toda verificação documental e parte física do prédio, um parecer conclusivo era
emitido, sendo favorável ou não para que a escola pudesse participar do
Programa de Bolsas de Estudo, que mais tarde passou a ser fiscalizado pela
CAE,[43] com profissionais indicados para realizar a verificação in
loco das condições da escola.
O suporte às outras equipes era fornecido sempre
que necessário, e as portarias eram redigidas com a participação dos
Supervisores Administrativos. A DSE funcionava então com duas equipes:
Supervisores Administrativos e Supervisores Pedagógicos. Os Supervisores
trabalhavam através de atividades, tendo de realizar 20 atividades mensais,
incluindo as formações da Equipe Interna, as visitas, consultorias, encontros
promovidos por outros setores da SME.
No
início de 2001, a professora Maria Celeste Rodrigues Pais
Alves[44] assumiu a chefia do setor, e deu continuidade ao Programa de
Formação dos Supervisores Educacionais. Os Supervisores Administrativos
continuavam com o trabalho de acompanhamento às escolas. A Equipe Interna foi
composta de outros profissionais, inclusive a pesquisadora fez parte dessa
equipe, e organizava os materiais para estudo, as apostilas, fazia a leitura de
termos de visitas e encaminhamentos necessários à outras chefias, a fim de
atender às necessidades das escolas. Nessa época, muito material foi produzido,
e a equipe estudava muito (havia quinzenalmente GEs com temas considerados
necessários ao trabalho da Supervisão). A equipe de Supervisores construiu uma
agenda anual e ali constavam: os contatos de todos da equipe; o calendário
escolar; os objetivos mensais, tanto da Supervisão Administrativa quanto da
Educacional; as datas e os temas dos Grupos de Estudos e os objetivos dos
plantões. Esse documento foi organizado até 2011, quando a equipe recebeu a
última agenda, que servia de consulta para o trabalho em campo.
Nesse período a SME contava com a assessoria da
professora Sônia Regina Scudese Dessemone Pinto (falecida), que mantinha
contato direto com a DSE (nova nomenclatura) para solução de dúvidas e fornecia
informações e orientações em relação ao planejamento das ações desenvolvidas
pela SME/DC. Toda diagnose da Rede era feita pela DSE.
Em 2002 a proposta pedagógica da Rede Municipal foi
concluída, e um livro sobre o assunto foi entregue aos profissionais da Rede,
com o seguinte tema: “Escola em Movimento”. Em 2003 o Sistema Municipal de
Ensino de Duque de Caxias foi instituído pelo Decreto nº 4238 de 22/05/2003,
[...]passando a disciplinar a
educação escolar garantindo a autonomia do Município para organizar sua Rede de
Escolas, para baixar normas para seu funcionamento e para supervisionar e
avaliar sua própria Rede e as escolas de educação infantil da Rede Privada. As
atribuições conferidas aos atos legais mencionados atendem ao que dispõe a
LDBEN nº 9394/1996 de 20/12/1996 (SIE[45]/DC, 2006, p.2).
Tanto
na gestão da professora Alda Maria, quanto na gestão da professora Maria
Celeste, havia ênfase nas formações dos Supervisores, com o intuito de que o
Ciclo de Alfabetização pudesse ser atendido da melhor forma. Toda a equipe da
SME participava das formações, dentro de seu horário de trabalho.
3.4 A Supervisão na Gestão 2005 a 2008
Em 2005, foi criado o Conselho
Municipal de Educação de Duque de Caxias,[46] através da Deliberação
CME/DC nº 01/2005 de 24/11/2005, “Fixa normas para a organização da Educação
Básica no Sistema Municipal de Ensino”, o que fortaleceu o trabalho da
Supervisão. Nessa gestão, agora com o novo Prefeito, Washington Reis de
Oliveira, a chefia da DSE foi escolhida pelo voto direto dos Supervisores
Educacionais (Pedagógicos e Administrativos). Algumas pessoas se inscreveram
como candidatos, como: Professores Especialistas Venécia Barreto Cipriano da
Silva, Rosimere Pinto Carias (falecida), Consuelo Goulart André e Carlos
Orlando S. Silva. Após o processo de votação, a Prof.ª. Venécia foi escolhida
pelo grupo.
Em
2006, com a necessidade de atender ao Conselho Municipal de Educação, uma vez
que, por legislação, o CME deve funcionar amparado com órgão próprio e com a
responsabilidade do Município em autorizar as escolas privadas de educação
infantil, foi necessária a formação de uma equipe para o trabalho, através da
Portaria nº 001/GS-SME/06, de 16/02/2006, que “Designa professores para o
Serviço de Inspeção Escolar e dá outras providências” para compor a equipe de
Inspeção escolar, nos termos da Resolução nº 002/GS-SME/06. Essa equipe recebeu
um prazo de 30 dias para elaborar as diretrizes operacionais para o serviço, em
atendimento às normas do Sistema Municipal de Educação relativas à matéria,
submetendo a aprovação da SME (SIE, 2006), que estaria responsável pelas
escolas privadas da etapa educação infantil.
Supervisoras foram escolhidas para que
formassem o grupo de implantação desse serviço, foram elas: Maria Celeste
Rodrigues Pais Alves (chefe do SIE), Maria Aparecida de Andrade Ribeiro,
Cristina Ribeiro da Costa Allo, Ediméa Castro dos Santos Soutello, Raquel
Marins (Supervisoras Pedagógicas) e Osmeire Pinheiro de Matos (Supervisora
Administrativa), todas oriundas da ESE.
A Inspeção Escolar, de acordo com a
Deliberação CME/DC nº 02/2005,[47] que “Fixa normas para autorização de
funcionamento de instituições privadas de Educação Infantil que assistem e
educam crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos e onze meses”, era responsável
por: autorizar e encerrar as atividades de escolas de educação infantil e fazer
o acompanhamento. Como não havia uma relação de escolas para que o
acompanhamento fosse feito, as Supervisoras escolhidas para a função saíam em
seus carros, pelo município, à procura de escolas que deveriam ser visitadas.
