OBSERVAÇÕES QUANTO AO COPIA (DO TEXTO ORIGINAL) E COLA (NO BLOG).
1 – Parte da formatação original foi alterada pelo blog.
2 – O blog não copiou as figuras.
3 – As Notas de Rodapé, que no original estão ao pé da página, aqui no blog estão ao final da publicação.
4 - FACE AS DIFICULDADES ENCONTRADAS A PUBLICAÇÃO SERÁ POR PARTES:
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O MAPA DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL EM DUQUE DE CAXIAS - 2000 a 2016.
PARTE 3
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO – UNIGRANRIO
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA – PROPEP
Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes – PPGHCA
Mestrado Acadêmico em Humanidades
OSMEIRE PINHEIRO DE MATOS
O MAPA DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL EM DUQUE DE CAXIAS: As transformações ocorridas na Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias/RJ nos de 2000 a 2016.
Dissertação apresentada à Universidade do Grande Rio como requisito parcial para obtenção de título de Mestre em Humanidades, Culturas e Artes.
Orientadora: Prof.ª. Dra. Jacqueline Cássia Pinheiro Lima
Duque de Caxias/RJ
2018
Dados de Catalogação-na-Publicação
M433m Matos, Osmeire Pinheiro de.
O mapa da supervisão educacional em Duque de Caxias : as
transformações ocorridas na Secretaria Municipal de Educação de
Duque de Caxias/RJ nos de 2000 a 2016 / Osmeire Pinheiro de
Matos. – 2018.
186 f.; 30 cm.
Orientadora : Prof.ª Dra. Jacqueline Cássia Pinheiro Lima
Dissertação (Mestrado em Humanidades, Culturas e Artes)
– Unigranrio, 2017.
1. Supervisão educacional. 2. Formação profissional. 3.
Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias/RJ.
I. Lima, Jacqueline Cássia Pinheiro. II. Unigranrio –
Dissertação (Mestrado em Humanidades, Culturas e Artes).
III. Título.
CDD 370.113072
|
Elaboração: Irany Gomes Barros – CRB/7-3569
4 MARCO
METODOLÓGICO
4.1 Tipo e nível de investigação
A
palavra pesquisa, apesar de popular, muitas vezes tem seu significado
comprometido. Segundo Gil
a pesquisa é
requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao
problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de
desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. (2009, p.17)
Para se realizar uma pesquisa, Segundo Lüdke;
André (2013, p.1) “é preciso promover o confronto entre os dados, as
evidências, as informações coletadas sobre determinado assunto e o conhecimento
teórico construído a respeito dele”. Geralmente isso acontece a partir do
problema estudado, gerado pelo interesse do pesquisador, que vai construindo o
saber a partir do estudo realizado sobre o assunto. Isso mais tarde levará à
composição de soluções para o problema encontrado, ou não, em alguns
casos. O problema apontado na pesquisa pode ou não ser confirmado, mesmo porque
pode haver estudos anteriores que trabalham o mesmo assunto.
Diante dessa concepção, a
pesquisa tem caráter social,
explicado por Demo (2008, p.15) como: “aquela que aponta, em geral, para a
pretensão de guinar o esforço de pesquisa para a realidade social, ressaltando
nela suas faces qualitativas”. Ainda o mesmo autor ressalta que não há que
negar suas faces quantitativas, mas o foco estaria no mundo das qualidades.
A Supervisão Educacional na Rede Municipal de Duque
de Caxias se difere de outras Redes, pois acontece no âmbito de órgão central e
é composta de outros profissionais, como: Supervisor Pedagógico, Psicólogo e
Supervisor Administrativo, que atuam nas escolas municipais. Diante disso, o
método de pesquisa realizado foi o estudo de caso, uma das modalidades de pesquisa
que se ajusta à abordagem quantitativa e qualitativa. O estudo de caso, segundo
YIN (2011, p. 4) “é um método qualitativo que consiste, geralmente, em uma
forma de aprofundar uma unidade individual”. Ainda segundo o autor, o estudo de
caso contribui para a compreensão dos fenômenos individuais, os processos
organizacionais e políticos da sociedade, bem como os motivos que levaram a
determinada decisão. Utiliza estratégia de pesquisa que abrange tudo em
abordagens específicas de coletas e análise de dados.
Alguns critérios, considerando Pires (2008),
influenciaram na seleção do caso, tais como: a tipicidade e a exemplaridade; a
possibilidade de aprendizagem; seu interesse social; e a acessibilidade à
investigação.
A pesquisa qualitativa apresenta algumas
características básicas que configuram este tipo de estudo e que vêm de
encontro com os seus propósitos, tais como: o fato de ser realizada em ambiente
natural como sua fonte direta de dados, e o pesquisado como seu principal
instrumento, a Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias-RJ, onde
atuo profissionalmente; a preocupação com o processo do estudo muito mais do
que com o produto; o significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida foi
meu foco de atenção especial como pesquisadora; a análise dos dados seguirá um
processo indutivo. Não houve, neste estudo, a preocupação em buscar evidências
que comprovem hipóteses definidas antes do início dos
estudos, mas ao longo da pesquisa surgiram dados
interessantes para a conclusão do estudo. As abstrações se formarão
ou se consolidarão basicamente a partir da inspeção dos dados (BOGDAN; BIKLEN,
1982, apud LÜDKE; ANDRÉ, 2013).
Ainda considerando o reposicionamento
epistemológico da pesquisa científica, esta passa pela reconsideração de vários
postulados do positivismo convencional: da existência de uma realidade
estritamente objetiva e única, podendo ser dividida em partes tomadas
independente umas das outras, a possibilidade de separar o observador de seu
objeto de observação e de separar os objetos de observação de seu contexto
temporal e espacial, o valor heurístico de um conceito da causalidade linear,
ou ainda, a neutralidade que garantiria a metodologia em relação aos valores.
(GUBA; LINCON, 1985 apud LAPERRIERE, 2008, p. 411).
A coleta de dados foi feita através de documentos
arquivados na SME/DC sobre a Supervisão Educacional, entrevista semiestruturada
e de observação participante, estando como pesquisadora, presente no setor em
dias de atividades internas, na SME.
A coleta documental foi necessária para os
seguintes objetivos: descrever a função do Supervisor Educacional durante
as últimas gestões municipais de Duque de Caxias-RJ – período de 2000 a
2016, e relacionar os resultados obtidos pelas equipes escolares, após as
formações e intervenções adotadas pela Supervisão Educacional da Secretaria
Municipal de Educação de Duque de Caxias-RJ. O questionário foi utilizado,
com propósitos da recolha dos dados referente ao seguinte
objetivo: descrever a função do Supervisor Educacional durante as últimas
gestões municipais de Duque de Caxias-RJ, período de 2000 a 2016.
Para a recolha dos dados qualitativos, relacionados
ao objetivo acima descrito, foi empregada a técnica da entrevista,
que segundo Meihy e Holanda:
Fonte oral é mais que uma
história oral. É o registro de qualquer recurso que guarda vestígios de
manifestações da oralidade humana. Entrevistas esporádicas feitas sem propósito
explícito, gravações de músicas, absolutamente tudo que é gravado e preservado
se constitui em documento oral. Entrevista, porém, é história oral em sentido
restrito. (2015, p.13)
Meihy; Ribeiro definem os gêneros narrativos em
história oral, história oral de vida, história oral testemunhal, história oral
temática, e tradição oral. No caso da pesquisa, optamos pela história oral de
vida, que, segundo os autores:
História oral de vida é gênero
bastante cultivado e com crescente público. Trata-se de narrativa com aspiração
de longo curso – daí o nome “vida” – e versa sobre os aspectos continuados da
experiência das pessoas. É um tipo de narração com começo, meio e fim, em que
os momentos extremos –origem e atualidade, tendem a ganhar lógica explicativa.
(2011, p.82)
A
entrevista possui etapas, como: pré-entrevista, entrevista e pós-entrevista.
Segundo os autores, a pré-entrevista corresponde à
etapa de preparação do encontro em que se dará a gravação; a entrevista, quando
a mesma acontece de fato; e a pós-entrevista é a etapa que segue a realização
da(s) entrevista(s). A pós-entrevista passa por três fases: transcrição, que é
o nome dado ao ato de converter o conteúdo gravado em um texto escrito;
destina-se na moderna história oral, a dar visibilidade ao caso ou à história
narrada; textualização, quando se escolhe o tom vital de cada entrevista, frase
que sirva de epígrafe para a leitura da entrevista — esse momento obedece a uma
lógica exigida pelo texto escrito; e transcriação, que é a elaboração de um
texto recriado em sua plenitude. Nesse momento os elementos extratexto são
incorporados.
A observação participante, conforme Minayo (2016,
p.64), consiste na inserção, como pesquisadora, no interior do grupo
investigado, tornando-se parte dele, interagindo por longos períodos, buscando
partilhar o seu cotidiano para sentir o que significa estar naquela situação. É
o contato direto com o vivido e as representações dos sujeitos da pesquisa.
Para as devidas anotações, quando do processo de observação participante, foi
organizado um quadro formulário (Apêndice F). Tanto as perguntas do
questionário, quanto as da entrevista e da observação participante, foram
elaboradas considerando a literatura científica pertinente, os objetivos
propostos e as questões da pesquisa correspondentes. (DESLAURIERS; KÉRIST,
2008).
Bogdan; Biklen (1994, apud Ludke;
André, 2013) destacam a importância de o pesquisador comparecer ao lócus da
investigação, em tempo significativo, para de fato ser capaz de elucidar as
questões de pesquisa. Nesse movimento, a coleta dos dados “em situação”
necessita ser complementada por informações obtidas por intermédio do contato
direto do pesquisador com a situação de análise. No tocante à compreensão do
contexto, os autores asseveram que os locais devem ser compreendidos no
contexto da história das instituições a que pertencem, no caso da pesquisa,
Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias-RJ.
Para a validação dos instrumentos da pesquisa, foi
realizada, conforme sugere Rosa; Arnoldi (2008), uma entrevista-piloto, com
sujeitos não selecionados como participantes da pesquisa, mas que possuem
familiaridade com o objeto de pesquisa, neste caso a Supervisão
Educacional, que serviu como forma de verificação da adequação dos
questionamentos, analisando-os como viáveis ou não, e também para que se
certificasse os posicionamentos adequados a serem incorporados ao objeto de
estudo em questão. A partir da análise das informações coletadas, os ajustes
foram feitos, as questões foram reelaboradas e o roteiros redefinido.
Foi respeitado e garantido o sigilo sobre a
identidade dos “sujeitos da pesquisa” usando numeração, sem condições de
identificação, garantindo maior tranquilidade e segurança para ambos, caso
venham a se arrepender da divulgação de algum dos dados revelados. Ter sempre
em mente que devem “prevalecer as probabilidades dos benefícios esperados sobre
os riscos previsíveis”; que “obedeça à metodologia adequada” garantindo assim o
bem-estar do entrevistado, conforme Rosa; Arnoldi (2008, p. 73-74) e Resolução
nº 466/2012.
4.2
Sujeitos da pesquisa
Os servidores lotados na CSOE no período pesquisado,
uma supervisora aposentada, totalizando 14 pessoas.
4.3
Amostra
Na pesquisa qualitativa, todas as pessoas que
participam são reconhecidas como sujeitos que elaboram conhecimentos e produzem
práticas adequadas para intervir nos problemas que identificam. Como sujeitos
da pesquisa, além de identificar os problemas, analisam-nos, discriminam as
necessidades prioritárias e propõem ações mais eficazes (CHIZZOTTI, 1991).
Para definição da amostragem buscamos identificar
quais indivíduos sociais tinham uma vinculação mais significativa com o
problema investigado. As pessoas eleitas como sujeitos da pesquisa são as mais
envolvidas no problema porque serão mais relevantes para a pesquisa
qualitativa. Assim sendo, a amostragem foi feita pelo critério da saturação, em
se considerando que as respostas às perguntas da entrevista, coerentes com os
objetivos, não apresentam mais nada de novo, ou seja, quando da constatação de redundância de informações, a partir de
certa quantidade de entrevistas realizadas. Para a garantia da
representatividade, alguns critérios foram adotados, garantindo o
sigilo e o anonimato em relação ao entrevistado. As entrevistas foram
feitas isoladas e privadamente, e os participantes não tiveram acesso às
respostas dos demais.
Para a pesquisa quantitativa, o critério de seleção
foi o aleatório simples, o tipo de amostragem probabilística mais utilizada,
quando todos os elementos da população têm a mesma probabilidade de pertencerem
à amostra. Para Minayo (2001), pode ser considerada uma amostra ideal aquela
que reflete as múltiplas dimensões do objeto de estudo. A amostragem boa é,
portanto, aquela que possibilita abranger a totalidade do problema investigado
em suas múltiplas definições, o que corresponde aos sujeitos eleitos.
4.4 Alcance
de investigação
A pesquisa tem alcance local devido à sua
importância e por se tratar de um assunto pouco explorado no município em
questão.
4.5
Análise dos dados
Foi empregada análise estatística nos dados da
pesquisa quantitativa, resultantes do levantamento documental e questionário; e
os dados da pesquisa qualitativa, resultantes da entrevista e observação
participante, foram analisados pela técnica da análise de conteúdo de Bardin
(2011), que enquanto método torna-se um conjunto de técnicas de análise das
comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens.
A técnica da análise de conteúdo das mensagens foi
organizada em três fases: 1) pré-análise, 2) exploração do material e 3)
tratamento dos resultados, inferência e interpretação. Os resultados foram
apresentados via Grelha de Categorias.
4.6 Organização dos resultados
Ao final do estudo foram apresentados os dados
coletados e uma análise criteriosa, fazendo correlação com os objetivos traçados
no início da pesquisa que são:
Objetivo
geral: “Analisar até que ponto a função supervisora exerce influência no
desempenho das equipes das escolas municipais de Duque de Caxias – RJ”.
Objetivos
específicos: Descrever a função do Supervisor Educacional durante as últimas
gestões municipais de Duque de Caxias - RJ; Relacionar os resultados obtidos
pelas equipes escolares, após procedimentos adotados pela Supervisão
Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias – RJ.
Para facilitar a leitura e conclusão da pesquisa
optamos por organizar as respostas por Grelhas de Categorias, assim
registradas:
GRELHA Nº
01 –
Papel da CSOE/SME/DC.
Categoria
|
Cód.
|
Subcategorias
|
Respostas
|
01.Papel
da CSOE
|
1.1
|
Administrativo
|
Orientação e
Acompanhamento – S1, S2, S7, S9, S11, S12, S13,S14
Análise
e Assinatura de históricos escolares – S8, S13
Atendimento
ao público – S13.
Participação
em Sindicâncias – S13.
Controle
da evasão – 08,10.
Não
citaram – S3, S4, S5, S6.
|
1.2
|
Pedagógico
|
Orientação
– S1, S2, S11
Acompanhar
as questões pedagógicas – S3, S4, S5, S6, S7, S9,S14.
Intermediar
situações de conflito –S8, S10,S14,
|
|
02.Formação
do Supervisor Educacional
|
2.1
|
Somente
Graduação em Pedagogia
|
01Supervisor
|
Pós-Graduação Lato
Sensu - Pedagogia
|
12
Supervisores
|
||
Pós-Graduação Lato
Sensu em Psicopedagogia
|
02
Supervisores
|
||
Pós-Graduação Stricto
Sensu.
|
02
Supervisores – Mestrado em Ciências da Educação
|
||
2.2
|
Ano de
conclusão do último curso.
|
= 10
anos – 06 Supervisores
Mais de
10 anos – 07 Supervisores
Menos
de 10 anos -01 Supervisor
|
|
2.3
|
Outros
cursos
|
História
– 02 Supervisores
L.P. –
01 Supervisor
Biologia
– 01 Supervisor
|
|
03.Relação
Supervisão x Escola
|
3.1
|
Visitas
|
Confiança
–S1, S2, S3, S4, S06, S7, S8, S9, S10, S14.
Reconstrução
da função supervisora na escola – S5
Bom
relacionamento – S12, S13
|
Formação
Continuada
|
Parceria
– S11
|
||
04.Forma
de ingresso na Supervisão Municipal
|
4.1
|
Convite
|
11
Supervisores
|
Concurso
Específico
|
03
Supervisores*
|
* (a
pesquisadora é concursada, mas não foi computada na pesquisa).
Fonte:
Dados da pesquisa, 2017.
Objetivo
geral:
Analisar até que ponto a função supervisora exerce influência no desempenho das
equipes das escolas municipais de Duque de Caxias - RJ.
Questão
norteadora 01:
- Qual
o papel da Coordenadoria de Supervisão e Orientação Educacional da
Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias-RJ?
Objetivo
Específico 01:
- Descrever
a função do Supervisor Educacional durante as últimas gestões
municipais de Duque de Caxias-RJ — período de 2000 a 2016.
Na
categorização feita na grelha nº 01, foi observado que, quanto ao papel da
Supervisão Administrativa, as respostas foram objetivas, pois o trabalho é
definido com mais clareza, mesmo nas diferentes gestões municipal. Quanto ao
trabalho pedagógico, por ser mais subjetivo, as respostas não ficam claras. De
acordo com Alarcão, é função do Supervisor o desenvolvimento qualitativo da
organização escolar, e a autora indica algumas ideias-força, em que a interação
é primordial, porque a escola é constituída de pessoas, que também se encontram
em desenvolvimento pessoal, o que faz com que o Supervisor tenha o papel de
mediador nas discussões apresentadas. Na pesquisa conseguimos identificar um
plano de trabalho para a Supervisão Pedagógica, que vem sofrendo mudanças
nesses anos. Foi notado que esse plano fica a cargo da chefia imediata.
Quanto
à formação do Supervisor, foi observado que todos possuem Pedagogia, e há
quatro Supervisores que, além de Pedagogia, são habilitados em outras áreas, como:
Língua Portuguesa, Biologia e História, o que enriquece de alguma forma o
trabalho em campo. O que nos chamou atenção foi o ano de conclusão dos cursos.
Somente um Supervisor concluiu o curso há menos de 10 anos, e como a educação
está em constante mudança, esse fator pode influenciar na prática supervisora.