Foi feita pelas Supervisoras uma relação de escolas. A Inspeção Municipal
passou a fazer o acompanhamento, e esse trabalho prossegue até hoje. Duas
Supervisoras, após três anos, pediram para que retornassem à ESE e no ano
seguinte mais duas retornaram, ficando apenas uma Supervisora, a qual
participou da implantação do Serviço de Inspeção. Mais tarde, outros
professores passaram a fazer parte dessa equipe, não necessariamente
Professores Especialistas, contrariando a Resolução nº 002/GS-SME/06, no art.
2º que diz:
Art. 2º - Os profissionais que
atuarão no Serviço de Inspeção Escolar, denominados “Inspetor Escolar”, serão
oriundos dos quadros da Secretaria Municipal de Educação, especialmente
designados para esse fim através de Portaria baixada pela Secretaria Municipal
de Educação.
Parágrafo Único – Somente poderão
ser designados para esse serviço, profissionais devidamente habilitados, nos
termos da legislação em vigor.
.
Seguindo
a visão de trabalho, o Serviço de Inspeção promoveu vários encontros com
gestores e pedagogos das escolas privadas e com pessoal que atuavam nas
secretarias das escolas, através do projeto intitulado:
FORPEG[48] (2006/2007). Foram trabalhados alguns temas, como: Formação em
Legislação Educacional, dividido em quatro módulos: Módulo I – A Importância
dos dispositivos legais na Gestão Escolar; Módulo II – Os Conselhos de Educação
Nacional, Estadual e Municipal e suas competências legais; Módulo III – A LDB
nos dias atuais e sua aplicação e módulo IV – Estudo Legislativo e sua
aplicação na Gestão escolar. Foi trabalhado também o tema sobre frequência
escolar, com o título: A Infrequência em face da LDB e o gestor como
gerenciador do processo ensino e aprendizagem. Em 2008 os seguintes temas foram
trabalhados: Módulo I – Avaliação na Educação Infantil; Módulo II – Práticas
Pedagógicas na Educação Infantil; Módulo III – Currículo na Educação Infantil;
Módulo IV – A Inclusão Educacional na Educação Infantil.
Observa-se
que em Duque de Caxias, há dois tipos de ação supervisora, uma denominada Inspeção
Escolar, que atende às escolas privadas de Educação Infantil, e a Supervisão
Educacional (Administrativa e Pedagógica), que atende às escolas públicas
municipais.
Em
2007, os Supervisores Administrativos deram continuidade ao trabalho de
formação em serviço, organizando uma formação, com uma carga horária maior, com
duração de um ano, com direito à certificação, para todos os Auxiliares de
Secretaria e Secretários Escolares. Foram utilizados os documentos
construídos anteriormente com o grupo de Supervisores concursados, livros
referentes ao assunto, Legislação Federal, Estadual e o Regimento das Escolas
Municipais (registrado no 2º Cartório Registro de Títulos e Documentos – Duque
de Caxias, RJ, sob o nº 083036, em 28/12/2005), que serve de consulta e
instrução para o trabalho de toda a equipe escolar.
3.5 A supervisão na Gestão 2009 a 2012
Em 2008 o prefeito José Camilo dos Santos,
conhecido como Zito, foi eleito, iniciando sua gestão a partir de 2009. À
frente da Secretaria Municipal de Educação esteve a professora Maria de Lourdes
Henriques, que definiu as chefias por meio de encontros e entrevistas dos
profissionais indicados pela professora Roberta Barreto. Essa Secretária
permaneceu por um ano, sendo substituída pela professora Roseli Duarte Torres,
que mais tarde foi convidada a assumir a Secretaria Municipal de Ação Social
como Assessora. Nessa ocasião, a professora Roberta Barreto de Oliveira assume
a SME/DC, tendo sido substituída posteriormente pela professora Raquel Barreto de
Oliveira, sua irmã.
A Equipe de Supervisão Educacional continuou
responsável pela organização e pelo acompanhamento das atividades pedagógica e
administrativa das escolas da Rede Municipal de Educação. Nessa
gestão duas professoras estiveram à frente da DSE: Professora Rogéria de Lima
Bezerra Pedra[49] (2009-2010) e professora Nilce Bertolino dos Santos
Alves (2011-2012). Como principal proposta foi definida a integração da Divisão
de Supervisão Educacional com a Divisão de Orientação Educacional, que tinha
como gestora a Professora Delma Marcelo dos Santos.
O objetivo da integração das Divisões era
desenvolver um trabalho de parceria nos acompanhamentos das escolas e nas
formações dos Professores Especialistas, já que a DSE era composta por
Professores Especialistas, concursados para o cargo de Orientador Pedagógico, e
a Divisão de Orientação Educacional era composta por Professores Especialistas,
concursados para o cargo de Orientador Educacional. Ambos os cargos fazem parte
da Equipe Diretiva[50] da unidade escolar e desenvolvem um trabalho
integrado. Supervisores Administrativos também faziam parte da
DSE. A Divisão ficou composta de:[51] Supervisores
Pedagógicos, Supervisores Administrativos e mais uma profissional que atuava com
permuta, professores que atuavam no administrativo e a chefe, que contava com
uma Assessora.
Foram definidos dois eixos de trabalhos para
auxiliar a escola no processo ensino e aprendizagem: a) A Supervisão
Pedagógica, que acompanhava e orientava a equipe diretiva quanto a dinâmica da
unidade escolar com seus profissionais, o desempenho dos alunos e a formação
dos Prof. Especialistas; b) A Supervisão Administrativa, que tinha como foco de
trabalho acompanhar e orientar a organização dos documentos escolares e a
formação para os Secretários, Assistentes Administrativos e também para os
Professores Especialistas, além de atender a todas as demandas e intervenções
que eram solicitadas pelas chefias e equipes da Secretaria Municipal de
Educação.