Apesar de 13 dos entrevistados terem Pós-Graduação, ainda há um Supervisor
somente com Graduação, conflitando com os dados da Rede, que conta com 45,16%
de professores com Pós-Graduação Lato Sensu, (SMA/DC, 2016, apud Matos,
2017, p.125). Alarcão (2013, p.12) afirma que a Supervisão Pedagógica tem a
função de assistir ao professor, ao planejamento, no acompanhamento, na
coordenação, controle, avaliação e atualização do desenvolvimento do processo ensino
e aprendizagem, isso faz com que se torne necessária uma formação para esses
profissionais que atuam diretamente nas escolas, consequentemente para os
Supervisores também.
O
ingresso da maioria dos Supervisores lotados na SME/CSOE se deu através de
convite, apesar de todos serem concursados para o cargo de Professor
Especialista, nas suas diferentes funções, como: Orientador Pedagógico e
Orientador Educacional, excetuando os Supervisores Administrativos que foram
concursados para atuar como Professores Especialistas – Administração Escolar.
Desde o início da atuação, as funções foram definidas, e pelos planos de ação
atualizados ano a ano, as funções administrativas têm se mantido, o que
facilita a comunicação entre os Supervisores e as escolas. A SME não ofereceu
curso de atualização para os Supervisores Administrativos, o que pode causar
defasagem nas informações obtidas, consequentemente, influenciando o trabalho
em campo, bem como nas formações oferecidas pela Supervisão às escolas.
O
relacionamento entre a Supervisão e a escola, como foi possível observar, é
amigável, e o Supervisor procura trabalhar em parceria com a escola, que deve
ser uma organização aprendente, como afirma Senge. Esse Supervisor tem mais um
desafio a cumprir, o de levar essa reflexão às escolas acompanhadas pela
SME/DC. De acordo com esse autor, para que uma organização seja considerada
aprendente, cinco componentes básicos são necessários: Domínio Pessoal, Modelos
Mentais, Visão Partilhada, Aprendizagem em Grupo e Pensamento Sistêmico. Esse
fator torna ainda mais ampla a atuação do Supervisor, que atua como líder na
escola, mas que não recebe formação para as novas demandas da Educação
Municipal.
GRELHA Nº
02 –
Intervenção da Supervisão no Cotidiano Escolar
Categoria
|
Cód.
|
Subcategorias
|
Respostas
|
05.Formação
Continuada para Supervisão Educacional
|
5.1
|
Cursos
oferecidos pela SME para Supervisão Pedagógica
|
Não
existe – S2, S4, S5, S6, S7, S10, S14
Repasse
nas reuniões internas – S3
Formações
abertas à participação dos Supervisores – S8, S9
Grupos
de Estudos e participação em Encontros – S12
|
5.2
|
Cursos
oferecidos pela SME para Supervisão Administrativa
|
Não
existe – S1, S2, S4, S5, S6, S7, S8, S9, S10, S11, S12, S13, S14.
Repasse
nas reuniões internas – S3
Grupos
de Estudos e participação em Encontros – S12
|
|
5.3
|
Cursos
realizados por iniciativa própria
|
Seminários
e oficinas – S6,
Os
outros não indicaram os cursos realizados por iniciativa própria.
|
|
06.Intervenção
da Supervisão Educacional no Cotidiano escolar
|
6.1
|
Relação
entre a Supervisão x Equipe Diretiva
|
Amigável
– todos
|
6.2
|
Cursos
oferecidos pela Supervisão para as escolas
|
Jornadas
Administrativas, Encontros, Reuniões – todas.
Assessorias
aos novos Especialistas da Rede –S8, S9, S12, S14
Assessorias
à Equipe Diretiva – S12,S14
|
|
6.3
|
Público-alvo
da CSOE para cursos oferecidos às escolas
|
Orientadores
Pedagógicos e Educacionais, Diretores, Secretários, Auxiliares de Secretaria
– todas
|
|
6.4
|
Outras
formas de intervenção
|
Orientações
através de estudo de caso – S2, S11.
Momentos
de reflexão coletiva sobre a educação – S4
Não
interfere no cotidiano escolar – S5
Garantir
às escolas conhecimento do seu trabalho, aumentando a qualidade no
atendimento ao público – S13
|
Fonte:
Dados da pesquisa, 2017.
Questão
norteadora 02:
- Quais
os resultados obtidos após as formações e as intervenções realizadas pela
Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias –
RJ?
Objetivo
Específico 02:
- Relacionar
os resultados obtidos pelas equipes escolares, após as formações e as
intervenções adotadas pela Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de
Educação de Duque de Caxias-RJ.
Na
categorização feita na Grelha nº 02 observamos que não houve por parte da SME
uma formação específica para o Supervisor, tanto pedagógico quanto
administrativo, o que vai de encontro às demandas das escolas atuais, com
problemas diversos e cada dia mais complexos, mesmo que este Supervisor tenha
acesso às informações — porque isso não ocorre somente nas escolas, ou nos
órgãos centrais; podendo se dar de forma pessoal, através das mídias, novas
tecnologias, que favoreçam esse acesso. Há desafios que precisam ser superados,
e esses profissionais precisam estar preparados. É preciso que eles estejam
atentos, como afirmam Ronca; Gonçalves (2006), para que não caiam no ativismo;
para os autores, é indispensável que o Supervisor perceba a relação que existe
entre o contexto social, político e econômico no qual a escola está inserida.
Nesse sentido, são necessárias, portanto, reflexões sobre o tema, formações e
trocas de experiências entre outras Redes.
Quanto
à intervenção da Supervisão no cotidiano escolar, apesar de a relação com as
escolas ser amigável, não há uma intervenção efetiva, mesmo porque a proposta
da Supervisão é de acompanhamento. A Supervisão Administrativa
interfere de uma forma mais efetiva por causa das formações oferecidas nas
Jornadas Administrativas, o que proporcionou uma regularidade nesse tipo de
atendimento às escolas, além das assessorias realizadas para profissionais que
lidam com a documentação escolar e visitas de rotina.
A
Supervisão Pedagógica não promoveu, pelo menos nos últimos 4 anos, uma formação
para as escolas, como acontece com a Supervisão Administrativa. Em alguns
momentos, assessorias foram realizadas para os novos OEs e OPs da Rede. Mesmo
assim, os Supervisores levam reflexões para que as escolas tenham consciência
do seu trabalho, aumentando, portanto, a “qualidade” do ensino. É
necessário ressignificar a Supervisão, e para Rangel (2002, p. 74)
“ressignificar tem dois sentidos: o de reconceituá-la e o de revalorizar a sua
formação e ação, reconhecendo aspectos gerais, básicos e sua especificidade. ”
E como fazer isso sem investir na sua formação?
GRELHA Nº
03 –
Resultados obtidos após intervenção da Supervisão nas escolas.
Categoria
|
Cód.
|
Subcategoria
|
Respostas
|
7.Resultados
obtidos após intervenção da Supervisão Educacional
|
7.1
|
Supervisão
Administrativa
|
Interfere
positivamente no cotidiano escolar - S1 S2, S4, S6, S7, S8, S9, S10, S11,
S12, S13, S14.
Resultados
nunca foram medidos – S5
Não
interfere – S5
Não
respondeu – S3
|
7.2
|
Supervisão
Pedagógica
|
Interfere
positivamente – S1, S3, S4, S8, S9, S14.
Não
interfere no cotidiano escolar – S2, S5, S6, S7, S10, S11, S12, S13.
|
Fonte:
Dados da pesquisa, 2017.
Questão
norteadora 03:
- A
ação supervisora interfere no cotidiano escolar a ponto de contribuir para um
melhor desempenho?
Objetivo
Específico 02:
- Relacionar
os resultados obtidos pelas equipes escolares, após as formações e intervenções
adotadas pela Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de Educação de
Duque de Caxias-RJ.
Na categorização da Grelha nº 03
observamos que, após a intervenção da Supervisão Administrativa nas escolas,
através das formações oferecidas a Equipes Diretivas, Secretários Escolares e
Auxiliares de Secretaria, os Supervisores responderam que essa Supervisão
interfere positivamente no cotidiano escolar, de forma que a mudança aconteça.
Antes de 1999, a Supervisão fazia também um acompanhamento administrativo, mas
após o concurso específico para esse fim, garantido na Lei 1070/71, art. 6º,
houve uma organização mais específica do trabalho administrativo da Supervisão.
Antes, o Supervisor era responsável por tudo na escola, após esse concurso
houve uma divisão de tarefas entre os Supervisores Pedagógicos e Supervisores
Administrativos, o que facilitou o trabalho de campo. Hoje o setor pode contar
com um material instrucional construído por esses Supervisores Administrativos,
fruto do trabalho realizado entre 1999 a 2016. Um Supervisor respondeu que não
houve uma pesquisa para que os resultados fossem mensurados; o outro não
considera que o supervisor Administrativo interfira no cotidiano escolar, após
as intervenções realizadas, e um terceiro não respondeu.
Quanto
aos resultados obtidos após a intervenção da Supervisão Pedagógica, menos da
metade respondeu que há resultados positivos, e a maior parte respondeu que a
Supervisão Pedagógica não interfere no cotidiano escolar após as intervenções
realizadas. Essas intervenções são feitas por meio de visitas de rotina
(acompanhamento), assessorias e estudos de casos, quando necessários. Portanto,
há que se pensar numa forma de atuação mais efetiva da Supervisão Pedagógica,
que atua nas escolas geralmente para “apagar incêndios” e cumprir tarefas que
muitas vezes não estão relacionadas diretamente ao ensino-aprendizagem.
Optamos
por transcrever algumas respostas relativas às considerações pessoais sobre o
Trabalho do Supervisor nas três gestões pesquisadas:
“O Supervisor, no exercício do
trabalho de Supervisão fornece orientações e zela pelo cumprimento da
Legislação Educacional e Regimento Escolar nas escolas. O que impacta diretamente
o trabalho do Supervisor são as determinações da chefia da equipe”. (S2).
“Em relação aos governos de Zito
e WR, o acompanhamento se deu de forma satisfatória. Em relação ao governo do
AC (Alexandre Cardoso) houve uma mudança radical em relação ao foco da
Supervisão. Na prática não deu certo. As escolas ficaram à deriva e houve um
clamor geral pela volta do acompanhamento dos Supervisores às escolas”. (S3).
“Governo Zito – a educação em
Duque de Caxias torna-se referência nacional. O Supervisor passa por formação
profissional de alta qualidade. Governo WR – início de governo tentando manter
o nível educacional do governo anterior, porém não permaneceu por muito tempo.
Começa aí a queda da qualidade. Governo Alexandre Cardoso – falência da educação
pública do município”. (S4).
“ Nos três governos,
embora não seja entusiasta de nenhum deles, observei grande
crescimento da rede no 1º e 2º mandatos do prefeito Zito, em que foi
dada continuidade em questões relacionadas ao Ciclo de Alfabetização (criado no
governo do prefeito Moacyr do Carmo), houve grande preocupação em se
estabelecer um Projeto Político para toda a Rede, que estava pautado em teorias
socioconstrutivistas e se buscou integrar a Rede com muitos momentos de estudos
com propostas de Reestruturação Curricular que eram discutidas em todos os
distritos do município, organizados em polos. (S6).
“Zito – diversas formações para
gestor e equipes das UEs. Projetos: Gentileza, Família presente,
Ensino Religioso. Alexandre Cardoso – juntou a Orientação Educacional à
Supervisão. Retrocesso em relação a Orientação Educacional. A visita da
Supervisão não era mais sistemática. Saída de várias Supervisoras”. (S7).
“Infelizmente neste período
presenciei falas equivocadas, questionamentos injustos com relação à equipe,
que teve o trabalho que era desenvolvido e implementado anteriormente
desarticulado, descaracterizado. A ideia inicial apresentada de atuação
conjunta, integrada entre as equipes de Orientação e Supervisão, não ocorreu de
fato. Podemos dizer que as equipes foram desestruturadas”. (S8).
“Nos últimos anos tivemos uma
descaracterização da equipe, e o pedagógico passou a ser acompanhado por outras
Coordenadorias”. (S9).
“Nas gestões dos prefeitos Zito e
WR, a Supervisão pôde executar seus trabalhos de forma a melhor assessorar às
Unidades Escolares no seu funcionamento, com apoio dos demais integrantes
destas Gestões no âmbito da SME. No entanto, na Gestão do prefeito Alexandre
Cardoso esses trabalhos foram inicialmente dificultados e, no decorrer da
gestão praticamente extintos, principalmente no tocante ao acompanhamento
sistemático às Unidades escolares” (S11).
“A cada gestão que passa há uma série de mudanças, o que muitas vezes
interfere no trabalho da Supervisão. Nem sempre os Secretários de Educação que
são designados apresentam conhecimento do trabalho, o que vem causando diversos
prejuízos. No primeiro governo do Zito o trabalho da Supervisão cresceu e se
fortaleceu, pois, a Secretária de Educação, professora Roberta, demonstrava um
grande interesse na aprendizagem dos alunos e em criar um elo entre a SME e as escolas. No segundo
governo do Zito o trabalho ficou um pouco prejudicado diante do caos que se
tornou a Prefeitura. A Supervisão continuou se fazendo presente e tentando auxiliar
os gestores da melhor maneira possível, porém as reclamações dos profissionais
eram constantes. Nos demais governos foi uma sucessão de momentos bons e ruins,
apesar das interferências, a Supervisão sempre se fez presente e tentava apagar
os “incêndios” que eram criados, através de sindicâncias, intervenções e outros
procedimentos. Cada chefia que passava pela Supervisão apresentava uma ideia,
porém o grupo sempre foi unido em prol do trabalho e não se deixava abater. No
último governo, que foi do Senhor Alexandre Cardoso, a Supervisão quase foi
extinta, pois os Secretários que assumiram vieram com objetivo de copiar o
“trabalho” desenvolvido no Governo do Estado do Rio de Janeiro, sem levar em
consideração toda a experiência adquirida pela Supervisão ao longo dos anos.
Enfim, há que considerar que a Supervisão Educacional é de suma importância
neste município e que deve ser respeitada por todos. (S12).
“Muitas das ações acima descritas
não foram realizadas no período de 2014 a 2016, pois a gestão do Prefeito
Alexandre Cardoso não entendeu como relevante o acompanhamento das escolas pela
CSOE. As visitas eram feitas apenas quando havia solicitação das direções, ou
quando surgia alguma situação mais específica. Nesse período foram realizadas
assessorias às equipes diretivas na CSOE, a fim de dirimir as principais
dúvidas referentes ao trabalho das escolas. Considero que foi uma perda muito
grande para as escolas essa falta de acompanhamento. Também houve nesse período
uma diminuição no quantitativo de supervisores, o que também contribuiu para
que não houvesse um acompanhamento mais frequente”. (S13).
“Nos governos de Zito e
Washington Reis diziam que éramos os olhos e o coração da SME. Surgindo algum
conflito na Escola, a Supervisora era a primeira a ser ouvida. No governo
Alexandre Cardoso tentaram descartar a Supervisão na Rede Municipal. (S14).
De
acordo com respostas obtidas nas entrevistas, podemos observar que: o trabalho
da Supervisão Educacional em Duque de Caxias teve momentos distintos. Na gestão
do prefeito Zito houve um maior direcionamento para que a Supervisão pudesse
fazer o acompanhamento das Unidades Escolares. Foi nessa gestão que ocorreu o
primeiro concurso público para Supervisão Administrativa. A partir desse
momento, o trabalho administrativo da escola passou a ser acompanhado
efetivamente, além das formações denominadas “Jornadas Administrativas”, em que
o público-alvo eram os profissionais que atuavam diretamente com a documentação
escolar, Orientadores Pedagógicos e Educacionais e Diretores. Além desses
profissionais, várias formações aconteceram para outras funções. A Supervisão
Administrativa esteve sempre presente nas formações da CSOE, de acordo com os
documentos analisados no setor.
A Supervisão Pedagógica participou de vários
encontros, seminários, grupos de estudos, grupo de trabalho, que serviam de
suporte para a atuação nas escolas, no acompanhamento da parte pedagógica. Com
o passar do tempo, essas formações ficaram para trás, poucas vezes aconteceram,
sendo praticamente extintas entre 2013 a 2016, quando a Supervisão teve sua
equipe esvaziada. Na visão da gestora da época, em entrevista realizada em
2017, cedida gentilmente para a pesquisa, não havia necessidade de um
quantitativo grande de Supervisores, por entender que as escolas já contavam
com Equipe Pedagógica, diferentemente de anos anteriores, e que a função
supervisora nas escolas se assemelhava à função do Orientador Pedagógico,
considerando desnecessária a presença de mais um profissional com a mesma função,
visto que esses Supervisores participaram do mesmo concurso dos Orientadores
Pedagógicos e Educacionais da Rede. A visão era que fosse formada uma equipe
multidisciplinar para atender as demandas das escolas, o que não foi
concretizada.
Em relação ao Supervisor Administrativo não foi
questionada a presença desse profissional, por entender que foram concursados
para esse fim. Mesmo assim, o impacto causado no trabalho da CSOE foi grande
porque não havia transporte para que os Supervisores pudessem atuar a contento,
o que influenciou nos resultados dos trabalhos das secretarias das escolas,
pois houve uma rotatividade grande de funcionários. Muitos foram demitidos e
aqueles que foram contratados não conheciam o trabalho administrativo das
escolas. Mesmo com alguns encontros pode-se perceber que a qualidade do
trabalho apresentado não era a mesma; um trabalho que havia sido construído aos
poucos e com compromisso pela equipe de Supervisores Administrativos.
4.7
Questões éticas envolvendo a pesquisa com seres humanos
Considerando a Resolução nº 466/12 de 12/12/2012,
foi respeitado o que determina a presente legislação, tratando a pesquisa de
forma transparente, sempre em comunicação com as autoridades competentes, e
garantindo o sigilo das informações aqui tratadas. O sigilo dos nomes dos
voluntários envolvidos na pesquisa foi respeitado, e, após a conclusão da
pesquisa, os resultados serão apresentados no local pesquisado de forma clara,
bem como a proposta de contribuição para o serviço público municipal de Duque
de Caxias. Serão cumpridas todas as exigências da resolução nº 466/2012 CNS,
que trata da pesquisa envolvendo seres humanos, conforme documentos em anexos e
apêndices. O Projeto de Pesquisa foi submetido e aprovado pela Plataforma
Brasil, através da CAE nº 65770717.1.0000.5283, em 23/03/2017.