De acordo com o documento arquivado pela chefia da
época, professora Rogéria Pedra, ações foram definidas, como:
- Acompanhar
o trabalho pedagógico realizado nas unidades escolares. Os registros dos
acompanhamentos eram feitos em termos de visitas, que eram encaminhados às
chefias da SME, sempre que necessário.
-
Compunha a parte pedagógica: análise e acompanhamento do calendário escolar da
unidade escolar; acompanhamento e avaliação do quadro de desempenho escolar das
turmas, com orientações e sugestões de estratégias para melhoria dos resultados;
orientações e acompanhamento do Plano de Ação da Equipe; assistência e
orientações no cumprimento do Projeto Político Pedagógico; participação com
sugestões e orientações das avaliações dos encontros de Assessorias com as
escolas; apresentação, acompanhamento e orientações sistemáticas nas situações
de mudança do gestor da escola; avaliação e acompanhamento das estratégias para
os alunos que estão no quadro de distorção ano de escolaridade/idade;
assistência em todas as atividades, projetos, grupos de estudos e conselhos de
classe das escolas; acompanhamento do horário extraclasse (principalmente
Equipe Diretiva); levantamento sistemático do quadro de carência de
profissionais das escolas da Rede, principalmente professor; realização de
formação para Professores Especialistas em parceria com a Divisão de Orientação
Educacional; acompanhamento das avaliações encaminhadas pelo MEC: Prova Brasil
do 5º e 9º Ano de Escolaridade e Provinha Brasil;
-
Acompanhar e orientar todo trabalho administrativo e documentação das unidades
escolares. Os registros eram feitos em termos de visitas para encaminhamentos
das chefias da SME. Fazia parte desse acompanhamento administrativo: Orientação
quanto à escrituração de documentos escolares; verificação e orientação para escrituração
do Livro de Matrículas; verificação das cópias das Atas de Resultados finais
para envio e arquivamento na DSE; análise as pastas individuais dos alunos
matriculados (ficha de matrícula e individual); verificação, análise e
conferência de todos os documentos dos alunos do 9º ano de escolaridade para
emissão do certificado; verificação e orientação do Livro de Certificação;
verificação e orientações dos livros: de ponto, protocolo e pedido de
históricos; atualização do arquivo permanente da DSE; regularização de vida
escolar do aluno (livro e documentos da pasta individual do aluno);
levantamento sistemático do quadro de carência de todos os profissionais das
escolas da Rede; levantamento e acompanhamento sistemático do quantitativo de
alunos nas turmas, tomando como base o Mapa Estatístico.[52] Além da
realização de Jornadas Administrativas para orientação de Diretores,
Professores Especialistas, Secretários Escolares e Auxiliares de Secretaria;
-
Participar efetivamente de todas as Sindicâncias e Intervenções realizadas nas
unidades e com profissionais da Rede. Os Supervisores faziam parte das
comissões organizadas para apuração de irregularidades. (Fonte: Arquivo da
professora Rogéria Pedra referente ao trabalho realizado durante a Gestão Zito).
Além
das formações, dos encontros realizados, muitas visitas e atendimentos foram
realizados, como consta do levantamento de 2009, arquivado no setor:
QUADRO 03 – Levantamento do trabalho realizado até julho de 2009:
Em
2010 algumas ações foram definidas e programadas, como mostra o Quadro 04:
QUADRO 04
– Cronograma de Atividades da ESE/DC – 2010
Fonte: DSE, 2010.
Como pode ser observado, o
trabalho pedagógico e o trabalho administrativo caminhavam de forma integrada,
mesmo com suas especificidades. O planejamento era realizado com as equipes, e
as ações eram compartilhadas, o que fez da Divisão um encontro de profissionais
que trabalhavam de forma harmoniosa. A chefia e sua assessora, professora
Denise Maria Fernandes Pinheiro, tinham um bom relacionamento com todos os
integrantes do setor, bem como com outros setores da SME, o que facilitava o
andamento dos trabalhos. Era comum a DSE participar de ações planejadas por
outras equipes, pois todos trabalhavam em prol de uma educação de qualidade, e
havia uma integração por parte dos setores.
FIGURA 02 - Foto da capa da agenda recebida pela
Equipe de Supervisores que atuavam na DSE em 2009.
Constam nesta foto todos os Supervisores atuantes
na equipe em 2009, que era formada basicamente por mulheres.
Fonte:
Portfólio, SME/DSE, 2009.
3.6 A supervisão na Gestão 2013 a 2016
Nesta gestão, estava à frente a
professora Venécia Barreto Cipriano da Silva, indicada pela Secretária de
Educação. Ela já estivera à frente dos trabalhos da DSE entre 2005-2008. O
grupo continuou com a atuação na parte administrativa e pedagógica. Houve uma
reorganização na SME, e as equipes de Orientação Educacional e Alimentação
Escolar passaram a fazer parte da CSOE (antiga ESE). Havia sete Orientadores
Educacionais, que receberam algumas informações das Supervisoras
Administrativas e dos Supervisores Pedagógicos para que pudessem conhecer o
trabalho realizado na Coordenadoria. A Equipe de Alimentação Escolar era
grande, e muitos foram lotados em escolas, permanecendo apenas alguns
profissionais na CSOE. O argumento da chefia foi que só podiam atuar na CSOE
Professores Especialistas, e muitos dessa equipe eram Professores II
(concursados para atuar em função docente no Primeiro Segmento). Essa visão foi
coerente com a visão anterior, de que somente Professor Especialista poderia
fazer acompanhamento das escolas.
A Coordenadoria de Alimentação Escolar
realizou também um encontro para que todos os profissionais da CSOE pudessem
ter conhecimento do trabalho realizado. Essa equipe ficou reduzida a cinco
pessoas que faziam o acompanhamento dos mapas de alimentação
escolar.[53] Algumas atividades foram repassadas para uma empresa
terceirizada, que contava com nutricionistas e visitavam as escolas municipais.
A
CSOE então, a partir dessa nova formatação, ficou constituída de: uma Equipe
Pedagógica, uma Equipe Administrativa e contava com três psicólogas, duas
anteriormente atuavam na Equipe de Orientação Educacional e uma em escola. Foi
uma gestão bem difícil, pois além das mudanças, muitas informações foram
omitidas, e os Supervisores não tinham mais autonomia para atuar.
A
gratificação de difícil acesso, que servia de recurso para cobrir os gastos com
transporte, foi retirada do salário dos Supervisores, mesmo tendo como amparo
legal o Decreto Municipal nº 1097, de 14/02/79, publicado em Boletim Oficial em
15/02/79 que “Regulamenta a concessão das gratificações previstas no art. da
Lei nº 114, de 17/12/1976, e no art. 1º da Lei nº 85, de 26/05/1976, combinado
com o art. da Lei nº 162 de 15 de dezembro de 1977”. No parágrafo
único, alínea “a” e “b”, do art. 1º diz quais profissionais teriam direito ao
recebimento desta gratificação, sendo, portanto, aqueles que:
a) Exerçam a função de Supervisor
de Ensino e;
b) Tenham exercício no Serviço de
alimentação Escolar, na fiscalização da alimentação servidas nas Escolas
Municipais.
Diante disso, os Supervisores não podiam fazer as
visitas por falta de transporte, visto que essa gratificação cobria todos
gastos, não só com transporte, mas com pedágios e outros. Com essa nova visão
de trabalho, os Supervisores passaram a fazer as visitas com carros da SME/DC,
através de agendamentos com a COTRAN — Coordenadoria de Transporte. O trabalho
foi dificultado devido à falta de transporte para todos os Supervisores, pois
os carros atendiam a toda a SME/DC. Os Supervisores passaram então a fazer
visitas para atender prioridades a serem resolvidas e para assinaturas de
históricos escolares nas escolas que não contavam com Secretário Escolar.
As
visitas eram feitas em sua maior parte em duplas devido à carência de
transporte. Os Supervisores passaram, então, a fazer visitas somente quando
contavam com transporte, e complementavam a carga horária com plantões no
setor. Nesses plantões realizavam atendimentos ao público em geral, organizavam
o trabalho interno, pois os profissionais da Equipe Interna foram lotados em
escolas. Um profissional terceirizado foi contratado, mas desconhecia o
trabalho da Supervisão, o que dificultou o andamento do serviço. Essa mudança
na visão de trabalho influenciou os atendimentos feitos às escolas.
Documentos
como ofícios não chegavam mais à CSOE, as atas de resultados finais, enviadas pelas
escolas e que deveriam ser analisadas pelos Supervisores Administrativos,
também não, e o trabalho ficou realmente reduzido. As escolas perceberam a
ausência dos Supervisores, e alguns gestores escolares compareciam ao setor
para solicitar a presença dos mesmos e recebiam a justificativa de que havia
mudado o foco da ação supervisora em Duque de Caxias e que não voltaria mais a
ser realizada como antes. Não houve um encontro ou uma reunião para que a nova
forma de trabalho fosse comunicada às escolas, que se sentiram “órfãs” devido à
falta de Supervisores, considerados profissionais da SME na escola. De acordo
com a visão da gestão, não havia necessidade de Supervisores nas escolas, pois
as unidades escolares contavam com pelo menos um Professor Especialista, que,
segundo a gestão da época, tem função semelhante à função da Supervisão
Pedagógica.
Os
Supervisores Administrativos permaneceram com suas atividades, como:
Assessorias às Equipes Diretivas em relação ao trabalho administrativo e realização
de Jornadas Administrativas. Quanto à parte pedagógica pouco se realizou devido
à nova visão de trabalho da SME.
Em
2015 a equipe de Supervisores recebeu em uma das reuniões internas (15/04/2015)
o plano de ação “traçado pela chefia”, e não pelo grupo, no qual constavam:
Missão: A Coordenadoria de
Supervisão e Orientação Educacional tem a finalidade de acompanhar, orientar e
avaliar o trabalho das Unidades Escolares nas ações de caráter
técnico-administrativo com compromisso de uma escola democrática, humana,
solidária e libertadora.
Meta: Garantir a qualidade
de ensino a todos os nossos alunos e alunas da rede Municipal de Educação
(CSOE, 2015).
Nota-se
que tanto na missão quanto na meta para a CSOE o acompanhamento às escolas não
deixaria de existir, não se confirmando essa ação na prática. Foram
definidas algumas competências para o setor como:
A Coordenadoria de Supervisão e
Orientação Educacional tem como competências ações de acompanhamento,
orientação e encaminhamento inerentes a Supervisão Educacional e Orientação
Educacional, Nutrição Escolar e Assistência ao educando (Bolsas de Estudo).
(CSOE, 2015).
Mais
uma vez, o acompanhamento às unidades escolares é reforçado, e, de acordo com o
documento, o compromisso com a qualidade de ensino tem como proposta de ação
pedagógica atuar junto às Equipes Diretivas das unidades escolares, com vistas
ao melhor desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Já as ações dos
Supervisores Educacionais teriam como foco os acompanhamentos sistemáticos às
unidades escolares os seguintes eixos pedagógicos:
QUADRO 05
– Acompanhamento do Supervisor junto às Unidades Escolares.
Evasão Escolar
|
Alunos com idade incompatível
|
Aprendizagem
|
-
Resgatar a listagem de alunos faltosos, encaminhados ao Conselho Tutelar e/ou
Ministério Público em 2014.
-
Levantar a situação de cada aluno, os motivos e justificativas.
-
Definir as ações para a redução da baixa frequência que envolvam alunos,
professor e família.