CONCLUSÃO
Após observação participante, com técnicas de
recolhimento de dados e respostas dos participantes da pesquisa, aqueles
profissionais que atuam ou atuaram diretamente no setor da Supervisão
Educacional da Rede Municipal de Duque de Caxias, concluímos que:
Em relação ao primeiro objetivo
específico “Descrever a função do Supervisor Educacional durante as
últimas gestões municipais de Duque de Caxias-RJ- período de 2000 a
2016”, observamos que nas gestões entre 2000 e 2012, as funções da
Supervisão eram definidas de forma clara e em reuniões internas, realizadas
semanalmente, nas quais os Supervisores recebiam as devidas orientações para
atuação em campo. Outras chefias estavam sempre presentes para que as devidas
orientações fossem repassadas aos Supervisores. Havia momentos de trocas de
experiências, estudos de casos, grupos de estudos e outras formas encontradas
pelas chefias para que houvesse uma maior integração entre a Supervisão e outros
setores da SME/DC — e isso foi constatado em especial no primeiro mandato do
prefeito Zito, quando houve um investimento maior na Educação. Havia um projeto
político-pedagógico a ser alcançado; um maior direcionamento do trabalho tanto
pedagógico quanto administrativo. Nessa gestão foi realizado um concurso para
Supervisão Administrativa, o que veio contribuir para o trabalho de qualidade
nas escolas. Através das Jornadas Administrativas, os profissionais que atuam
nas secretarias escolares recebem orientações sobre escrituração de documentos
escolares. Esses encontros se dão de forma regular e são bastante prestigiados
pelos profissionais da Rede. O material instrucional foi construído por essa
equipe e é atualizado anualmente.
As chefias dessas gestões organizavam agendas tanto
para a Supervisão Pedagógica quanto para a Supervisão Administrativa,
facilitando todo o trabalho, que era planejado de forma a garantir os espaços
de trocas de experiências, grupos de estudos, dentre outros.
Entre 2013 a 2016, o trabalho da Supervisão sofreu
modificações devido à nova visão de trabalho dos gestores. A Equipe foi
reduzida, e os Supervisores passaram a atuar de forma precária, o que
influenciou no trabalho escolar. O Supervisor, antes considerado o elo entre a
SME e Escola, passou a ser tratado como aquele que ia à escola apenas para
fornecer informações emanadas pelas chefias. Os Supervisores não foram ouvidos,
sentindo-se desrespeitados pelo trabalho desenvolvido durante todo esse tempo.
Talvez se a visão de trabalho tivesse sido passada para a equipe de
Supervisores, o resultado não teria sido negativo como foi considerado. As
equipes estavam descontentes, sem entender a forma de trabalho; o Supervisor
não podia nem fazer mais o acompanhamento dos COCs, que passou a ser atribuição
da CEF.
A Supervisão Administrativa continuou com as
formações, as Jornadas Administrativas e Assessorias às escolas, e recebeu mais
uma atribuição, a de assinar históricos escolares nas escolas que não contavam
com secretário escolar nomeado. O trabalho da Supervisão Administrativa foi
reduzido de forma lamentável. Profissionais habilitados, compromissados de mãos
atadas sem poder contribuir de forma mais efetiva para que o trabalho
acontecesse com mais qualidade.
Enfim, houve o grupo que resistiu e não saiu da
Equipe e mesmo com dificuldades o trabalho aconteceu. De certo não se pode
mensurar no momento as consequências dessa nova visão de trabalho, mas
atualmente colhemos os frutos dessa gestão, que na prática não conseguiu
discutir os objetivos do trabalho da Supervisão com os Supervisores.
Já o segundo objetivo específico “relacionar os
resultados obtidos pelas equipes escolares, após as formações e intervenções
adotadas pela Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de Educação de Duque
de Caxias-RJ”, observamos que, em relação à Supervisão Administrativa, ficou
claro que há resultados positivos após as intervenções feitas, como: melhor
organização do trabalho administrativo nas escolas, construção de material
instrucional que serve de consulta para o trabalho na secretaria da escola,
comunicação mais efetiva através de e-mails, telefones, assessorias às equipes
escolares e visitas de rotina.
Quanto ao acompanhamento pedagógico, não há como
mensurar esses resultados. O trabalho pedagógico é subjetivo, mesmo com as
visitas de rotina, há vários fatores que influenciam nessa atuação, o que faz
com que a Supervisão Pedagógica não consiga ver esses resultados com mais
efetividade.
RECOMENDAÇÕES
Após
a conclusão do estudo, as recomendações à CSOE são:
- Que seja definida de forma clara as funções tanto
da Supervisão Administrativa quanto da Supervisão Pedagógica.
- Que seja construído um Regimento Interno, assim
como existe para as escolas, de forma a regulamentar as funções dos
Supervisores.
- Que sejam feitas parcerias com as Universidades,
principalmente aquelas que atuam na Baixada Fluminense, de forma que os
profissionais da CSOE recebam formações específicas condizentes à atuação em
campo.
- Que profissionais da Rede Municipal de Duque de
Caxias, com pesquisas relacionadas ao trabalho da Supervisão, sejam convidados
a participar de encontros, mesas redondas para que a função supervisora seja
discutida na Rede Municipal de Duque de Caxias.
- Que haja um maior investimento quanto à formação
do Supervisor, com bolsas de estudos a fim de que possam alcançar novas
especializações.
- Que seja organizado um grupo de trabalho com o
objetivo de publicação do material instrucional construído pela Supervisão
Administrativa.
- Que seja formada uma equipe interna condizente
com a necessidade do trabalho da Supervisão, preferencialmente profissionais
com conhecimentos relativos ao trabalho da Supervisão Pedagógica e
Administrativa.
- Que as Equipes Pedagógicas sejam atendidas através
de formações pedagógicas oferecidas pela CSOE, assim como acontece com as
Jornadas Administrativas.
- Que o Supervisor convidado passe por um crivo, em
que critérios sejam definidos, a fim de conhecer os objetivos de seu trabalho
como Supervisor.
Para a SME as recomendações são:
- Que
haja um planejamento para que novo concurso público seja realizado para a
Supervisão Administrativa.
- Que
seja regulamentada, a função da Supervisão Administrativa, garantindo na forma
da lei os direitos dos profissionais concursados para esse fim.
-
Que seja construído o Regimento Interno da SME/DC, para que todos os
profissionais que ali atuam possam saber de seus direitos, deveres e funções a
serem exercidas.
-
Que haja publicação do material construído pela Supervisão Administrativa,
valorizando assim, o trabalho realizado durante todos esses anos.
- Que o
trabalho da CSOE seja integrado ao trabalho como um todo da SME.
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SILVA, J.
L. da S. (org.). Orientação e Supervisão educacional: reflexões
sobre o fazer pedagógico. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2014.
SILVA, K.
V.; SILVA, M. H. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Ed.
Contexto, 2006.
SIQUEIRA,
J. C. Glossário da Ciência de Informação e Educação. São Paulo:
AgBook, 2014.
YIN, R.
K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Tradução: Cristhian
Matheus Herrera. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
SITES:
https://www.dicio.com.br/especialista. Acesso em 20/02/2017.
http://hdl.handle.net/123456789/411. Acesso 20/02/2017.
http://www.ipv.pt/millenium/albest_6.htm. Acesso em 01/03/2017.
https://www.meusdicionarios.com.br/zona-de-conforto. Acesso em 20/02/2017.
https://www.monografias.com
› Psicologia. Acesso em 20/02/2017.
https://novaescola.org.br.
Acesso em 20/02/2017.
http://www.oecdbetterlifeindex.org/topics/education/.
Acesso em 01/03/2017.
ANEXO 01
–
TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM E DEPOIMENTOS
Eu____________________________,CPF____________,
RG ________________,
depois de
conhecer e entender os objetivos, procedimentos metodológicos, riscos e
benefícios da pesquisa, bem como de estar ciente da necessidade do uso de minha
imagem e/ou depoimento, especificados no Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), AUTORIZO, através do presente termo, os pesquisadores (especificar
nome de todos os pesquisadores envolvidos na pesquisa inclusive do pesquisador
responsável orientador) do projeto de pesquisa intitulado
“(especificar título do projeto)” a realizar as fotos que se
façam necessárias e/ou a colher meu depoimento sem quaisquer ônus financeiros a
nenhuma das partes.
Ao mesmo
tempo, libero a utilização destas fotos (seus respectivos negativos) e/ou
depoimentos para fins científicos e de estudos (livros, artigos, slides e
transparências), em favor dos pesquisadores da pesquisa, acima especificados,
obedecendo ao que está previsto nas Leis que resguardam os direitos das
crianças e adolescentes (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei N.º
8.069/ 1990), dos idosos (Estatuto do Idoso, Lei N.º 10.741/2003) e das pessoas
com deficiência (Decreto Nº 3.298/1999, alterado pelo Decreto Nº 5.296/2004).
Duque de
Caxias, __ de ______ de 20
_____________________________
Pesquisador
responsável pelo projeto
_______________________________
Sujeito da Pesquisa
ANEXO 02 – Termo de anuência da
SME/DC
ANEXO 03
– Edital do Concurso para Supervisão administrativa – 1998/ Editais de
Convocação.
Fonte:
Arquivo Pessoal, 1999
Fonte: Arquivo Pessoal, 1999.
ANEXO 04 – Folder da I Jornada Administrativa
Fonte: Arquivo Pessoal, 2001.
Fonte: Arquivo Pessoal, 2001.
ANEXO 05 – Proposta Pedagógica da
SME/DC 2002.
Fonte: Arquivo Pessoal, 2002.
Fonte: Arquivo Pessoal, 2002.
ANEXO 06 - Portaria nº 001/GS-SME/06
ESTADO DO RIO
DEJANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
SECRETARIA MUNICIPAL
DE EDUCAÇÃO GABINETE DA SECRETÁRIA
PORTARIA NO 001/GS-SME/06.
Designa professores
para o Serviço de Inspeção Escolar e dá outras providências.
Art.10-
Ficam designados os professores dos quadros da Secretaria Municipal de
Educação, abaixo relacionados, sob a chefia da primeira, para compor a equipe
de inspeção escolar; nos termos da Resolução nº 002/GS-SME/06:
1- Maria Celeste
Rodrigues Pais Alves, matrícula 12464-8.
2- Cristina Ribeiro da
Costa Allo, matrícula 04154-7.
3- Ediméa Castro dos
Santos, matrícula 00797-9.
4- Maria Aparecida de
Andrade Ribeiro, matrícula 07473-8.
5- Osmeire de Matos
Santana, matrícula 08859-5.
6- Raquel Marins,
matrícula 07478-8.
Art.20- A
equipe ora designada deverá, no prazo de 30 dias, a contar da data de
assinatura desta Portaria, elaborar as diretrizes operacionais para o serviço,
em atendimento as normas do Sistema Municipal de Educação relativas a matéria,
submetendo a aprovação da Secretária Municipal de Educação.
Art.30-
Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua assinatura.
Duque de Caxias. 16
de fevereiro de 2006.
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCACÄO
ANEXO 07 - Plano Municipal de Educação – Emenda
referente à Supervisão Educacional
16.7 Emendas Aditivas
16.7.1 Supervisão
Educacional
Diagnóstico
Na
década de 30, por conta da preocupação da formação dos professores para a
escola secundária, surgiu o curso de Pedagogia com a criação da Faculdade
Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, por meio do Decreto-Lei nº
1190, de 4 de abril de 1939. Essa Faculdade formava bacharéis e licenciados em
várias áreas.
A década de 60 foi um
período em que o Curso passou por um processo de definição das especializações.
A Pedagogia passou a formar os especialistas em Educação: Supervisor Escolar,
Orientador Educacional, Administrador Escolar e Inspetor Escolar.
A Supervisão
Educacional foi oficializada com a LDB de 71, mas a ideia de Supervisão existia
desde o Período Colonial, quando foi organizado o primeiro Sistema Educacional
Brasileiro.
Em 1964, com a
Ditadura Militar, a educação passou a ser oferecida nos moldes da pedagogia
tecnicista. O autoritarismo e a repressão são os alicerces dessa pedagogia, o
trabalho é fragmentado e mecanicista. O Supervisor Educacional exercia sua
função como controlador, coordenando e direcionando o trabalho, como função
técnica.
Na década de 80, a
luta operária ganha força, e os professores lutam pela reconquista do direito
de participar da definição da Política Educacional. A Pedagogia crítica ganha
espaço, e o fazer pedagógico está voltado para o ser humano e sua valorização
na sociedade. O papel do Supervisor está centrado numa perspectiva crítica como
agente social; sua missão principal é transformar sujeitos e mundos em “alguma
coisa melhor” (Brandão, 1995).
O Supervisor passa a
ter uma ação reflexiva, política, consciente, critica, inovadora,
transformadora e libertadora. Ao Supervisor Educacional cabe fortalecer as
relações, atuando como mediador, numa ação reflexiva, transformadora e
comprometida com a mudança para oportunizar a troca de experiências e
possibilitar uma nova prática educativa nas nossas unidades escolares.
Constitui-se num
trabalho profissional que tem o compromisso, juntamente com as equipes
técnico-pedagógicas, docentes, discentes e administrativas (funcionários de
secretaria e apoio escolar), de garantir os princípios de liberdade e
solidariedade humana, no pleno desenvolvimento do educando, no seu preparo para
o exercício da cidadania e, para isso, assegurar a qualidade de ensino, da
educação e da formação humana.
Diretrizes
Rompendo com o
paradigma histórico de controle exercido pela Supervisão Educacional e
atendendo à crescente demanda do acesso do aluno aos sistemas educacionais e
sua permanência neles, a Divisão de Supervisão Educacional da Secretaria
Municipal de Educação de Duque de Caxias implementa ações pedagógicas e
administrativas de acordo com Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
respeitando e atendendo as características e necessidades de cada escola.
Pautando-se no trabalho participativo em busca do desenvolvimento da autonomia
das unidades escolares, num clima democrático e integrador, dentro do que é
preconizado nos documentos oficiais que regulamentam a educação nacional e
municipal. A organização do trabalho da Supervisão Educacional se sistematiza
por meio de visitas regulares às unidades escolares e no seu atendimento.
Objetivos e Metas da
Supervisão Educacional
a. Pesquisar e orientar
estratégias para a construção e/ou atualização do Projeto Político Pedagógico
da Unidade Escolar em consonância com a proposta pedagógica da rede;
b. Participar e
acompanhar a organização e execução do Plano de ação da equipe
técnico-pedagógica;
c. Acompanhar
sistematicamente e sugerir materiais que possam respaldar o trabalho da equipe
técnico-pedagógica quanto ao/à:
• Planejamento;
• Grupo de
Estudos;
• Conselho de
Classe;
• Distorção ano
de escolaridade/ idade;
• Cumprimento do
calendário escolar.
d. Oferecer formação
continuada para os Professores Especialistas de acordo com as demandas de
trabalho e encaminhamentos da SME;
e. Fundamentar os
estudos para a discussão e revisão do Regimento Escolar da Rede Municipal de
Duque de Caxias;
f. Promover estudos,
junto com a equipe técnico-pedagógica, dos Pressupostos Teóricos que embasam a
Proposta Pedagógica da rede municipal de educação de Duque de Caxias;
g. Viabilizar a formação
continuada dos professores especialistas e funcionários administrativos das unidades
escolares, promovendo a articulação entre teoria e prática de acordo com a
proposta pedagógica da rede e Regimento Escolar;
h. Organizar a jornada
administrativa para os profissionais que atuam na secretaria e o gestor da
unidade;
i. Orientar a
organização e atualização dos arquivos e documentos das unidades escolares:
• legislações;
• documentos
escolares;
• certificação do
9º ano.
j. Arquivar e zelar pela guarda dos documentos escolares nos arquivos da
Divisão de Supervisão Educacional;
k. Cumprir e divulgar a
legislação e normas vigentes;
l. Acompanhar o trabalho
administrativo das unidades escolares;
m. Realizar levantamento
sistemático da carência de funcionários das escolas e encaminhar à SME para
medidas cabíveis;
n. Verificar arquivos
escolares;
o. Promover nas escolas
processo de incineração de documentos;
p. Atender a casos
específicos ocorridos nas unidades, tais como denúncias, conflitos pedagógicos
e relações interpessoais;
q. Atender ao público
que busca orientações na SME;
r. Desenvolver ações de
apoio que busquem elevar a qualidade do ensino no Município de Duque de Caxias.
ANEXO 08 – Documento
cedido pela Professora Rogéria Pedra
O TRABALHO DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL A PARTIR DE
2009
O Governo
Zito que iniciou em 2009 a gestão da Secretaria Municipal de Educação se deu
com a coordenação da Secretária de Educação Professora Maria de Lourdes
Henriques que definiu as chefias através de encontros e entrevistas dos
profissionais indicados pela secretária de educação, professora Roberta
Barreto.
A Divisão
de Supervisão Educacional permaneceu com a mesma nomenclatura, ficando
responsável pela organização e pelo acompanhamento das atividades pedagógica e
administrativa das escolas da Rede.
A gestão
da Professora Rogéria Pedra (2009-2010) e Nilce Bertolino (2011-2012) à frente
da DSE tinha como principal proposta a integração da Divisão de Supervisão
Educacional com a Divisão de Orientação Educacional, que tinha como gestora a
Professora Delma. A integração das equipes tinha como objetivo desenvolver um
trabalho de parceria nos acompanhamentos das escolas e nas formações dos
professores especialistas, já que a Divisão de Supervisão era composta por
Professores Especialistas Orientadores Pedagógicos, e a Divisão de Orientação
Educacional era composta por Professores Especialistas Orientadores
Educacionais; ambos compunham a equipe diretiva da unidade escolar e
desenvolviam um trabalho integrado nas unidades escolares.
A
Supervisão tinha dois eixos de trabalhos para dar suporte às escolas:
1º) A Supervisão
Pedagógica, que acompanhava e orientava a equipe diretiva quanto à
dinâmica da unidade escolar com seus profissionais, o desempenho dos alunos e a
formação dos especialistas.
2º) A
Supervisão Administrativa, que tinha como foco de trabalho acompanhar
e orientar a organização dos documentos escolares e a formação para os
secretários, assistentes administrativos e também para os professores
especialistas. Além disso, era preciso atender a todas as demandas e
intervenções que eram solicitadas pelas chefias e equipes da Secretaria Municipal
de Educação.
AÇÕES DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL
1) Acompanhar o trabalho pedagógico
realizado nas Unidades Escolares. (Registro em termos de visitas para
encaminhamentos às chefias na SME).
v Análise e acompanhamento do
calendário escolar da Unidade Escolar;
v Acompanhamento e avaliação do quadro
de desempenho escolar das turmas, com orientações e sugestões de estratégias
para melhoria dos resultados;
v Orientações e acompanhamento do Plano
de Ação da Equipe;
v Assistência e orientações no
cumprimento do Projeto Político Pedagógico;
v Participação com sugestões e
orientações das avaliações dos encontros de ASSESSORIAS com as escolas;
v Apresentação, acompanhamento e
orientações sistemáticas nas situações de mudança do gestor da escola;
v Avaliação e acompanhamento das
estratégias para os alunos que estão no quadro de distorção ano de
escolaridade/ idade;
v Assistência em todas as atividades,
projetos, grupos de estudos e conselhos de classe das escolas;
v Acompanhamento do horário extraclasse
(principalmente equipe diretiva);
v Levantamento sistemático do quadro de
carência de profissionais das escolas da Rede, principalmente professor;
v Realização de Formação para
Professores Especialistas em parceria com a Divisão de Orientação Educacional.
v Acompanhamento
das avaliações encaminhadas pelo MEC: Prova Brasil do 5º e 9º Ano de
Escolaridade e Provinha Brasil;
2) acompanhar e orientar todo
o trabalho administrativo e a documentação das Unidades Escolares.
(Registro em termos de visitas para
encaminhamentos das chefias da SME).
v Orientação quanto à escrituração de
documentos escolares.
v Verificação e orientação para
escrituração do Livro de Matrículas;
v Verificação das cópias das Atas de
Resultados finais para envio e arquivamento na DSE.
v Análise das pastas individuais dos alunos
matriculados (ficha de matrícula e individual);
v Verificação, análise e conferência de
todos os documentos dos alunos do 9º ano de escolaridade para emissão do
certificado.
v Verificação e orientação do Livro de
Certificação;
v Verificação e orientações dos Livros:
de ponto, protocolo e pedido de históricos;
v Atualização do arquivo permanente da
DSE;
v Regularização de vida escolar do
aluno (livro e documentos da pasta);
v Levantamento sistemático do quadro de
carência de todos os profissionais das escolas da Rede;
v Levantamento e acompanhamento
sistemático do quantitativo de alunos nas turmas;
v Realização de Jornadas Administrativa
para orientação de diretores, professores especialistas, secretários e
auxiliares de secretaria.
3) Participação efetiva de todas as
Sindicâncias e Intervenções realizadas nas unidades e com profissionais da
Rede.
Fonte: Arquivo pessoal da professora
Rogéria Pedra, Chefe da DSE/2012.
ANEXO 09
– PORTARIA nº 32/GS - SME/DC/14
ANEXO 10
– Atribuições do Coordenador Pedagógico da Rede Estadual de Educação/RJ.
1.2.1. ATRIBUIÇÕES DA FUNÇÃO DE
COORDENADOR PEDAGÓGICO
•
Articular a elaboração participativa do Projeto Pedagógico da Escola;
• Assessorar a Direção em todas as ações pedagógicas;
• Promover a articulação e a integração das ações pedagógicas desenvolvidas na unidade escolar, de acordo com a política educacional da SEEDUC/RJ e respeitada a legislação em vigor;
• Coordenar a consecução e a avaliação do Projeto Pedagógico da unidade escolar;
• Propor e executar ações junto ao corpo docente que possam garantir a implementação do Projeto Pedagógico da unidade escolar;
• Organizar e conduzir as reuniões do Conselho de Classe, em parceria com a Direção, propondo alternativas para a melhoria do processo educacional, numa perspectiva inovadora de instância avaliativa do desempenho dos alunos;
• Articular as reuniões pedagógicas, oferecendo subsídios para um trabalho pedagógico mais dinâmico e significativo;
• Coordenar e acompanhar os horários das Atividades Pedagógicas dos professores, viabilizando a atualização pedagógica em serviço;
• Assessorar os professores no planejamento da recuperação da aprendizagem e da dependência, considerados os índices de avaliação interna e externa;
• Organizar estratégias que garantam o apoio suplementar àqueles alunos que necessitam de maior tempo para elaborar seu conhecimento;
• Promover a integração e a articulação entre os professores, buscando a consecução de um currículo interdisciplinar;
• Promover, junto ao corpo docente, atividades de formação continuada, tendo em vista o aperfeiçoamento do processo pedagógico;
• Coordenar a escolha de livros e outros suportes didáticos, garantindo a participação dos professores e alunos, quando couber;
• Atuar em conjunto com a Direção e a Equipe de Assessoramento Técnico-Pedagógico, cuidando das relações entre o corpo docente, o discente e o administrativo e a comunidade.
• Avaliar os resultados obtidos na operacionalização das ações pedagógicas, visando a sua reorientação;
• Estimular e articular a elaboração de projetos especiais junto à comunidade escolar, desde que orientados pelas diretrizes da SEEDUC;
• Elaborar, acompanhar e avaliar, em conjunto com a Direção da Unidade Escolar, os planos, programas e projetos voltados para o desenvolvimento da escola, considerando os aspectos pedagógicos;
• Conceber, estimular e implantar inovações pedagógicas, divulgando as experiências de sucesso, promovendo o intercâmbio entre Unidades Escolares, através da publicação em canais próprios no portal eletrônico da SEEDUC/RJ;
• Promover e incentivar a realização de palestras, encontros e similares, com grupos de alunos e professores sobre temas relevantes para a cidadania e qualidade de vida;
• Promover reuniões e encontros com pais e responsáveis, visando a integração escola/família para promoção do sucesso escolar dos alunos.
• Dinamizar o processo de utilização das ferramentas tecnológicas à disposição na escola;
• Elaborar um Plano de Gerenciamento do Laboratório de Informática Educativa da escola;
• Organizar os horários de utilização do laboratório;
• Auxiliar os professores na construção do planejamento das aulas a serem ministradas nos laboratórios;
• Selecionar sites e demais recursos pedagógicos necessários ao cumprimento do Currículo Mínimo da SEEDUC;
• Coordenar, junto aos alunos e professores, a confecção da página da escola na internet;
• Zelar pelo funcionamento dos computadores, antenas e demais equipamentos tecnológicos existentes nas escolas;
• Atuar como agente responsável pelo Hardware e Software;
• Cuidar da manutenção do sistema instalado;
• Manter-se em contínua interação com os NTE;
• Desenvolver e colocar em execução projetos e atividades envolvendo as mídias da escola (TV, Vídeo, Computador, etc.) junto aos professores e alunos da unidade escolar;
• Assessorar os alunos na execução das tarefas.
• Assessorar a Direção em todas as ações pedagógicas;
• Promover a articulação e a integração das ações pedagógicas desenvolvidas na unidade escolar, de acordo com a política educacional da SEEDUC/RJ e respeitada a legislação em vigor;
• Coordenar a consecução e a avaliação do Projeto Pedagógico da unidade escolar;
• Propor e executar ações junto ao corpo docente que possam garantir a implementação do Projeto Pedagógico da unidade escolar;
• Organizar e conduzir as reuniões do Conselho de Classe, em parceria com a Direção, propondo alternativas para a melhoria do processo educacional, numa perspectiva inovadora de instância avaliativa do desempenho dos alunos;
• Articular as reuniões pedagógicas, oferecendo subsídios para um trabalho pedagógico mais dinâmico e significativo;
• Coordenar e acompanhar os horários das Atividades Pedagógicas dos professores, viabilizando a atualização pedagógica em serviço;
• Assessorar os professores no planejamento da recuperação da aprendizagem e da dependência, considerados os índices de avaliação interna e externa;
• Organizar estratégias que garantam o apoio suplementar àqueles alunos que necessitam de maior tempo para elaborar seu conhecimento;
• Promover a integração e a articulação entre os professores, buscando a consecução de um currículo interdisciplinar;
• Promover, junto ao corpo docente, atividades de formação continuada, tendo em vista o aperfeiçoamento do processo pedagógico;
• Coordenar a escolha de livros e outros suportes didáticos, garantindo a participação dos professores e alunos, quando couber;
• Atuar em conjunto com a Direção e a Equipe de Assessoramento Técnico-Pedagógico, cuidando das relações entre o corpo docente, o discente e o administrativo e a comunidade.
• Avaliar os resultados obtidos na operacionalização das ações pedagógicas, visando a sua reorientação;
• Estimular e articular a elaboração de projetos especiais junto à comunidade escolar, desde que orientados pelas diretrizes da SEEDUC;
• Elaborar, acompanhar e avaliar, em conjunto com a Direção da Unidade Escolar, os planos, programas e projetos voltados para o desenvolvimento da escola, considerando os aspectos pedagógicos;
• Conceber, estimular e implantar inovações pedagógicas, divulgando as experiências de sucesso, promovendo o intercâmbio entre Unidades Escolares, através da publicação em canais próprios no portal eletrônico da SEEDUC/RJ;
• Promover e incentivar a realização de palestras, encontros e similares, com grupos de alunos e professores sobre temas relevantes para a cidadania e qualidade de vida;
• Promover reuniões e encontros com pais e responsáveis, visando a integração escola/família para promoção do sucesso escolar dos alunos.
• Dinamizar o processo de utilização das ferramentas tecnológicas à disposição na escola;
• Elaborar um Plano de Gerenciamento do Laboratório de Informática Educativa da escola;
• Organizar os horários de utilização do laboratório;
• Auxiliar os professores na construção do planejamento das aulas a serem ministradas nos laboratórios;
• Selecionar sites e demais recursos pedagógicos necessários ao cumprimento do Currículo Mínimo da SEEDUC;
• Coordenar, junto aos alunos e professores, a confecção da página da escola na internet;
• Zelar pelo funcionamento dos computadores, antenas e demais equipamentos tecnológicos existentes nas escolas;
• Atuar como agente responsável pelo Hardware e Software;
• Cuidar da manutenção do sistema instalado;
• Manter-se em contínua interação com os NTE;
• Desenvolver e colocar em execução projetos e atividades envolvendo as mídias da escola (TV, Vídeo, Computador, etc.) junto aos professores e alunos da unidade escolar;
• Assessorar os alunos na execução das tarefas.
Fonte:
(Site da SEEDUC. Acesso em 2017).
ANEXO 11
– Plano de Ação da Supervisão Administrativa
ESTADO
DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA
MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
SECRETARIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUBSECRETARIA
DE PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
DEPARTAMENTO
DE ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
COORDENADORIA
DE SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
|
PLANO DE AÇÕES ARTICULADAS SUPERVISÃO
ADMINISTRATIVA - 2015
IDENTIFICAÇÃO:
Formada após
um concurso público realizado em 1999, a Equipe de Supervisão Administrativa
tem como finalidade o acompanhamento do trabalho administrativo das Unidades
Escolares.
É
composta atualmente de quatro Professores Especialistas, habilitados em
administração escolar, que através das visitas in loco e
aperfeiçoamento profissional continuado mantém o fluxo de comunicação entre a
Secretaria Municipal de Educação e as Unidades Escolares.
Atua de
forma preventiva, implementando o aperfeiçoamento profissional continuado para
os profissionais que atuam nas Unidades Escolares, realizando também
acompanhamento contínuo através de visitas, além de intervenções nas
situações-problemas ocorridas nas Unidades Escolares.
Enfim, é
uma equipe comprometida com a aplicação da legislação educacional vigente, com
a eficácia da escrituração escolar no que se refere à vida escolar dos alunos,
dos profissionais e da instituição de ensino e, com a organização
técnica-administrativa da Unidade Escolar.
Atualmente,
a Supervisão Administrativa apresenta a seguinte composição:
· Elisângela do Amaral Soares;
· Jussara Cosme Cabral;
· Marlene Lauritzen da Silva
Soncim; e
· Osmeire de Matos Santana
JUSTIFICATIVA:
Considerando a importância da escrituração escolar como registro de todos os fatos
relativos à vida escolar dos alunos, da instituição de ensino, do conhecimento
da legislação educacional vigente e do aperfeiçoamento profissional
continuado foi elaborado o presente Plano de Ação com o objetivo de
desenvolver ações integradas entre a Coordenadoria de Supervisão e Orientação
Educacional visando a consecução dos objetivos propostos.
Segundo Fayol (1981) administrar “é prever, organizar, comandar,
coordenar e controlar”. O planejamento emerge no campo da ciência administrativa,
portanto, com feições de previsão: “prever é perscrutar o futuro e traçar o
plano de ação”.
O planejamento é imprescindível para administração ou gestão. É um
processo complexo, que exige fases e ações e sendo a Secretaria Municipal de
Educação o órgão responsável pelo acompanhamento e avaliação das escolas e
tendo a Supervisão Administrativa como responsável em realizar diretamente este
acompanhamento, através de visitas, formação em serviço e análise de dados
visando a produtividade (eficiência) e a qualidade (eficácia e efetividade).
ATRIBUIÇÕES
DA SUPERVISÃO ADMINISTRATIVA:
– Orientar
as Unidades Escolares quanto à escrituração dos livros de registros escolares e
dos documentos escolares referentes à vida escolar do aluno e proceder a verificação
dos mesmos;
– Analisar
e deferir o quadro de horários de funcionários extraclasse e apoio escolar,
enviados pela Unidade Escolar;
– Orientar
quanto a organização e atualização dos arquivos e documentos das Unidades
Escolares;
– Acompanhar
a Certificação dos alunos concluintes do ensino fundamental nas Unidades
Escolares que possuem o segundo segmento do Ensino Fundamental;
– Orientar
quanto aos procedimentos necessários para informatização de documentos
escolares;
– Promover
regularmente o aperfeiçoamento profissional continuado dos profissionais que
atuam na secretaria da Unidade Escolar, diretores, professores especialistas,
dirigentes de turno e inspetores de disciplina no que se refere a legislação
educacional em vigor, escrituração escolar, atendimento ao público, entre
outros temas que se fizerem necessários;
– Acompanhar
o trabalho administrativo desenvolvido na Unidade Escolar;
– Viabilizar,
junto às Unidades Escolares, a entrega dos documentos solicitados pela
Coordenadoria de Supervisão e Orientação Educacional, dentro dos prazos
estabelecidos;
– Implementar
junto às Unidades Escolares s diretrizes educacionais, técnico e administrativo
emanadas pela Secretaria Municipal de Educação;
– Participar
de Seminários de Educação, Fóruns, Congressos, Capacitações, Palestras e
Workshops, visando o aperfeiçoamento profissional continuado;
– Realizar
visitas sistemáticas às Unidades Escolar, registrando todos os encaminhamentos
dados no Termo de Visita;
– Participar
de reuniões internas, grupos de estudos, grupos de trabalho e outras reuniões
dinamizadas pela Coordenadoria de Supervisão e Orientação Educacional;
– Proceder
ao levantamento de dados na Unidade Escolar, sempre que solicitado pela
Secretaria Municipal de Educação.
CARACTERIZAÇÃO
DO PÚBLICO-ALVO:
A Rede
Municipal de Ensino de Duque de Caxias é composta atualmente de 175
instituições de ensino, sendo 142 (Cento e quarenta e duas) Unidades Escolares
de Ensino Fundamental/Educação de Jovens e Adultos e 33 (Trinta e três)
Creches/CCAICs de Educação Infantil.
OBJETIVOS:
-
Realizar o diagnóstico inicial das Unidades Escolares;
-
Fornecer orientações acerca de arquivamento escolar e incineração de documentos
escolares,
-
Orientar quanto a procedimentos administrativos frente a situações que
interfiram no funcionamento das Unidades Escolares;
-
Esclarecer dúvidas quanto à legislação educacional, organização e funcionamento
de uma secretaria escolar, elaboração e preenchimento de diversos documentos
referentes à vida escolar dos alunos e ao funcionamento da Unidade Escolar;
-
Contribuir para o melhor funcionamento da secretaria das Unidades Escolares;
-
Participar da formação continuada junto aos secretários escolares, auxiliares e
assistentes de secretaria, além dos demais profissionais que exerçam funções
administrativas ou pedagógicas na Unidade Escolar para o melhor exercício de
suas funções; em parceria com a CPFPF.
-
Oportunizar a troca de experiências de práticas administrativas que obtiveram
sucesso em seu desenvolvimento dentro das Unidades Escolares;
-
Acompanhar a certificação dos alunos concluintes do Ensino Fundamental;
- Apurar
fatos referentes a não cumprimento de disposições legais nas Unidades Escolares
e a irregularidades na vida escolar de alunos, dando os encaminhamentos
necessários;
- Conscientizar
os gestores escolares sobre a importância da prática da gestão democrática;
-
Orientar quanto à regularização de vida escolar dos alunos da Rede Municipal de
Ensino, alunos oriundos de outros países e alunos circenses.