Projeto:
Todos juntos pela frequência escolar.
-
Estabelecer parceria com o Conselho Tutelar no acompanhamento aos alunos
encaminhados.
|
-
Levantar através das Atas de Resultados Finais os percentuais de alunos
promovidos e retidos.
-
Analisar os resultados localizando os Anos de escolaridade e/ou Componentes
Curriculares com índices significativos de retenção.
-
Planejar ações de intervenção pedagógicas.
|
-
Mapear os alunos com dificuldades de aprendizagem apontados nas avaliações de
2014 e avaliação diagnóstica.
-
Definir ações de intervenção que envolvam os alunos, professor e família.
-
Acompanhar os alunos em Progressão Parcial.
-
Orientar a Equipe Técnico-Pedagógica: Análise dos planos de aula/linha
metodológica/instrumentos de avaliação; Acompanhamento em sala de aula; Leitura
dos Relatórios Descritivos; Instrumentos.
|
Fonte:
CSOE, 2015.
Esse trabalho ocorreu de forma bem restrita, devido
à situação da CSOE no período. Contava somente com uma OE (Prof.ª Especialista
Fátima Maria R.C. da Silva), o que tornou impossível um profissional dar conta
de toda a demanda. Foi feito um grupo de trabalho com quatro supervisores, um
para cada distrito. O grupo tinha a atribuição de levantar, avaliar nos
documentos enviados pelas escolas ao Conselho Tutelar (lista de alunos faltosos,
com dificuldades de aprendizagem, comportamental, retidos por frequência) os
casos de maior prioridade para o acompanhamento. Os Supervisores iam às escolas
em duplas para o acompanhamento e junto à ETP, buscou-se saber a situação dos
alunos e traçar algumas ações nas escolas, como: ir às turmas para falar sobre
frequência, conversar individualmente com os alunos, convocar responsáveis,
professores e equipe para saber sobre o planejamento de ações para esse grupo
de alunos e também para os casos mais difíceis fazer contatos com os
Conselheiros Tutelares. Esse trabalho ficou registrado em Termos de visita, mas
a CSOE não obteve resposta desse trabalho junto às escolas, talvez por não ter
tido continuidade.
Nesse documento apresentado não consta o plano de
ação dos Supervisores Administrativos, que planejaram outras ações voltadas
para o trabalho específico do administrativo. O plano de ação da Equipe
Administrativa era constituído de: identificação, justificativa, atribuições,
caracterização do público-alvo, objetivos, metas, ações, estratégias,
cronograma de ações e avaliações e as referências utilizadas no documento.
Como metas foram previstas:
- Realizar o diagnóstico inicial das unidades escolares quanto a
escrituração escolar, organização da secretaria escolar e organização e
funcionamento institucional;
- Implementar
encontros planejados com CPFPF[54] para os
Secretários Escolares e Auxiliares de Secretaria das unidades escolares;
- Criação e manutenção de comunicação com as unidades
escolares via correio eletrônico (e-mail) para esclarecimento de dúvidas e informes
da Supervisão Administrativa;
- Elaborar proposta de normatização referente a informatização,
incineração e escrituração de documentos escolares e arquivamento escolar
(ativo e inativo), para ser encaminhada à apreciação do Conselho Municipal de
Educação;
- Implementação de grupos de estudo e pesquisa permanentes com vistas a
aperfeiçoamento profissional e atualização referente às normas educacionais em vigor, a organização
técnico-administrativa das Instituições de Ensino e temas que se fizerem
necessários para a implementação de aperfeiçoamento profissional continuado aos
profissionais das unidades escolares;
- Implementação de reuniões de polo em unidades
escolares para profissionais que atuam na secretaria escolar;
- Acompanhar a atualização do arquivo da Coordenadoria de Supervisão e
Orientação Educacional referente a cópia das atas de resultados finais enviadas
pelas unidades escolares.
As
metas deveriam ser alcançadas por meio das seguintes ações e estratégias:
Ações:
- Formação Continuada para Secretários Escolares e Auxiliares de
Secretaria;
- Visitas de acompanhamento às unidades escolares de Ensino Fundamental
e Educação de Jovens e Adultos;
- Fornecimento de orientações às unidades
escolares quanto à regularização de vida escolar dos alunos;
- Encontro semestral com as unidades escolares nos polos;
- Acompanhamento do processo de certificação dos alunos concluintes do
Ensino Fundamental;
- Encaminhamento de propostas de alterações na legislação educacional em
vigor no Município, como portarias e deliberações municipais;
- Realização de pesquisas quanto a legislação educacional em vigor,
atualizações referentes a organização técnico-administrativa das Instituições
de Ensino e temas pertinentes ao campo de atuação profissional;
- Apuração de denúncias feitas à Coordenadoria de Supervisão e
Orientação Educacional através de visitas às unidades escolares da Rede
Municipal de Ensino de Duque de Caxias, em conjunto com demais setores da
Secretaria Municipal de Educação. E as seguintes estratégias:
a)
Visitas periódicas às unidades escolares, podendo as mesmas ser realizadas em
comissão conforme a necessidade da escola;
b)
Aperfeiçoamento profissional continuado dos profissionais que atuam na
secretaria da unidade escolar e em outras funções conforme a necessidade da
Rede Municipal de Ensino;
c)
Correio Eletrônico (e-mail);
d)
Reunião Interna mensal para Supervisão Administrativa;
e) Grupos
de trabalho para organização das formações e encontros a serem implementados;
f) Grupos
de pesquisa e estudos quinzenais para aperfeiçoamento e atualização
profissional.
Na
reunião interna de 03/03/2015 a Coordenadora repassou aos Supervisores
Administrativos que não haveria Jornada Administrativa, as visitas seriam
reduzidas, e em plantões quinzenais, as escolas seriam atendidas. Foi
programado um mutirão para atendimento às escolas com mais de 500 alunos,
escolas com problemas e escolas com gestores novos. Na mesma época, um levantamento
foi feito para que saber quantas escolas não contavam com o Secretário Escolar.