METAS:
- Realizar o diagnóstico inicial das Unidades Escolares quanto a
escrituração escolar, organização da secretaria escolar e organização e
funcionamento institucional;
- Implementar
encontros planejados com CPFPF para os
secretários escolares e auxiliares de secretaria das Unidades Escolares;
- Criação e manutenção de comunicação com as Unidades
Escolares via correio eletrônico (e-mail) para esclarecimento de dúvidas e informes
da Supervisão Administrativa;
- Elaborar proposta de normatização referente a informatização, incineração
e escrituração de documentos escolares e, arquivamento escolar (ativo e
inativo), para ser encaminhada a apreciação do Conselho Municipal de Educação;
- Implementação de grupos de estudo e pesquisa permanentes com vistas ao
aperfeiçoamento profissional e atualização referentes às normas educacionais em vigor, a organização
técnico-administrativa das Instituições de Ensino e temas que se fizerem
necessários para a implementação de aperfeiçoamento profissional continuado
para os profissionais das Unidades
Escolares;
- Implementação de reuniões de Polo em Unidades
Escolares para profissionais que atuam na secretaria escolar;
- Acompanhar a atualização do arquivo da Coordenadoria de Supervisão e
Orientação Educacional referente a cópia das atas de resultados finais enviadas
pelas Unidades Escolares.
AÇÕES:
- Formação Continuada para Secretários Escolares e Auxiliares de
Secretaria;
- Visitas de acompanhamento as Unidades Escolares de Ensino Fundamental
e Educação de Jovens e Adultos;
- Fornecimento de orientações às Unidades
Escolares quanto a regularização de vida escolar dos alunos;
- Encontro semestral com as Unidades Escolares nos Polos;
- Acompanhamento do processo de certificação dos alunos concluintes do
Ensino Fundamental;
- Encaminhamento de propostas de alterações na legislação educacional em
vigor no Município e de novas legislações educacionais;
- Realização de pesquisas quanto a legislação educacional em vigor,
atualizações referentes a organização técnico-administrativa das Instituições
de Ensino e temas pertinentes ao campo de atuação profissional;
- Apuração de denúncias feitas à Coordenadoria de Supervisão e
Orientação Educacional através de visitas nas Unidades Escolares da Rede
Municipal de Ensino de Duque de Caxias, em conjunto com demais setores da
Secretaria Municipal de Educação.
ESTRATÉGIAS:
a)
Visitas periódicas às Unidades Escolares, podendo as mesmas serem realizadas em
comissão conforme a necessidade da Unidade Escolar;
b)
Aperfeiçoamento profissional continuado dos profissionais que atuam na
secretaria da Unidade Escolar e em outras funções conforme a necessidade da
Rede Municipal de Ensino;
c)
Correio Eletrônico (e-mail);
d)
Reunião Interna mensal para Supervisão Administrativa;
e) Grupos
de trabalho para organização das capacitações e encontros a serem
implementados;
f) Grupos
de pesquisa e estudos quinzenais para aperfeiçoamento e atualização
profissional.
CRONOGRAMA
DE AÇÕES:
Evento
|
Tema
|
Público Alvo
|
Mês
|
Formação Continuada em parceria com a CPFPF
|
Escrituração Escolar
|
Secretários Escolares e Auxiliares de Secretaria
|
Julho/2015
|
Formação Continuada em parceria com a CPFPF para
Gestores Escolares
|
Legislação Educacional, Gestão Escolar,
Relacionamento Interpessoal, Organização Pedagógico-Administrativa da Unidade
Escolar.
|
Diretores e Vice-diretores das Unidades Escolares
|
Setembro/2015
|
Visitas de Acompanhamento
|
Acompanhamento sistemático das Unidades Escolares
quanto a escrituração escolar (organização e atualização).
|
Unidade Escolar
|
Junho a Dezembro/2015
|
Cronograma
das Ações bimestrais:
1º bimestre
|
2º bimestre
|
3º bimestre
|
4º bimestre
|
-Apresentação
do Supervisor Administrativo à Unidade Escolar.
-Atualizar
a ficha de Diagnóstico e Acompanhamento das Unidades Escolares
-Realizar
levantamento do quantitativo de alunos matriculados por ano/turma de
escolaridade
-Realizar
levantamento de carência de professores e funcionários
-Fornecer
orientações referentes ao Diário de Classe Provisório
-Verificar
o Livro de Ponto (organização e assinatura)
-Realizar
formação continuada com os Contratados.
-Analisar
e orientar o preenchimento do Quadro de Horário Extraclasse
-Analisar
e orientar o preenchimento das Atas de Resultados Finais
-Verificar
as situações de Regularização de Vida Escolar (Parecer Pedagógico e Livro)
-Analisar
o Quadro de Horário do 2º segmento
-
Verificação e assinatura de históricos escolares.
-Acompanhamento
sistemático da E.M. Exp. Aquino de Araújo (Fevereiro a Maio de 2015) .
|
-Planejamento
da Formação e parceria com a CPFPF.
-Realização
do encontro.
-Verificar
os Diários de Classe (organização e preenchimento)
-Analisar
preenchimento do Livro de Matrículas (matrículas iniciais)
-Verificar
pendências e encaminhamentos referentes aos Históricos Escolares
-Verificar
o Livro de Ponto (organização e assinatura).
-
Verificação e assinatura de históricos escolares.
|
-Planejamento
do encontro em parceria com a CPFPF.
-Realização
do encontro.
-Verificar
e orientar o processo de Certificação dos alunos concluintes
-Verificar
o Livro de Ponto (organização e assinatura).
-
Verificação e assinatura de históricos escolares.
|
-Verificação
de documentação escolar dos concluintes 2015.
-
Verificação e assinatura de históricos escolares.
|
Fonte:
CSOE, 2016.
POLOS
ADMINISTRATIVOS:
Fonte: CSOE, 2016.
* As
unidades polos estão em negrito.
Fonte:
CSOE, 2016
Cronograma
de Entrega de Documentos pelas Unidades Escolares:
Fonte:
CSOE, 2016.
AVALIAÇÃO:
Será
feita uma avaliação pelos Supervisores Administrativos no final do ano letivo
de todo o trabalho realizado com vistas a estabelecer novas metas para o
próximo ano letivo.
REFERÊNCIAS:
ABREU,
Maria Vasques de. Progestão: como desenvolver a gestão dos
servidores da escola? Módulo VIII. Brasília, CONSED, 2001.
ARQUIVO
NACIONAL. Gestão de documentos: conceitos e procedimentos básicos. Rio
de Janeiro: 1995.
BERGUE,
Sandro Trescastro. Modelos de Gestão em Organizações Públicas –
Teorias e Tecnologias para análise e Transformação Organizacional. Educs –
2011.
BRASIL. Lei
Federal nº 9.493 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e
Bases as Educação Nacional.
_________. Lei
Federal nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente.
_________. Lei
Federal nº 8.159 de 08 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política
nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências.
COSTA,
Larissa Cândida. Arquivologia. FDK, 1ª edição.
FAYOL,
Henry. Administração Industrial e geral. São Paulo:
Atlas, 1981.
HERNANDES,
Sonia & MEDEIROS, João Bosco. Manual da Secretária. 7ª Ed.
Editora Atlas.
MEDEIROS,
Walter. Qualidade no serviço público. Disponível em
<http://paginas.terra.com.br/atendiemnto02_ServPub.htm>.
Referências
Municipais:
DUQUE
DE CAXIAS. Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Duque de
Caxias. Lei Municipal nº 1.506, de 14 de janeiro de 2000.
___________________. Plano
de Carreira dos Profissionais de Educação do Município de Duque de Caxias. Lei
Municipal nº 1.070, de 19 de setembro de 1991.
___________________. Regimento Escolar das Unidades Escolares do Município de
Duque de Caxias, 2000.
___________________. Conselho
Municipal de Educação de Duque de Caxias. Deliberação nº 03, de 05 de
outubro de 2006.
ANEXO 12
– Livreto utilizado nas Assessorias na CSOE.
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUBSECRETARIA DE ENSINO
DEPARTAMENTO
DE EDUCAÇÃO BÁSICA
COORDENADORIA DE SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Assessoria Administrativa
2016
DOCUMENTAÇÃO ESCOLAR
COORDENADORIA
DE SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Coordenadora:
Ruth
Nazaré Barros
Supervisoras:
Carmem
Lúcia Fares das Chagas
Deldir
Lamego Silveira de oliveira barros
Edir
Maria Dutra de Almeida
Josiete
Rosa da Silva Alves
Jussara
Cosme Cabral
Leonor
Cardoso Rosa
Marlene
Lauritzen da Silva Soncim
Osmeire
Pinheiro de Matos
Rosa
Maria Santos Costa Medeiros Ramos
Rosicléia
Castro de Moraes
Rosilene
Mendes Monteiro
Rosimeri
de Souza Zupi
Vanessa
Cristine de Carvalho Coccaro
Junho/2016
Organização e Escrituração dos
Documentos Escolares
◊ Escrituração dos livros:
Livro de Matrículas: Inserir
os termos de abertura e encerramento fornecidos na apostila da Jornada
Administrativa 2016. O
livro deve ser escriturado imediatamente após a organização do Diário de
Classe. Registrar todos os nomes em ordem
alfabética, acrescentar os nomes dos alunos que entraram após a confecção do Diário
de Classe somente ao final da última turma dando sequência a numeração. No documento informatizado
retirar o campo profissão. O livro
informatizado deve ser feito no modelo fornecido pela SME/CSOE
e encadernado em brochura (capa dura).
Livro de Atas de
Resultados Finais: Registrar o nome dos alunos em ordem alfabética e somente na turma na qual o mesmo
concluiu o ano letivo. Inserir as observações de acordo com o ano de escolaridade. Colocar asterisco à frente do nome de cada aluno sinalizado no campo da
observação. Registrar a data de transferência, abandono e falecimento (obrigatório a partir de
2014) centralizando a informação, não colocando no campo do
resultado final. Incluir resultado final
somente nas turmas do 1º ao 9º ano de escolaridade. Registrar
o percentual de frequência de todos os alunos. Colocar Prom (promovido) e
Ret (retido) no resultado final. Informar os alunos que tiveram a
vida escolar regularizada utilizando o termo pertinente. Não
utilizar corretivo ou colagem (em caso de rasura no livro manuscrito sinalizar
com um asterisco e retificar através de observação). Seguir a
Matriz Curricular e só registrar os Componentes Curriculares de acordo com cada
situação. A
partir de 2016 registrar Língua Inglesa e Língua
Espanhola nos Componentes Curriculares Inglês e Espanhol. Caso o livro
informatizado seja encadernado com mais de um ano letivo a numeração das
páginas deve ser sequencial, lembrando que o verso não é numerado. O Diretor deverá assinar todas as páginas. O livro
informatizado deve ser feito no modelo fornecido pela SME/CSOE
e encadernado em brochura (capa dura). Em relação ao curso registrar Educação
Infantil nas turmas iniciais e Ensino Fundamental nas
turmas do 1º ao 9º ano, EJA e Educação Especial, conforme quadro abaixo:
Ano de Escolaridade
|
Curso
|
Creche e Pré-Escolar
|
Educação Infantil
|
Classe Especial
|
Ensino Fundamental
|
Atendimento Educacional Especializado - AEE
|
|
1º ao 3º ano do Ciclo de Alfabetização
|
|
4º ao 9º Ano de Escolaridade
|
|
Etapas I a IV da Educação de Jovens e Adultos
|
Livro de
Regularização de Vida Escolar: Registrar
os casos de regularização de vida escolar utilizando os termos fornecidos
na apostila da Jornada Administrativa. Caso em algum ano
não haja a necessidade de regularização deve ser inserido um termo informando a
situação. Deve ser utilizado o mesmo termo para alunos do mesmo ano de escolaridade. É importante
verificar a legislação de acordo com cada caso.
Livro de Atas de Conselho
de Classe: Organizar em livro próprio. Todas as
reuniões de Conselho de Classe devem ser registradas no momento em que são
realizadas. O (a) Diretor (a) deve designar o responsável pela escrituração do
mesmo antes do início da reunião. Cada ata deve ser iniciada
em nova página e, ao final de cada uma, todos os
presentes devem assiná-la. Não pode haver colagem.
Livro de Atas de Reuniões
Pedagógicas: Livro destinado ao
registro das reuniões realizadas na Unidade Escolar como: reunião geral, grupos
de estudo, reuniões de planejamento e outras. Para organização e escrituração
do livro seguir as mesmas orientações do Livro de Atas de Conselho de Classe.
Livro de Expedição de
Certificados: Destina-se ao
controle de expedição de Certificado dos alunos concluintes do Ensino
Fundamental. Deve ser preenchido no momento da expedição do Certificado
solicitado pelo aluno/responsável. Del. 13/2011.
Livro de Expedição de
Históricos Escolares: Organizar em livro
brochura e inserir os seguintes dados: data, nome do aluno, ano de
escolaridade, unidade escolar de destino e assinatura do responsável pelo
aluno.
Livro de Recebimento de
Históricos Escolares: Organizar em livro brochura e inserir os seguintes dados: data, nome do
aluno, ano de escolaridade, unidade escolar de origem e assinatura do
responsável pelo recebimento.
Livro de Registro Diário
(alunos e funcionários): Organizar em livros separados e fazer o
registro de todas as situações que ocorrerem na Unidade Escolar. Todo registro feito deve ter as assinaturas dos funcionários que fizeram
o atendimento e das testemunhas (se houver). Importante lembrar que
aluno menor não assina, somente o responsável.
Livro de Ponto Funcional: Registrar
o nome completo, a matrícula, a função, o ID, os dias de trabalho de cada
funcionário e o Componente Curricular dos professores do 2º segmento. Organizar
um livro para os funcionários da PMDC e outro para os contratados. Deverá
ser assinado diariamente colocando o horário de entrada e saída. Ao final
de cada mês o Diretor deverá revisar, rubricar e carimbar todas as páginas. Evitar a
utilização de corretivo. O Livro de
Ponto informatizado deve ser feito no modelo fornecido
pela SME/CSOE e encadernado em brochura (capa dura). Registrar os afastamentos: BIM,
Licença, paralisação, greve.
Livro de Atas de Incineração de
Documentos: Alguns
documentos Escolares podem ser incinerados e há um prazo mínimo para a
incineração (Art. 139, parágrafo 1º do Regimento Escolar). O ato da incineração
deve ser lavrado em Ata assinada pela Equipe Diretiva e demais presentes (ver
modelo na apostila). Deve ser enviado ofício solicitando a verificação e
autorização da SME/CSOE.
◊ Acompanhamento da vida escolar
dos alunos:
Listagem de Alunos da
Secretaria: Deve ser organizada no início do ano
letivo e atualizada de acordo com a necessidade. Utilizar o
modelo fornecido pela Coordenadoria de Estatística Educacional.
Diário Provisório: Desde o 1º dia
letivo, ou enquanto as turmas ainda estão em fase de formação e adaptação, a
Unidade Escolar deverá organizar um Diário Provisório para
todas as turmas (inclusive classe especial e a de Atendimento Educacional
Especializado), visando acompanhar sistematicamente a frequência diária dos
alunos e os conteúdos trabalhados. A frequência do Diário Provisório deverá ser
repassada para o Diário de Classe.
Diário de Classe: Deve ser preenchido de acordo com as orientações fornecidas na
Jornada Administrativa. A Equipe deve revisar bimestralmente e assinar. A frequência
e as atividades devem ser registradas diariamente. Deverá ser atualizado
conforme a Listagem de Alunos da secretaria. Em hipótese alguma pode ser
retirado da Unidade Escolar.
Diário Único: Seguir as mesmas orientações fornecidas aos professores; registrar
os dias de Conselho
de Classe, reuniões e outros no campo dos conteúdos; A secretária/dirigente deve fazer o registro da frequência diariamente. O Orientador Pedagógico
deve revisar e assinar estes Diários.
Quadro de Horário do 6º ao 9º ano de Escolaridade: organizar o horário de atendimento às turmas do 6º ao 9º ano de
escolaridade do Ensino Fundamental e Etapas IV e V da EJA, de acordo com a
Matriz Curricular. Observar a duração mínima de cada tempo de aula conforme o
que estabelece o Regimento Escolar. Dar especial atenção na elaboração do
quadro quanto à coerência na organização dos Componentes Curriculares evitando
a sequência direta de três ou quatro tempos de uma mesma disciplina.
Progressão Parcial: Para alunos do 6º ao 9º ano retidos em um ou dois Componentes
Curriculares; pode ser realizado através de Programas de Estudo ou frequência
em outro turno; o Professor deve elaborar um relatório individual
para cada aluno que foi retido mencionando os conteúdos não apreendidos (motivo
da retenção); o plano de estudos deve ser arquivado na pasta do aluno.
A
Progressão Parcial no Município de Duque de Caxias é por componente curricular
e não por ano de escolaridade.
◊ Documentação de alunos:
Pasta de Alunos: Revisar todos os documentos. Preencher as
fichas de matrícula e individual dos alunos. Refazer as fichas que
estiverem com qualquer tipo de irregularidade. Registrar o resultado final
e o percentual de frequência. Ao final de cada ano letivo as fichas devem ser
assinadas pelo Diretor (não pode haver rasuras e os dados devem estar
completos).
Parecer
Pedagógico e Termo de Autorização do Responsável.
Declaração Escolar: Documento
expedido pela Unidade Escolar para comprovação da situação do aluno. Sua
validade é de 45 dias a contar da data de expedição. Nela deve constar a
finalidade a que se destina como: transferência, comprovação de matrícula para Bolsa Família, emprego, cursos e outras, bem
como o ID e
NIS do aluno. É importante lembrar que somente o Diretor, o Vice Diretor e o
Secretário podem assinar a Declaração Escolar.
Históricos Escolares: Inserir o percentual de frequência, os números do ID e do NIS e a
carga horária anual dos alunos. O Histórico deve ser feito utilizando o
modelo (Ensino Fundamental ou Educação de Jovens e Adultos) de acordo com
o que o aluno cursou a maior parte do tempo. Importante
ressaltar que as informações que constam nos Históricos recebidos de outras
Unidades Escolares devem ser transcritos, não sendo permitidas cópias anexas.
Relatório Descritivo: Deve ser preenchido pelo Professor e encaminhado à ETP para análise e devidos encaminhamentos. Não pode ser
retirado da Unidade Escolar em hipótese alguma (Art. 133 do Regimento Escolar). Ao final de cada bimestre deve ser concluído e devidamente assinado pelo professor e ETP. O nome do aluno não pode ser abreviado e não é permitido o uso
de corretivo ou colagem. O documento digitado deve
ser feito do início ao final do ano letivo, não sendo permitidas duas formas de
escrituração no mesmo ano.
Boletim Escolar: Deve ser expedido pela secretaria
da Unidade Escolar sem emendas ou rasuras, devendo ser preenchido a cada
bimestre. Deverá ser assinado pelo responsável do aluno na reunião de pais ou
responsáveis. Ao final do ano letivo deverá ser assinalado o resultado final, o
percentual de frequência e conter as assinaturas do Diretor (a) e Secretário
(a) da Unidade Escolar.
Certificado de Aluno Concluinte do Ensino Fundamental: Deve ser emitido somente para alunos/responsáveis
que solicitarem (conforme Deliberação CME/DC – nº 13/2010). Para que esta
certificação seja realizada de acordo com as normas vigentes faz-se necessário
seguir as orientações fornecidas na apostila da Jornada Administrativa 2016.
Arquivo Permanente: Organizar as pastas contendo a documentação dos alunos em ordem alfabética e numerada. Deve ser organizada uma listagem com o nome de todos os ex-alunos.
◊Acompanhamento da vida funcional
dos servidores/funcionários
Pasta Funcional: É importante organizar uma pasta para todos os funcionários na
qual sejam arquivados cópia dos documentos pessoais e das formações, bem como a
ficha de cadastro.
Declarações e Atestados de funcionários (BIM): Arquivar em pasta
própria, não podendo ser grampeado no livro de ponto
funcional.
Após a
entrega da frequência mensal à SME, os atestados e declarações devem ser
arquivados na pasta funcional do servidor.
Quadro de Horário de Funcionários Extraclasse: Organizar o horário dos
funcionários que trabalham na Unidade Escolar que não atuam como regentes de
turma (Prefeitura e Terceirizados). Deve ser feito no início do ano letivo e
atualizado de acordo com as mudanças ocorridas. Importante verificar a carga
horária de cada um conforme a função exercida. Deve ser feito no modelo
fornecido pela SME/CSOE e entregue para análise. Ver orientações e modelo na
apostila da Jornada Administrativa 2016.
Estágio
Probatório – o relatório deve ser entregue em julho e em dezembro.
Plano de Ação da Secretaria Escolar: A organização
do trabalho e o cumprimento dos prazos estabelecidos pela SME dependem de um
bom planejamento. O Plano de Ação tem por objetivo: traçar ações para
organização do trabalho da secretaria escolar, da escrituração dos documentos e
o direcionamento das tarefas de cada um. É fundamental que cada
Unidade Escolar elabore o seu Plano de Ação da Secretaria e faça as devidas
alterações sempre que necessário.
Importante
lembrar:
*Em
hipótese alguma os documentos poderão ser retirados da Unidade Escolar
(conforme Art. 133 do Regimento Escolar).
* Todas
as informações referentes aos alunos devem ser coerentes com os registros
escolares, ou seja, Ficha Individual = Diário de Classe = Ata de Resultado
Final = Livro de Matrícula = Livro de Regularização de Vida Escolar = Censo
Escolar = Mapa Estatístico.
*
As orientações detalhadas para o preenchimento dos documentos estão na apostila da Jornada
Administrativa 2016.
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se
chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence
obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”
ANOTAÇÕES
APÊNDICE
A – Folha de rosto para pesquisa envolvendo seres humanos
APÊNDICE
B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
APÊNDICE
C – Orçamento de Projeto de Pesquisa
Data:
05/02/2017
ORÇAMENTO DE PROJETO DE
PESQUISA
Nome do Projeto: O MAPA DA SUPERVISÃO
EDUCACIONAL EM DUQUE DE CAXIAS: As transformações
ocorridas na Secretaria
Municipal de Educação de Duque de Caxias/RJ nos de 2000 a 2016.
Pesquisador
Responsável: Jacqueline Cássia Pinheiro Lima
Instituição/Unidade/Departamento:
UNIGRANRIO
Fonte
(Instituição): UNIGRANRIO
|
||
VALOR US$
|
VALOR R$
|
|
MATERIAL PERMANENTE
|
||
MATERIAL DE CONSUMO
|
Xerox
|
300,00
|
SERVIÇOS DE TERCEIROS
|
||
HONORÁRIOS DO PESQUISADOR
|
||
DESPESAS COM OS PARTICIPANTES DA PESQUISA
|
Transporte
|
100,00
|
OUTROS
|
Livros
|
1.000,00
|
TOTAL
|
1.400,00
|
|
OBSERVAÇÃO
IMPORTANTE:
Este
orçamento de projeto de pesquisa é apenas indicativo e visa a atender
exigências da CONEP/Plataforma Brasil. A aprovação do protocolo pelo Comitê
de Ética na Pesquisa da UNIGRANRIO limita-se aos aspectos éticos da pesquisa
e não implicando em nenhuma hipótese, compromissos financeiros da parte da
Universidade com o desenvolvimento das atividades do projeto ou com o
pesquisador. A aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética pode ser
uma exigência para posterior obtenção de recursos financeiros na UNIGRANRIO
ou em agências de fomento.
Outros
comentários: O valor refere-se ao custo mínimo com cópias do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, cópias do instrumento de coleta de dados e
outros itens que impliquem em despesas com a pesquisa.
Assinatura
do Pesquisador
|
APÊNDICE
D – Termo de Proteção de Risco e de Confidencialidade
TERMO DE PROTEÇÃO DE RISCO
E CONFIDENCIALIDADE
Declaro
que, ao ser facultado o acesso às informações sobre exames, observações de
dados pessoais de indivíduo oriundos de documentos relativos a prontuários,
resultados de exames clínicos e laboratoriais e demais instrumentos de natureza
documental, pertencentes aos arquivos da SME/DC- CSOE, com a finalidade específica de coleta de
informações para o desenvolvimento do protocolo de pesquisa intitulado “O MAPA DA
SUPERVISÃO EDUCACIONAL EM DUQUE DE CAXIAS: As transformações ocorridas
na Secretaria Municipal de Educação de Duque de
Caxias/RJ nos de 2000 a 2016, de autoria de Osmeire Pinheiro de Matos e
orientadora Jacqueline Cássia Lima Pinheiro, do
curso de Mestrado
– Humanidades, Culturas e Artes, será
preservada a privacidade e a confidencialidade de tais documentos e dos seus
sujeitos.
Declaro,
também, que o procedimento proposto, na pesquisa assegura ao sujeito da
pesquisa, proteção da sua imagem, impedindo o estigma e a utilização das
informações em prejuízo de terceiros e da comunidade. Outrossim, todo o
material será utilizado para os fins propostos no protocolo de pesquisa,
preservando, ainda, a autoestima e o prestígio dos sujeitos da pesquisa.
Todo
o referido é verdade.
Rio de Janeiro,07/02/2017.
____________________________________________________________
Osmeire Pinheiro de Matos
APÊNDICE
E – Roteiro da Entrevista
ROTEIRO DA ENTREVISTA
Perguntas para a entrevista da
pesquisa:
Referem-se às questões norteadoras:
Objetivo específico:
· Descrever a
função do supervisor educacional durante as últimas gestões municipais de
Duque de Caxias-RJ- período de 2000 a 2016.
Questão norteadora: Quais os serviços prestados pela coordenadoria de supervisão
educacional da secretaria de educação de Duque de Caxias-RJ?
1. Descreva sua trajetória de vida:
2. Descreva sua trajetória na
Supervisão:
3. Qual o tipo de trabalho realizado
entre os anos de 2000 a 2016?
4. Como é o relacionamento entre a
Supervisão e as escolas?
Objetivo específico:
· Relacionar
os resultados obtidos pelas equipes escolares, consequentes dos procedimentos
adotados pela supervisão educacional da secretaria municipal de educação de
Duque de Caxias-RJ.
Questão norteadora: Quais os
resultados obtidos após as formações realizadas pela supervisão educacional da
Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias – RJ?
5. Como a Supervisão interfere no
desenvolvimento dos profissionais da escola?
6. Há algum tipo de formação
oferecido para os supervisores?
7. A Supervisão oferece algum
tipo de formação para os profissionais da escola?
8. Em caso afirmativo, qual o
público alvo das formações oferecidas pela CSOE?
9. Quais os resultados obtidos
após as formações? Considera que há pontos positivos? Quais? E negativos?
Quais?
10. Considerações
pessoais sobre o trabalho do supervisor nas 3 gestões (Governo Zito, Washington
Reis e Alexandre Cardoso), entre 2000 a 2016.
Osmeire Pinheiro de Matos -
Pesquisadora
APÊNDICE
F – Formulário – Observação participante
FORMULÁRIO DE OBSERVAÇÃO
Título da
pesquisa: O MAPA DA
SUPERVISÃO EDUCACIONAL EM DUQUE DE CAXIAS: As
transformações ocorridas na Secretaria Municipal de Educação de Duque de
Caxias/RJ nos anos de 2000 a 2016.
Objetivo
Geral da pesquisa:
Analisar até que ponto a função supervisora exerce influência no desempenho das
equipes das escolas municipais de Duque de Caxias - RJ.
Pesquisadora: Osmeire Pinheiro de Matos.
Orientadora: Prof.ª. Dra. Jacqueline
Cássia Pinheiro Lima
Observação: realizada entre agosto a
novembro de 2016.
Local: CSOE / Horário:
Tarde
Objetivos Específicos
|
Aspectos a serem observados a partir dos objetivos propostos
|
Descrever
a função do Supervisor Educacional durante as últimas gestões
municipais de Duque de Caxias-RJ- período de 2000 a 2016;
|
Observei
que houve uma mudança radical na última gestão da SME/DC influenciando a
gestão da CSOE e ação da Supervisão em campo.
A
comunicação entre os setores não acontecia com naturalidade. A
CSOE estava sendo tratada como se fosse um setor desnecessário. Não havia
comunicação direta entre a SSE e CSOE.
As
ações foram limitadas devido. Ex.: os Supervisores compareciam às escolas
para assinar históricos escolares.
O
acompanhamento pedagógico era feito por outra Coordenadoria.
|
Relacionar
os resultados obtidos pelas equipes escolares, após as formações e
intervenções adotadas pela Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de
Educação de Duque de Caxias-RJ.
|
O
resultado da parte Administrativa é evidente porque é um trabalho já
consolidado, iniciado em 1999. As escolas respeitam muito o Supervisor,
Administrativo e a parte documental da escola teve um grande salto após os
encontros realizados, as assessorias feitas.
Quanto
ao trabalho pedagógico, apesar de as escolas respeitarem os
Supervisores, esse trabalho não pôde ser realizado da maneira como deveria
por causa da mudança ocorrida no setor. Lembrando que os envolvidos não foram
convidados para refletir sobre a ação supervisora e o papel desse
profissional na escola.
|
Análise da observação realizada:
A CSOE é uma Coordenadoria na qual existem dois
tipos de supervisões: uma administrativa e outra pedagógica. Esse trabalho se
dá de forma integrada, mas ainda há desafios, como: os Supervisores
Administrativos foram concursados para esse fim, e os Supervisores Pedagógicos
foram concursados para atuar como Orientadores Pedagógicos e Educacionais, o
que gera alguns conflitos na equipe, que acabam por atrapalhar o andamento do
trabalho.
As formações se dão em nível administrativo, e há
uma necessidade da Rede pelo maior acompanhamento na parte pedagógica. A CSOE
não oferece esse tipo de formação. Também não oferece formação específica para
os Supervisores, que precisam procurar por conta própria, com seus recursos,
meios para atualização. Não há uma reflexão sobre a ação do Supervisor na
escola, seu papel, tipo de abordagem adequada, de acordo com o contexto
escolar, e isso faz com que a Coordenadoria não avance como poderia.
Ficou claro para mim como pesquisadora que não há
um planejamento para a Supervisão. Esse planejamento se dá somente através da
chefia imediata, que pode variar, como aconteceu, de acordo com suas crenças e
valores, não levando em consideração o coletivo e a gestão democrática, tão
falada na Rede Municipal de D.C.
APÊNDICE
G – Transcrição da entrevista com a Supervisora Edméa Castro dos Santos
Sotelho.
Meu nome é Edméa Castro dos Santos Sotelho, nasci
em 25/03/1946, na Gamboa, lá onde agora está maior rebuliço com a renovação
(refere-se à revitalização da Região Portuária); tive uma infância maravilhosa,
apesar da idade de 71 anos e como todo mundo diz: - Ah! Que eu passei isso, que
eu apanhei de palmatória, não sei o quê. Nada disso aconteceu comigo.
Sou de uma família pobre, porém decente, claro. Fui
criada com muito amor, muito realismo das coisas. Primeiro que nasci no centro
da cidade do Samba. Eu vim de lá, e então só podia dar essa Edméa que tem
agora. Vim para Caxias aos 13 anos de idade.
Quando vim pra Caxias eu abracei o município, que
amo muito e fui estudar no Colégio Santo Antonio. Formei-me como professora lá
e tenho assim bastante amor por esse colégio. Sou muito feliz de ter estudado
nessa escola porque foi lá que eu conheci e tive os melhores ensinamentos e
formações. Na época não havia colégios municipais e estaduais. Só
havia colégio particular, pelas irmãs franciscanas, e então a gente lá, de onde
vim, do Rio, fui fazer ginásio e o normal.
A minha infância foi no Rio de Janeiro e na
adolescência vim pra cá. Minha adolescência foi ótima. Meu pai era uma pessoa
maravilhosa. Um homem que sabia das coisas. Ele ia comigo, me levava aos bailes
e ainda levava minhas amigas, então, tudo que eu queria estava em minhas mãos.
Não tive problema nenhum.
Casei-me muito tempo depois, porque como boa ariana
que sou só pensava em ser gente na vida, em ser professora, ganhar dinheiro e
viajar. E isso tudo eu fiz antes de casar. Viajei para muitos países. Eu devo
conhecer mais ou menos uns 20 países. Mas fiz tudo antes de casar porque era o
meu sonho dourado. Meu sonho era conhecer, conhecer, conhecer...
Falo três línguas: Francês, Inglês e Espanhol,
agora tá meio difícil por causa da idade, além da nossa Língua Portuguesa. Me
tornei professora por causa da minha primeira professora, que se chamava
Helena. Foi minha professora de alfabetização, que já deve ter falecido,
imagina! Se eu tenho 71 anos, imagina ela? Não é verdade? Então, essa
professora era um doce com as crianças, maravilhosa, tinha um carinho muito
grande com elas e eu fui tomando uma afeição pelo jeito dela, como ela fazia
com as crianças, e isso me deu uma grande motivação e sempre fiquei pensando.
Meu Deus, acho que vou ser professora! Acho que vou ser professora! Aí quer
dizer, vim para Caxias, fiz o ginásio no colégio de freiras e já tinha o curso
normal, quer dizer, já era um caminho. Aí pensei, quer saber de uma coisa, é
isso que vou fazer. Terminei o curso normal e logo ingressei na faculdade. Fiz
logo Pedagogia também.
Atuei como professora. Fui professora da FEUDUC, no
3º grau da época, e foi assim uma experiência muito grande. Tive experiência
com crianças pequenas, com o antigo curso primário, em que eu fui dando todas
as disciplinas; com o ginásio, fui professora do Aquino de Araújo, um dos
colégios mais antigos daqui de Duque de Caxias. Fui professora, ouçam bem!
Professora de Educação Moral e Cívica, no tempo em que houve problemas sérios,
até no 15º Batalhão de Duque de Caxias eu fui parar porque as nossas aulas eram
vigiadas, “tinha olho”, para ver o que você falaria, qual era a interpretação
que você dava que poderia levar os alunos a um pensamento... Mas foi assim uma
experiência maravilhosa (Época da Ditadura Militar).
Já trabalhei com o Supletivo, com o Curso Normal.
Quando eu era professora, quando ainda se chamava Grupo São Bento, aqui no
Sarapuí, em Duque de Caxias, eu estava formada recente em Pedagogia. Fui uma
das primeiras a me formar em Pedagogia aqui no município, acredito eu.
Trabalhei de 1965 no Grupo Escolar São Bento como
professora primária e em 1971, logo assim no início do ano fui convidada a ir
ao que se chamava de CRECT ou NEC. Não sei qual veio primeiro. E então, nem era
isso e nem era aquilo, era DEMS – Departamento de Ensino Médio e Superior. Fui
convidada pela professora Olga Teixeira de Oliveira, que foi minha primeira
professora e na época era quem estava encarregada de ver essa Supervisão do
Estado do Rio de Janeiro; isso foi em 1971.
Fiquei até 1991 como Supervisora do Estado do Rio
de Janeiro (Inspetora Estadual). Nesse ínterim em 1974 eu vim para a prefeitura
para ser professora de Moral e Cívica no Colégio Municipal Expedicionário
Aquino de Araújo. E aí ficamos lá e tivemos uma experiência excelente que foi
trabalhar com o Supletivo, com pessoas que já trabalhavam que chegavam mais
tarde. Então, foi quando em 1974 eu tive a oportunidade de ser professora de
Moral e Cívica e fiquei dois anos dando aula; depois fui convidada a implantar
um serviço de Moral e Civismo da escola. Foi assim também uma experiência
maravilhosa.
Trabalhávamos com a professora Josete, eu também
era uma pessoa assim muito encantada com a Educação, pessoa que abriu portas
para que outros professores pudessem mostrar seu trabalho realmente e então nós
ficamos ali de 1974 a 1978; quatro anos ficamos lá no Aquino e então fui
convidada para implementar a Orientação Educacional na antiga escola Municipal
Castelo Branco, onde Dona Olga trabalhava. Implementamos a Orientação
Educacional, porque na minha especialização de Pedagogia eu escolhi Orientadora
Educacional e Inspetora Escolar, porque na época era assim. Orientadora
Educacional/ Inspeção Escolar e aí foi também maravilhoso porque as
experiências foram se avolumando, crescendo e aí o que aconteceu. Em 1978, no
Castelo Branco, fizemos um trabalho excelente, implantamos o trabalho com
parcerias entre o SENAC e SENAI. Em 1989 praticamente eu vim para a Supervisão
saindo em 2006 para compor o grupo de Supervisores que fariam a implementação
do Serviço de Inspeção Escolar em Duque de Caxias, permanecendo até 2011,
quando me aposentei.