Os históricos escolares expedidos pela Rede Municipal estavam sendo devolvidos
pelas escolas do Sistema Estadual de Ensino, por falta de assinatura desse
profissional; chegamos à conclusão de que a Rede só contava com 29 Secretários
Escolares.
O Sistema Estadual de Ensino, responsável pelas
escolas públicas estaduais e privadas de Ensino Fundamental e Médio, obedece a
Deliberação do CEE nº 316/2010, de 30 de março de 2010, que “Fixa normas para
autorização e encerramento de funcionamento de instituições de ensino
presencial da Educação Básica, em todos os níveis e modalidades, e dá outras
providências”, em seu art. 20:
Art. 20. As instituições de
ensino privadas de Educação Básica que ministrem Ensino Fundamental e/ou Médio,
em suas modalidades, precedido (s) ou não de Educação Infantil, devem contar
com uma equipe técnico-administrativo-pedagógica com a seguinte constituição
mínima: (...)
III. secretário escolar com lato
sensu das seguintes formações: a) técnico de nível médio em Secretaria Escolar;
b) licenciatura plena em Pedagogia; c) pós-graduação lato sensu em
Administração e/ou Gestão Escolar, com, no mínimo, 360 (trezentas e sessenta)
horas, em instituição de educação superior credenciada de acordo com as normas
federais.
Esse
fato causou muitos transtornos, pois escolas estaduais passaram a revisar os
históricos recebidos da Rede Municipal e devolvê-los quando os mesmos estavam
sem a assinatura do Secretário Escolar, como exigida na legislação estadual.
Vale lembrar que: na legislação municipal não consta claramente a necessidade
do Secretário para as escolas de Ensino Fundamental, mas aparece nas
Deliberações do CME/DC a figura do Secretário, como por exemplo, na
Deliberação CME/DC nº 08/2006, em seu art. 22, em relação ao que deve
conter o histórico escolar, na alínea f “posição do carimbo do Diretor e do
Secretário nas respectivas assinaturas”, afirmando, dessa forma, que
o histórico escolar necessita da assinatura, tanto do Diretor quanto do
Secretário Escolar.
Infelizmente
outros acontecimentos, como greves e paralisações da categoria, dificultaram e
impediram que muitas ações fossem concretizadas, como reuniões por polo, dentre
outras. A entrega de documentos sob a responsabilidade dos Supervisores
Administrativos era feita de acordo com o cronograma enviado às escolas, o que
acontecia sem problemas. Esse grupo conseguiu através dos vários anos de
trabalho, fazer com que as escolas entregassem a documentação solicitada, com
raras exceções, por exemplo, Atas de Resultados Finais, entregues em março, de
acordo com o cronograma do Censo Escolar. Foi estabelecida uma parceria com o
Setor de Estatística, que contava com a professora Lana Christina Marinho de
Mello Costa à frente dos trabalhos, e, somente com a entrega das Atas de
Resultados Finais, a escola podia fazer a entrega do Censo Escolar.
Os Supervisores Administrativos sempre participaram
ativamente das reuniões do Censo Escolar, o que garantiu a entrega do documento
dentro do prazo. O Quadro de horário extraclasse, sempre entregue em março, a
fim de que os Supervisores pudessem fazer o acompanhamento dos funcionários que
atuavam fora de sala de aula — evitando, desse modo, que escolas tivessem
excedentes, o que prejudicaria o trabalho de outra escola com carência —,
passou a não ser mais entregue na SME. A escola deveria anexar uma cópia no
mural da escola.
Os Supervisores Administrativos a partir de 2015
deixaram de fazer a conferência desse documento. Outro objetivo desse quadro
era saber o dia de reunião da Equipe Diretiva para que os Supervisores pudessem
visitar às escolas nos dias em que pelo menos um membro da equipe estivesse
presente. Também era importante acompanhar o trabalho da gestão participativa,
em que por meio de uma reunião semanal, todos poderiam planejar o trabalho
escolar. A CSOE passou a não ter mais conhecimento do horário do pessoal que
trabalhava na escola, pois com a redução de visitas e a não entrega do Quadro
de Horário Extraclasse, não havia como fazer esse acompanhamento e nem saber os
dias de reunião das Equipes Técnico-Pedagógicas. Essa decisão foi tomada pela
chefia imediata da época, por considerar desnecessária a análise do documento,
por parte do Supervisor. Havia na SME uma planilha com os horários de todos os
funcionários da unidade escolar, mas a CSOE não tinha acesso a ela.
Outros
documentos eram solicitados pela escola, mas sem necessidade de entrega para
CSOE, como plano de ação da secretaria escolar. O objetivo desse documento era
fazer com que os funcionários pudessem planejar as ações da secretaria, de
forma que todos participassem.
Como havia muitos funcionários novos, foram
realizados no auditório da SME/DC, entre os dias 09 a 13 de novembro de 2015,
encontros específicos para eles, com o seguinte tema: Formação de Agentes
Administrativos. Esses encontros foram voltados aos funcionários contratados
pelo Processo Seletivo Simplificado – PSS, da Prefeitura Municipal de Educação
de Duque de Caxias. Foram organizados para capacitar os profissionais sobre o
trabalho de escrituração de documentos escolares nas unidades escolares. Foi
disponibilizado material para cada participante, e houve estudos de caso para
exemplificar a prática do trabalho da secretaria escolar.
FIGURAS
03 e 04 – FOTOS DE PARTICIPANTES DA JORNADA ADMINISTRATIVA 2015.
Fonte:
Portfólio, CSOE, 2015.
Em
2016 a SME realizou um curso para os gestores eleitos na Rede por voto direto.
Todos os gestores foram obrigados a participar durante uma semana da formação.