Olha, os primeiros quatro anos do governo Zito
foram maravilhosos porque ele deu uma cara nova para Duque de Caxias. Duque de
Caxias era muito esquecida. Ninguém lembrava desta cidade, o pessoal só queria
pichação; com a vinda de Zito a cidade tomou outro vulto, porque as ruas foram
calçadas, as ruas foram iluminadas e realmente teve um avanço bem grande.
Dentro da Secretaria Municipal de Educação, também, claro que as coisas
mudaram. A gente tinha muitas formações, como: Jornadas, Seminários, Cursos,
então muita coisa aconteceu, foi fantástico.
Em relação ao trabalho específico da
Supervisão, nós tínhamos uma chefia, Alda Maria de Carvalho, que contribuiu
para que houvesse um crescimento muito grande, porque a professora Alda era uma
pessoa de um dinamismo muito grande e uma pessoa muito estudiosa e a nós
querendo fazer muitas coisas; fizemos um trabalho com as escolas chamadas de
dificílimo acesso e aí foram reuniões maravilhosas. Cada grupo se incumbia, em
cada escola então você visitava. Cada reunião era feita numa escola, então você
ia sentir as necessidades das escolas e as carências realmente que as escolas
tinham. Então foi assim um trabalho fantástico.
Depois surgiu o governo de Washington Reis; aí, cada
governo tem um pensamento, cada governo acha que vai desenvolver um trabalho em
educação que vai completar o outro, coisas assim parecidas. E nós continuamos a
realizar um bom trabalho, mas houve muitas mudanças, porque primeiro, a chefia
muda, e aí eu não sei se já foi a professora Maria Celeste, no Governo de
Washington Reis, depois veio a professora Venécia. Veio a Alda, no governo do
Zito, depois veio a professora Maria Celeste, e depois a professora Venécia.
Foi assim um trabalho muito bom porque cada um no governo, pela dimensão a que
o governo se propõe, na Secretaria cada um quer dar o melhor de si; também teve
trabalhos pedagógicos, cadernos pedagógicos. Inclusive eu trouxe um material,
não sei se você já tem, mas se você não tem eu vou te dar (PNE da época). Acho
que você tem, mas eu fui dando muitas coisas que me pediram e você se aposenta
e vai cedendo para quem está na ativa, que quer levar um trabalho a sério, ou
quer aproveitar alguma coisa e aí a gente foi trabalhando.
Depois vieram muitas coisas porque aí eu realmente
não peguei o governo do Alexandre Cardoso porque me aposentei em setembro de
2011. Eu sei que com a mudança do nosso prefeito, eu já não peguei, mas eu
acompanho porque tenho amigas.
Participei
da divisão entre a Supervisão e Inspeção. Aí em 2006 a Supervisão se
desvencilhou. Ela voltou ao que era antes. A minha especialização de antes,
bem, antes Inspeção Escolar; tanto é que algumas meninas foram fazer o curso de
Inspeção Escolar e eu já era Inspetora. No meu diploma veio Pedagogia
especialização Inspeção Escolar e Orientação Educacional, então eu estava
tranquila porque eu já tinha tido uma experiência bastante grande, que veio do
estado do Rio de Janeiro e aí nos demos muito bem. Foi o início da Inspeção
Escolar da SME/DC.
Engraçado que somente fomos às escolas particulares
de Educação Infantil, porque no nosso trabalho, quando éramos da Inspeção, já
anos atrás, o inspetor via tudo, ele via a escola Municipal, Estadual e
Particular. Aí a Supervisão que já havia na SME – Secretaria Municipal de
Educação, que ia aos colégios, Luciana Arêas, Maria Batista, essas pessoas
foram anteriores a mim, mas eu as conheci porque elas não tinham autonomia para
assinar documento algum na escola e então éramos nós que íamos também à escola
da prefeitura para assinar.
A supervisão da SME acompanhava a escola, mas não
podia assinar documentos. Elas iam, faziam também um trabalho fantástico,
porque a gente naquela época no Estado assinávamos toda a documentação escolar:
atas de resultados finais, atas escolares, tudo era feito pela Supervisão e
pelo Inspetor Estadual na época.
Eu fui a Supervisora mais antiga da Rede, porque
quando elas eram supervisoras daqui eu era da Orientação Educacional, mas a
gente tinha bastante entrosamento porque a Orientação Educacional funcionava no
mesmo espaço. E até fazíamos visitas juntas porque tinha um carro que levava a
gente e ia todo mundo, porque às vezes tinha um problema pedagógico, familiar,
educacional de um modo geral e aí a gente fazia um trabalho duplo e era muito
rendoso. A gente trabalhava muito junto, Maria Batista, a minha amiga Luciana
mesmo, a Marluce e muita gente.
Elas foram anteriores a mim porque nesse caso, elas
eram da Supervisão, e eu era Orientadora Educacional e então pelo trabalho que
a Supervisão dizia a gente procurava mexer no ponto em que vinha o emocional da
criança, que era o OE que via. Aí, depois eu saí da Orientação e em 1989 fui
para Supervisão mesmo. Saí da Orientação Educacional e fui para a Supervisão. E
para mim foi bom porque eu já tinha esses dados todos, como OE e então era uma
Supervisora Orientadora, era bem mais fácil prático.
Entrevista realizada pela pesquisadora em 2017.
APÊNDICE H – Transcrição da
entrevista com a Prof.ª Ilza Luíza de Souza.
No dia
22/07/2017, às 14h29, na casa da professora Ilza, estivemos presentes: Osmeire,
Luciana Arêas (pessoa que agendou a entrevista) e os representantes do Centro
de Memórias de Duque de Caxias.
Professora
Ilza nasceu em 1961, sua mãe teve 16 filhos, ficando somente quatro mulheres.
Nasceu em Duque de Caxias, na Vila São Luiz, em 19/09/1936. Conta que sempre
morou neste endereço e que os pais viviam para trabalhar. Lembrou
muito de Tenório Cavalcante, figura temida no município, mas que ela tinha
outra visão dele. Era para ela uma pessoa maravilhosa. Lembrou também de
algumas famílias Duquecaxienses, como a família Combat e a família Freitas.
Antes
mesmo de ser professora já atuava como tal. Trabalhou em algumas escolas como:
Ana Maria Gomes, EM Darcy Vargas (construída na casa de Diná). Lembrou que com
15 anos, véspera de seu aniversário dava aula para 80 crianças, quando o Sr.
Adolfo Davi e o Sr. Pio foram à escola esperar pelo seu pai (eles eram
fiscais). Enquanto esperavam, assistiam a aula que ministrava e gostaram. O Sr.
Davi pediu que procurasse, na PMDC, a professora Amélia Ramoura, chefe da
Inspetoria Municipal, que a contratou como professora e continuou lecionando no
mesmo lugar que estava, com as mesmas crianças. O Sr. Enio fez o contrato, e os
exames foram feitos com o Sr. José Dias, que deu o aval.
A
sua matrícula na PMDC tem o nº 205 de 14/09/1951. Ao receber o primeiro
pagamento lembra que comprou um vestido amarelinho e uma conga (anterior ao
tênis). Comprou coisas para os irmãos e um livro (não se lembrou do nome) e um
livro didático para melhorar as aulas. Comprou coisas para os alunos e Sra.
Amélia mandou mais material para as crianças. Quando as crianças aprendiam a
ler eram transferidas para o Colégio Dr. Alfredo Backer, com Dona Marta Rossi.
Em 1952
veio morar em Duque de Caxias e trabalhar no Bananal. Iniciou na casa de Dona
Antônia e Sr. Domingos. Na escola trabalhava ela e Diná, o dia todo, por três
anos. Quando abriu o ginásio Ana Maria Gomes, fez então o 1º Ginasial. Foi transferida
para trabalhar no Alberto Torres, que era considerado colégio de elite. Nesse
período, Sr. Lima, candidato a vereador requereu o 2º turno para que ele
pudesse fundar o Ginásio. A escola passou a funcionar pela manhã com primário e
à tarde com ginásio. Ilza foi matrícula nº 01. No primeiro ano só
tinha uma aluna, que se chamava Zita. Ilza foi da segunda turma.
Terminou o Ginásio. Dona Olga e Sr. Cozollino foram seus professores. Dona Olga
era considerada por ela como “fazedora de cabeça”, ministrava Língua
portuguesa, e White Abraão lecionava História e lhe dava livros para ler, assim
foi inserida na vida política. Na primeira reunião que participou do
partido comunista levou os livros. Essa professora a levava para ouvir os
intelectuais de Duque de Caxias, como Barbosa Leite, Menezes, Solano Trindade,
dentre outros.
Sr.
Lima tirou depois de algum tempo a escola Alberto Torres, que atendia ao
primário, deixando apenas a escola de Ginásio Aquino de Araújo. Na época a
diretora do primário era Sra. Ruth Cavalcante e no ginásio o Sr. Álvaro, mas
que na sua opinião era guiado por Dona Olga.
Sua
vida era estudar à tarde e trabalhar pela manhã. Em 1961 foi fazer o Curso
Normal no Colégio Santo Antônio. Terminou aos 25 anos, mas já era professora há
10 anos. Lembra que tirava zero em religião porque não assistia as missas na
Paróquia Santo Antônio e que ficava sempre em último lugar da turma por isso,
mas não reprovava a religião. Estudava com bolsa e quando atrasava, ela era
retirada de sala de aula.
Para
estudar ela precisava da assinatura de três pessoas que atestassem sua
idoneidade psicológica e social. Escolhia D. Olga, Valdir e outra pessoa que
não se recordou do nome no momento.
Lembra
que na época, entre 06/09/1952 e 31/01/1955, tendo como gestor o Sr.
Braulino, acontece a primeira greve de funcionários da PMDC, pois os salários
estavam atrasados há 9 meses. Desde então passou a ser temida pelas
pessoas por causa da greve (liderada pelos professores).
Foi
gerente de Assuntos Educacionais. Quando fez concurso foi 1º lugar, indo
trabalhar no Departamento de Ensino dos Sindicatos, onde White era diretor.
Com
a abertura da Reeduc, os funcionários tiveram a oportunidade de ser
alfabetizados, através de uma parceria com a escola do Departamento de Ensino
dos Sindicatos. Eram pessoas analfabetas, mas politizadas. Recebiam o jornal “A
Voz Operária”.
Passou
a trabalhar pela manhã na PMDC e à noite no Sindicato, e à tarde fazia
pré-vestibular de História na UFF. Vivia para a política e para o professorado.
Trabalhou até 1964 no Sindicato, quando foi presa pela Ditadura. Quando voltou,
foi procurar a professora Regina Tescaro e recebeu um atestado médico de 90
dias. No Estado foi procurar a professora Maria José, que procurou a Sra.
Natividade para resolver o problema do trabalho. Foi solicitado a ela que
fizesse então o Censo Escolar, a pedido da chefe da Inspetoria de Ensino. Iam
de casa em casa, foi então que surgiu o “Mapa Estatístico”, em 1965, como
resultado do Censo Escolar. Todas as professoras que trabalhavam com ela eram
do estado e da PMDC.
Ao
chegar um dia no trabalho, foi perguntado a ela se gostaria de fazer um curso
do MEC, que aconteceria em BH, com tudo pago (PABAAE). Não pestanejou. Na
verdade, o curso aconteceu na Fazenda do Rosário, com Helena Antipof, que era
aluna de Clapariède. Muitas coisas interessantes aconteceram durante esse
curso. A começar que chegaram uma semana antes, na cidade errada e sem
dinheiro, mas foram acolhidas e encaminhadas para o local correto. Após o dia
de curso, uma aluna sempre fazia a leitura do seu diário. Cada aluno do curso
fazia a leitura de seu diário. Ficaram dois anos no curso (1965 e
1966). Só podiam vir para casa uma vez por mês. O curso foi um ano direto e
outro ano trabalhando, para colocar em prática o que havia aprendido. Na época
50 pessoas se formaram no curso de supervisão, e passaram a visitar escolas.
Ia
nas escolas a pé, professora Maria José fazia a parte da merenda e os 04 iam
nas escolas – criaram um formulário, que era enviado para BH, que fazia parte
do estágio. Quando o curso acabou, melhoraram o documento para que fosse
preenchido pelas escolas. Ilza era responsável pelo 4º Distrito. As escolas mais
antigas lembra que são a EM Presidente Vargas, Madre Aurora, Sergipe (que agora
é municipalizada), Santo Agostinho (que não era a mesma de agora) e Aila
Saldanha.
Fazia
faculdade de História, foi dona de escola e fazia Pedagogia por necessidade de
trabalho. A SME era muito pequena. As supervisoras iam à SME uma vez
por semana. Não havia orientação para as escolas, e usavam aquela cartilha
chamada “Cartilha Moderna”. Enfim, tem três faculdades: História, Pedagogia e
Direito. Foi diretora da EM Cidade dos Meninos entre 1967/1968, mas continuou
com as visitas. Depois voltou à supervisão do estado. Criou
juntamente com Dalva Lazaroni e Stélio o CMCA.
Entrevista cedida à pesquisadora em 2017.
APÊNDICE
I – Transcrição da entrevista com a Prof.ª Marluce Gomes da Silva.
No dia
12/07/2017 às 14 horas, na Unigranrio, a professora Marluce concedeu entrevista
para a pesquisadora Osmeire. Esteve presente também a professora Luciana Arêas.
Nasceu
em Recife /PE, veio para Duque de Caxias já alfabetizada, para a escola
municipal. Sempre morou em Duque de Caxias, mas hoje mora em Copacabana; mas
para falar a verdade, se precisar sair de lá, só tem um lugar para ficar:
“Duque de Caxias”, afirma ela. Sempre teve um apartamento na Zona
Sul, como as amigas tinham. Só ia aos finais de semana. Ao se
aposentar achou que ficaria lá de vez. Reside na Zona Sul, mas não gosta.
Estudou
na Escola Municipal Rio Solimões, na Rua Nina Rodrigues, Mangueirinha. Depois,
com o sistema de bolsas de Estudos, que existe até hoje, em que os alunos da
escola pública tinham o direito de estudar em escolas particulares. Hoje sabe
que tipo de bolsa é essa, mas naquele tempo não sabia. Naquele tempo,
chamávamos de Bolsa da Prefeitura, como é ainda hoje, diz ela.
A
primeira formação não foi o curso Normal. Sabe aquela história de que a pessoa
nascia para ser professora, tinha carinho de professora? Não! Eu não queria ser
professora! Minha família não queria professora! Minha mãe era empregada
doméstica e só queria o melhor para seus filhos e, jamais, naquela época.
Afirma com precisão! Ela gostaria que suas filhas fossem professoras. Porque
naquela época ela sabia que professora ganhava pouco e ainda casava com homem
que não trabalhava. E achava que professora sustentava marido, isso há 50 anos!
Então sua primeira formação é Contabilidade.
Fez
Contabilidade, tem carteirinha dos Contadores. Foram muitos anos como contadora
e ganhava muito bem. Até que muitos de seus amigos eram professores, gozavam de
3 meses de férias por ano. Ela disse invejar as férias de seus amigos, porque
enquanto eles tinham três meses de férias, era a época em que ela mais
trabalhava, por conta dos balanços das empresas (Imposto de Renda – Físico e
Jurídico). Trabalhava em um escritório, eis que pensou em ser professora
também. Então foi fazer formação de professores no Colégio Cruzeiro do Sul, na
Laureano. Poderia ter entrado no 2ºano, pois já tinha outro curso, mas quis
começar no 1º, para fazer bem feito. A história da professora Marluce, como ela
disse, é diferente das outras entrevistas, pois não estudou no Colégio Santo
Antônio nem no IEGRS, não fez Pedagogia, nada disso, nessa época que todo mundo
fez. Trabalhava e estudava.
Conheceu
várias pessoas na época do curso, e todas já trabalhavam na PMDC, todas eram
suas amigas. Eram professoras leigas e bem senhoras. Ela disse ser uma das mais
jovens na turma. Participava de vários grupos, até que ficou muito ligada à
professora Maria Auxiliadora Viana e Silva, que assumiria a SME no governo
Hydekel. Ela já era diretora (EM Carlota Machado), naquela época e fazia Normal
com Marluce. Através dela começou a ter acesso à Prefeitura, aí havia Josefina,
Bernadete e outras de que não lembrou os nomes, todas bem senhoras. Com essa
amizade, a professora Maria Auxiliadora a convidou para ser professora. Disse –
“Você não quer ser professora?” Aí começou sua vida como professora, não tinha
nada no sangue para ser professora, disse ela. Disse ter o “sangue virgem”,
podia ser qualquer coisa que quisesse. Nunca brincou de escolinha. Nunca pensou
em ser professora. Quando o convite foi feito pensou na questão salarial. Já
pensava em dinheiro naquela época, pois nunca ganharia o que ganhava no
escritório como professora.
Na
época foi apresentada à professora Hilda do Carmo Siqueira, que era irmã do Dr.
Moacyr do Carmo. Tinha um diploma de datilógrafa e era exímia datilógrafa.
Então, a professora Maria Auxiliadora perguntou à professora Hilda do Carmo se
a professora Marluce não poderia entrar na SME. Foi contratada, em 1971, como
professora primária para atuar no Departamento de Educação e Cultura. Começa
então sua história funcional na Rede de Duque de Caxias.
Se tornou
datilógrafa de um grupo que tinha nome e sobrenome. De um ambiente que não
tinha nada a ver com sua história. Ficava quieta só
datilografando. Sem falar, sem comentar nada. Datilografava
sugestões pedagógicas, que naquela época era obrigação. Tinham
outras professoras, como Angélica Terezinha, Edna (Supervisão), Elian
(Ciências), dentre outros, que escreviam, manuscrito, para que ela
datilografasse para os professores da Rede Municipal. Esse grupo, que
pesquisava, escrevia, era o mesmo grupo que orientava às escolas quanto à
aplicação das sugestões. Então, tendo de datilografar todo aquele material, e
estando na sala, teve contato com informações diferentes.