A CSOE participou do momento relativo à legislação, com a presença da
Coordenadora Ruth Nazaré Barros, e o restante da equipe participou como
ouvinte. Nesse mesmo ano, foi dada ênfase à informatização das secretarias
escolares, através do programa IEDUCAR,[55] apesar de não estar totalmente
adaptado à realidade da Rede. Devido a esse detalhe, a Supervisão
Administrativa tem atuado para que soluções sejam encontradas, trabalhando de
forma compartilhada com a Coordenadoria de Informática.
A professora Ruth Nazaré Barros assumiu a chefia da
CSOE, em 2016 e, mesmo com dificuldades, algumas ações foram realizadas, como:
assinaturas de históricos escolares das escolas sem Secretário Escolar e
Jornadas Administrativas, realizadas no Auditório da SME em 21 e 22
de março de 2016. Essas reuniões em geral são muito frequentadas pelas escolas.
O público-alvo foi: Secretários Escolares e Auxiliares de Secretaria da Rede
Municipal de Educação de Duque de Caxias. As reuniões forneciam informações
importantes sobre o trabalho de escrituração nas unidades escolares. Os
encontros foram elaborados de forma a sanar as principais dúvidas do trabalho
de escrituração escolar. Foi disponibilizado material para cada unidade
escolar, e houve troca de experiências entre os profissionais envolvidos.
Estas fotos foram selecionadas para o portfólio da
Coordenadoria, fazendo parte dos registros das Jornadas Administrativas
realizadas pela CSOE.
FIGURAS
05 e 06 – FOTOS DE PARTICIPANTES e SUPERVISORES DA JORNADA ADMINISTRATIVA
2016
Fonte:
Portfólio, CSOE, 2016.
Foi realizado também o “Encontro com Professores
Especialistas novos na Rede”, em 19/06/2016, no auditório da SME/DC, com o
seguinte Tema: “Especialistas em Rede”, que de acordo com o portfólio arquivado
no setor teve o seguinte objetivo:
Encontro voltado a novos
Orientadores Pedagógicos e Educacionais da Rede Municipal de Educação de Duque
de Caxias.
Realizado no auditório da SME,
foi pensado e realizado para proporcionar aos novos especialistas informações
importantes sobre o trabalho nas Unidades Escolares.
O encontro, assim como todo
material preparado, foi elaborado através de pesquisa prévia sobre as
principais dúvidas dos novos profissionais de Orientação Pedagógica e
Educacional.
Foi disponibilizado material para
cada profissional; houve explicação de pontos importantes a respeito do
trabalho na escola; roda de conversa e troca de experiência entre os
profissionais. (CSOE, 2016).
Algumas
fotos do encontro foram selecionadas para registro no portfólio.
FIGURAS
07 a 10 – FOTOS DE PARTICIPANTES DA JORNADA ADMINISTRATIVA 2016
Fonte:
Portfólio, CSOE, 2016
FIGURA 11
– FOTO DAS LEMBRANCINHAS ENTREGUES NA JORNADA ADMINISTRATIVA 2016.
Fonte:
Portfólio, CSOE, 2016
Foram realizadas assessorias para os novos diretores,
que aconteceram entre 05 a 28 de junho de 2016, na sala da Coordenadoria de
Supervisão e Orientação Educacional. Os encontros foram realizados às terças e
quintas do mês de junho, sempre para um grupo de oito a dez diretores, em
formato de roda de conversa. Para esses encontros foram elaborados livretos com
itens importantes voltados ao trabalho do gestor na unidade escolar. Durante a
roda de conversa houve explicação de cada item do livreto e troca de
experiências entre os participantes. O encontro, assim como todo material
preparado, foi elaborado através de pesquisa prévia das principais dúvidas dos
novos gestores. (PORTFÓLIO, CSOE, 2016).
As
visitas passaram a ser agendadas por prioridade, e os registros passaram a ser
feitos em relatórios, construídos pelos Supervisores e arquivados no setor. As
cópias não eram deixadas nas escolas. Nos acompanhamentos de algumas escolas
com problemas na gestão, havia também registros em um caderno, ao qual somente
a equipe da CSOE tinha acesso. Um fato importante nesse período foi a indicação
de novos secretários escolares em 104 escolas. Anteriormente os secretários
escolares faziam parte dos funcionários com função gratificada, o que os
impedia de receber 10% de regência de turma que outros profissionais na escola
recebiam. Com essa nova forma de indicação para atuação na função, os
profissionais receberiam a regência de turma, que na época era maior do que a
gratificação e estariam autorizados a fazer “Aula Extra” em outra unidade
escolar, como professor regente de turma. Anterior a essa decisão, a SME
encontrava dificuldade em lotar profissionais para a função, justamente por ter
uma gratificação irrisória e ainda, por ser considerada função de confiança,
não podia receber a regência. Essa gestão permaneceu até 31/12/2016, quando
novo prefeito foi eleito e uma nova gestão assumiu, com o objetivo de que
mudanças urgentes fossem feitas na equipe.
Em
todos os períodos da Supervisão aqui elencados, algumas ações não deixaram de
existir, como: estudo de assuntos relevantes ao trabalho pedagógico e
administrativo; orientações quanto à regularização de vida escolar, registro em
termos de visita ou relatórios, visitas às escolas, verificação de documentação
de alunos, escola e funcionários, assessorias a professores, diretores e equipe
técnico-pedagógica. Apesar da mudança de foco, o trabalho da Supervisão de
Duque de Caxias não deixou de existir, o que deixa claro o quanto essa função é
importante.
Em 2015 as escolas sentiram a falta dos
Supervisores, e muitos foram à SME/DC reclamar, sugerir a volta dos
profissionais nas escolas, o que somente aconteceu em 2017 com a chegada da
nova gestão da Secretaria Municipal de Educação, cuja pasta foi assumida pela
professora Marise Moreira Ribeiro, e na CSOE, a professora Solange Rodrigues
Noronha de Souza. Ambas firmaram um compromisso de reorganizar a CSOE e fazer
com que as escolas tivessem mais um parceiro, o Supervisor, para contar em sua
trajetória.
De acordo com coleta de dados, através dos livros
de ponto arquivados no setor, são estes os números: em 2002, havia 39
Supervisores Pedagógicos, seis Administrativos e três profissionais no Apoio
Administrativo; em 2003 havia 32 Supervisores Pedagógicos, cinco
Administrativos e dois profissionais no Apoio Administrativo; em 2004, 29
Supervisores Pedagógicos, cinco Administrativos e seis no Apoio Administrativo;
em 2005, havia 35 Supervisores Pedagógicos, cinco Administrativos e oito
profissionais no Apoio Administrativo; em 2006, havia 35 Supervisores Pedagógicos,
cinco Administrativos e cinco profissionais no Apoio Administrativo; em 2007,
havia 39 Supervisores Pedagógicos, cinco Administrativos e oito profissionais
no Apoio Administrativo; em 2008, havia 34 Supervisores Pedagógicos, quatro
Administrativos e sete profissionais no Apoio Administrativo; em 2009, havia 39
Supervisores Pedagógicos, quatro Administrativos e sete profissionais no Apoio
Administrativo; 2010, havia 29 Supervisores Pedagógicos, quatro Administrativos
e sete profissionais no Apoio Administrativo; 2011, havia 27 Supervisores
Pedagógicos, quatro Administrativos e cinco profissionais no Apoio
Administrativo; em 2012, havia 29 Supervisores Pedagógicos, quatro
Administrativos e cinco profissionais no Apoio Administrativo; em 2013, havia
39 Supervisores Pedagógicos, quatro Administrativos e cinco profissionais no
Apoio Administrativo; em 2014, havia 35 Supervisores Pedagógicos, quatro
Administrativos e três profissionais no Apoio Administrativo; em 2015 havia 48
Supervisores Pedagógicos, quatro Administrativos e três profissionais no Apoio
Administrativo; em 2016, havia nove Supervisores Pedagógicos, quatro
Administrativos e dois profissionais no Apoio Administrativo.
TABELA 02
– Quantitativo de Supervisores Educacionais entre 2000 e 2016.
Ano
|
Quantitativo
de Escolas/Creches
|
Supervisor
Pedagógico
|
Supervisor
Administrativo
|
Apoio
Administrativo
|
Psicólogo
|
2000
|
98 / 06
|
39
|
09
|
05
|
X
|
2001
|
103/ 06
|
37
|
06
|
06
|
X
|
2002
|
107/ 07
|
35
|
06
|
07
|
X
|
2003
|
110/ 09
|
38
|
05
|
06
|
X
|
2004
|
118/ 14
|
36
|
05
|
09
|
X
|
2005
|
133/ 14
|
33
|
05
|
09
|
X
|
2006
|
137/ 16
|
40
|
05
|
09
|
X
|
2007
|
136/ 18
|
45
|
05
|
08
|
X
|
2008
|
137/ 22
|
45
|
04
|
07
|
X
|
2009
|
139/ 29
|
40
|
04
|
09
|
X
|
2010
|
140/ 29
|
29
|
04
|
06
|
X
|
2011
|
143/ 31
|
28
|
04
|
07
|
X
|
2012
|
141/ 32
|
48
|
04
|
06
|
X
|
2013
|
142/ 33
|
39
|
04
|
05
|
X
|
2014
|
140/ 33
|
35
|
04
|
03
|
03
|
2015
|
142/ 33
|
48
|
04
|
03
|
02
|
2016
|
145/ 33
|
09
|
04
|
02
|
02
|
Fonte:
CSOE, 2017. * Média Anual.
GRÁFICO
01 - Quantitativo de Supervisores Educacionais entre 2000 e 2016
Fonte:
Elaboração própria, 2017.
Observa-se que o quantitativo de Supervisores
Pedagógicos diminuiu radicalmente, influenciando no trabalho exercido
anteriormente pelos Supervisores nas unidades escolares.
Mesmo
com quantitativo maior de escolas pode-se observar que: não houve concurso para
Supervisores Administrativos, o que fez com que o quantitativo permanecesse o
mesmo desde 2008, dificultando o andamento do trabalho. Em 2015 e 2016 havia no
setor dois psicólogos.
Fica
claro que em cada gestão apresentada, o trabalho da Supervisão Educacional
sofria mudanças. Entre 2001 a 2004 havia um projeto pedagógico a seguir. As
ações eram embasadas nas orientações descritas no projeto daquela gestão, de
Zito. Muitas formações foram realizadas, o que facilitava a ação do Supervisor
Educacional na escola. Já entre 2005 a 2008, a ênfase maior foi na elaboração das
Deliberações Municipais e organização do CME/DC. As ações da Supervisão
Educacional foram mantidas. As visitas continuaram com a mesma regularidade da
gestão anterior. Entre 2009 a 2012, com a volta do prefeito Zito, tentou-se
recuperar as ações de sua primeira gestão, não conseguindo dar sequência. Não
havia claro um projeto pedagógico para que a supervisão pudesse atuar nas
escolas. O que ficou claro, no contexto desta pesquisa, é que, em todas as
gestões, a figura da chefia imediata era importante para que a supervisão
pudesse dar continuidade ao trabalho de acompanhamento às escolas. A partir de
2013 a visão de trabalho da Supervisão Educacional mudou completamente. A
gestão considerou desnecessária a presença de Supervisores nas escolas. Essa
visão de trabalho não foi esclarecida aos membros da equipe. As escolas foram
comunicadas à medida que precisavam ou perguntavam pelos Supervisores.
Vê-se
claramente que o quantitativo de Supervisores diminui drasticamente devido à
nova forma de trabalho.
4 MARCO
METODOLÓGICO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.