Essas
pessoas, segundo a Prof.ª Marluce, eram pessoas arrogantes, e quando ela não
entendia a letra e perguntava, elas respondiam com arrogância. Eram pessoas
prepotentes por trabalhar ali. Elas a consideravam apenas uma datilógrafa. A
Elian era a mais arrogante de todas para este fim. Com isso aprendeu muito,
porque para datilografar tinha de ler, certo? Lia, aprendia e
aplicava onde estava terminando o curso Normal (já estava no 3º ano), mas
continuava na Secretaria. Tinha afinidades com algumas pessoas como: Luciana
Arêas, Angélica, Graziela, Denise. Com esse trio, Luciana, Angélica e Denise,
existia o que para ela não existe hoje, apesar de não se considerar saudosista.
Elas estavam sempre prontas a ajudar, mostravam os concursos que apareciam,
atividades pedagógicas para que a ajudasse no seu curso. Graziela, por exemplo,
a ensinava a dar aula. Observava muito a Graziela, Luciana e Ervalina, que eram
supervisoras.
A
Supervisora Ervalina queria vê-la como Supervisora. A professora Marluce fazia
algumas visitas com as Supervisoras para ver como era o trabalho de
campo. Na época surgiram alguns concursos, mas o dinheiro era pouco,
ou pagava as taxas dos vestibulares ou as taxas dos concursos. Alguém comentou
com D. Naíde, que fazia curso de preparatório, que Marluce não tinha dinheiro
para pagar o curso, mas podia trocar trabalho. Então, aos sábados, ia para a
Secretaria para datilografar as apostilas do curso da D. Naíde. O funcionário
chamado Valdomiro abria a SME para que ela pudesse trabalhar, datilografando as
aulas da Dona Naíde e os boletins, apostilas. Fez o cursinho, passou no
concurso do Estado e foi trabalhar em 1971.
Diz
que sua história começou de trás para frente, diferente das outras pessoas.
Todos começam a trabalhar na escola e depois vão para a SME, ela começou na SME
para depois ir para a escola. Entrou do administrativo para o Pedagógico. Não
foi do Pedagógico para o Administrativo.
Sentiu
necessidade de se aprimorar porque já atuava como orientada pedagógica nas
Redes Estadual e Municipal. Houve um período de 8 meses que saiu da PMDC,
porque o pagamento estava atrasado. Então, sua amiga Denise a convidou para
trabalhar com ela numa revista. E como não trabalha por amor, porque se
quisesse trabalhar por amor, faria caridade, disse ela. Pode trabalhar com amor
e não por amor. Nesse tempo fazia Letras no Colégio Pedro II juntamente com sua
amiga Denise. Ao chegar às provas bimestrais precisou sair do trabalho porque o
horário não era compatível. Já havia engarrafamento na época. Trabalhava na
Editora BLOCK, Revista Amiga. Ficou com depressão por ter de largar o emprego.
Continuava a trabalhar no Estado.
Pediu
à Denise que a mandasse embora da Revista e D. Hilda mais tarde regularizou sua
vida funcional. Enfim, retornou à PMDC. Em 1979 concluiu o curso de
Complementação Pedagógica e em 1989 a Especialização. Em 1991 fez outra
especialização (UFF), sempre procurando de aprimorar. Fazia vários cursos,
participava de vários seminários, congressos dentre outras formas de
atualização. Conferia palestra na PMDC sobre a importância da
leitura. As professoras Myriam Medeiros e Gelma, já aposentadas, implantaram
o serviço de Sala de Leitura na PMDC. O MEC sempre oferecia cursos e ela sempre
participava, junto com suas amigas.
Depois
assumiu a direção da escola. Se aposentou e em 1992 fez concurso
para Professor Especialista, passando a atuar como Orientadora Pedagógica.
Depois atuou como chefe do EIJ; na prefeitura, disse ela, só não “matou e nem
roubou”, mas já atuou em várias funções.
Em
2013 foi indicada pelo reitor da UNIGRANRIO para assumir a pasta da Educação em
Duque de Caxias. O prefeito Alexandre Cardoso ligou para ela e informou sobre a
crise prevista para os próximos anos e que a SME precisava ser enxugada.
Trabalhou, tentando fazer Educação, mas não conseguiu. Não quis se indispor com
a categoria. Não conseguia fazer o jogo político. Foi nomeada em 02/01/2013,
através da Portaria 049/GP/2013, pedindo exoneração a contar em 30/06/2014.
Para
ela, lugar de professor e de Orientador era na escola. O formato de Orientação
Pedagógica da Rede Municipal de Duque de Caxias é o formato de Supervisão, por
isso não concordava com um grande quantitativo de Supervisores para atuar na
escola, que já contava com Especialistas. O Supervisor da rede, para
ela, é como se fosse um inimigo da escola. Estava para apontar erros. As
Divisões existentes na SME minimizavam o trabalho da Supervisão. Ex.: EI, EE,
EJA. A Supervisão para ela ficou desacreditada por causa de pessoas que não
atuavam da maneira correta.
Entrevista cedida em
2017.
APÊNDICE J – Folder do Centro de Memórias da
Educação de Duque de Caxias
Fonte: CEPEMHED, 2017.
Fonte: CPEMHED, 2017.
APÊNDICE L – Foto da professora
Fátima David e do professor White Abraão
Entrevista cedida em 2017. Arquivo Pessoal, 2017.
[1] PABAEE –
Programa de Assistência Brasileiro - Americana ao Ensino Elementar. Apoiado em
acordos gerais estabelecidos entre o Brasil e os Estados Unidos, o Ministério
da Educação e Cultura solicitou, em 11/04/1956, assistência técnica à Missão
Norte Americana de Cooperação Técnica no Brasil (Usom-B) para a criação de um
centro experimental de programa piloto de educação elementar em BH. Em
22/06/1956 foi autorizado o planejamento do programa e assinado o acordo com a
Universidade de Indiana para realização de cursos para brasileiros que viriam a
atuar naquele programa. Em 15/07/1957, o Diário Oficial publicou portaria do
ministro da Educação e Cultura. Clóvis Salgado, atribuindo ao INEP, a execução
do programa. O PABAEE iniciou suas atividades em julho de 1957 e em maio de
1964 cessou a participação americana direta na administração, mas as atividades
se mantiveram; então o PABAEE passou a ser dirigido por Lyra Paixão. Em
06/05/1965, o PABAEE transformou-se na Divisão de Aperfeiçoamento (DAP) do
Centro regional de Pesquisas educacionais João Pinheiro. (Paiva; Paixão, 2013).
[2] Palavras de Charles M. Long –
“Primeiro, nós estamos informados, de modo confiável, que os professores de
Metodologia exercem grande influência nas Escolas de Demonstração.
Consequentemente, parece ser imperativo trabalhar primeiro com as pessoas que
mantêm e exercem liderança. Segundo os acordos básicos do PABAEE demandam que o
programa de atividades tenha como foco o professor educador. Em nossa opinião os
fundadores do PABAEE foram sábios em enfatizar a educação dos professores. O
Brasil é um país extenso e o PABAEE é um projeto, relativamente pequeno. Os
fundos e os recursos do Programa devem ser gastos em projetos que influenciarão
o maior número de pessoas. Isto indica claramente, em vez de trabalhar com
professores devemos trabalhar com pessoas que preparam professores de classes.
(Long, C.M.18/04/1958, p.12, apud PAIVA; PAIXÃO, 2013, p. 48).
[4] Para muitos autores Rousseau é considerado o “pai da Pedagogia Moderna”,
visto que ele se preocupou com uma relação de adequação entre o conhecimento
que era assimilado pelo aluno e a sua fase psicocognitiva. Dessa forma, Rousseau
foi um grande crítico do sistema educativo que predominava na França em meados
do século XVIII, pois para ele os alunos repetiam aquilo que aprendiam e não
refletiam diante do conhecimento. Portanto, nesse sistema educativo vigente não
havia uma preocupação de fato com a relação entre o conteúdo que o aluno estava
entrando em contato e a faixa etária. Um dos pontos importantes do livro Emílio
ou da Educação é que Rousseau mostra como é significante fazer com que o aluno
reflita sobre conceitos já aprendidos para concluir outras questões. Assim,
esse é um ponto que devemos ressaltar na proposta pedagógica de Rousseau, de
que os conceitos devem ser assimilados pelos alunos de modo que eles tenham a
possibilidade de resolver questões práticas a partir desses
conhecimentos. Fonte:
Disponível em: <http://hdl.handle.net/123456789/411>.
[5] Johann Heinrich Pestalozzi - nasceu em 1746 em Zurique, na Suíça. Na
juventude, abandonou os estudos religiosos para se dedicar à agricultura. Aos 50 anos, foi chamado para dar
aulas aos órfãos da batalha de Stans. Mais duas experiências se seguiram, em
escolas de Burgdorf e Yverdon. Nesta última, que existiu de 1805 a 1825,
Pestalozzi desenvolveu seu projeto mais abrangente, dando aulas para estudantes
de várias origens e comandando uma equipe de professores. A criança, na
concepção de Pestalozzi, “era um ser puro, bom em sua essência e possuidor de
uma natureza divina que deveria ser cultivada e descoberta para atingir a
plenitude". Fonte:
< https://novaescola.org.br/conteudo/1941/pestalozzi-o-teorico-que-incorporou-o-afeto-a-sala-de-aula>.
[6]A Pedagogia é conceituada segundo Mazzotti (1998) como “uma rede de
enunciados inferenciais sobre o fazer educativo ou rede de significações, não
se confundindo com este, apresentando a possibilidade de seu exame por meio de
análise da rede de enunciados, estabelecendo-se limites formais e empíricos da mesma. Dessa maneira, é necessário determinar
qual a lógica subjacente àquela rede de enunciados (MAZZOTTI, p.27). Esse
conceito foi construído no debate sobre a natureza da Pedagogia ou da Educação
quando o autor apresentou argumentos que possibilitariam o
estabelecimento da cientificidade da Pedagogia.
[7]Pedagogo – é um professor que atua em várias instâncias da prática
educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de
“transmissão” e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista
objetivos de formação humana definidos em sua contextualização histórica. Em
outras palavras, Pedagogo é um professor que lida com fatos, estruturas,
contextos, situações, referentes à prática educativa em suas várias modalidades
e manifestações. (LIBÂNEO, 2000, p.116 –
117).
[8]Especialista – Que se dedica exclusivamente ao estudo ou à prática de
uma ciência, uma arte, uma profissão. Fonte: https://www.dicio.com.br/especialista/
[9]ASSERS – primeira associação de Supervisores Escolares do Brasil,
fundada em 22/08/1972; foi resultado de lutas emergidas desde a década de 1960 que
marcaram alguns acontecimentos, entre eles: a necessidade de os
Supervisores se “agregarem para defender seus interesses”, pois sentiam-se
discriminados pela LDBEN nº 4024/61 que legitimava apenas os Orientadores
Educacionais. (Cadernos Pedagógicos 10, Secretaria Municipal de Educação de
Porto Alegre, Dez.,1996).
[10] CIEPs –
Centros Integrados de Educação Pública, popularmente conhecidos como Brizolões.
De acordo com Ribeiro (1986, p.16 e 17), a eleição de Leonel Brizola para
governador do Rio de Janeiro ensejou o primeiro programa sério de reforma
sistêmica escolar pública de primeiro grau. Foi criada então uma Comissão
Coordenadora, a cargo do Vice-Governador, com poderes para elaborar um Plano
Especial de Educação. A escolha da educação como prioridade fundamental
responde, essencialmente, à ideologia socialista-democrática do PDT, Partido
Democrático Trabalhista, de Leonel Brizola. Assim que assumiu, o governador
tomou várias medidas emergenciais na área da educação, tais como: reconstrução
da rede escolar, a transformação da merenda escolar de forma a assegurar
diariamente 2 milhões de refeições completas às crianças de escolas públicas;
e, ainda, o transporte gratuito de alunos que vestiam o traje escolar. O grande
feito do governador, segundo Darcy Ribeiro, foi elaborar o Programa Especial de
Educação com participação de todo o professorado do Rio de Janeiro. Com base no
documento construído após debates, congressos, encontros, foram fixadas metas
fundamentais do Programa Especial de Educação. A primeira meta era expandir a
rede pública com o objetivo de extinguir o terceiro turno. Outra meta foi de
instituir progressivamente uma nova rede de escolas de dia completo, os CIEPs,
que foram implantados em áreas de maior densidade e de maior pobreza.
Projetados por Oscar Niemeyer, são edificações de grande beleza. Cada um deles
compreende um edifício principal, de administração e salas de aula e de estudo
dirigido, cozinha, refeitório e um centro de assistência médica e dentária. Num
outro edifício fica o ginásio coberto que funciona também como auditório e
abriga os banheiros. Um terceiro edifício é destinado à biblioteca pública que
serve tanto para a escola como à população vizinha. No edifício principal se
integram também instalações para abrigar 24 alunos residentes. Atendiam a 1.000
crianças de 1ª a 4ª série ou de 5ª a 8ª série, separadamente. Recebiam também
ali aulas de recreação, de ginástica, três refeições e um banho
diário. Cada Brizolão foi projetado para abrigar 12 meninos e 12
meninas escolhidos entre as crianças abandonadas e que estivessem sob ameaça de
cair na delinquência. Outra meta foi o aperfeiçoamento do magistério, tanto
para profissionais que estavam em serviço quanto os que estavam ingressando no
magistério. Isso se fez nos CIEPs e em Escolas de Demonstração, especialmente
criadas com esse objetivo, através de programas de treinamento em Serviço e de
Seminários de Ativação Pedagógica. O Programa produziu um vasto material
pedagógico. Foram planejados 500 CIEPs, que atenderiam perto de um milhão de
crianças e jovens. A grande conquista do PEE – Programa Especial de
Educação do Rio de Janeiro, para Darcy Ribeiro, foi, por um lado, a mobilização
da consciência nacional, e, por outro lado, a preparação de equipamentos
capazes de levar à prática por todo o país soluções experimentalmente
comprovadas para a criação da Escola Pública de que necessitamos. (RIBEIRO,
1986, p. 16-17).
[11] As propostas desta tendência foram
desenvolvidas, no Brasil, por Dermeval Saviani, o qual se baseia em vários
autores, como: Marx, Grasmci, Kosik, Snyders, entre outros. Junto a Saviani,
temos vários outros educadores que elaboram a favor desta corrente, dos quais
destacamos José C. Libâneo, Carlos R. J. Cury e Guiomar N. de Mello. Como
as outras tendências progressistas, a crítico-social dos conteúdos também está preocupada com a função
transformadora da educação em relação à sociedade, sem, com isso, negligenciar
o processo de construção do conhecimento fundamentado nos conteúdos acumulados
pela humanidade. A Pedagogia
Crítico-social dos conteúdos, ou como também é conhecida, Pedagogia Histórico-crítica, busca: “Construir uma teoria
pedagógica a partir da compreensão de nossa realidade histórica e social, a fim
de tornar possível o papel mediador da educação no processo de transformação
social. Não que a educação possa por si só produzir a democratização da
sociedade, mas a mudança se faz de forma mediatizada, ou seja, por meio da
transformação das consciências”. (ARANHA, 1996, p. 216). Pode-se perceber,
na fundamentação dessa tendência, uma preocupação com a
transformação social, contudo, para tal, parte-se da compreensão da realidade,
a partir da análise do mundo do trabalho, das vivências sociais, buscando
entendê-lo não como algo natural, mas sim construído culturalmente — torna-se importante no processo de
transformação social a mediação cultural. (Fonte: Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/pedagogia/32706>).
[12]O Professor Doutor
Albano Estrela é professor catedrático de Ciências da Educação da
Universidade de Lisboa (Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação).
Nessa Faculdade coordena os Mestrados de Ciências da Educação e é o responsável
pela UNIFOP (Unidade de Formação de Professores e de Formadores). Investigador
nas áreas da observação de classes e da formação de professores, é autor de
múltiplos artigos publicados em revistas portuguesas e estrangeiras da
especialidade. Também é autor de obras como a Teoria e Prática de Observação de
Classes - uma Estratégia de Formação de Professores, Perspectivas Actuais sobre
a Formação de Professores, A Técnica dos Incidentes Críticos (as duas últimas
em coautoria com Maria Teresa Estrela). Tem orientado vários projectos de
investigação em Educação, como o Projecto PLUX (Ensino do Português aos filhos
dos trabalhadores portugueses emigrados no Grão-Ducado do Luxemburgo), projecto
da Comissão das Comunidades Europeias. De 1983 a 1986, orientou o projecto
FOCO, do qual resultou a publicação da obra intitulada Formação de Professores
por Competências — Projecto Foco (Uma Experiência de Formação Contínua).
Actualmente dirige o Projecto "ira" (investigação, reflexão, acção),
projecto de investigação — formação contínua de professores assente no
levantamento de necessidades de formação em situação profissional. Preside o
Conselho de Acompanhamento da Reforma Curricular. É presidente da Section
Portugaise de l’ AIPELF /AFIRSE e, nessa qualidade, tem organizado diversos colóquios
nacionais e internacionais sobre temas como "Investigação em
Educação", "Investigação - Acção", "Reformas Curriculares
em Países da Comunidade Europeia" (e orientado a publicação das
respectivas actas). Fonte: Disponível
em: < www.ipv.pt/millenium/albest_6.htm>.
[13] Práxis – o processo social global da afirmação humana da vida na
natureza e na história, que a teoria precisa refletir em suas leis objetivas,
com cuja utilização consciente o homem pode chegar a um planejamento e um
domínio científico das forças naturais e da convivência social. (SCHMIED-KOWARZIK,
1983, p. 21, apud PIMENTA, 1998, p.55).
[14] Aprendente
– “é o sujeito da ação pedagógica, ou seja, o indivíduo pensante e atuante em
seu processo de ensino-aprendizagem”. (SIQUEIRA, 2014).
[15] Organização
é uma estrutura social que consiste em um conjunto de interações mais complexas
e relativamente perenes, que tem em seus atributos essenciais a relação entre
meios e fins; pautada pelo valor da racionalidade[...] as organizações públicas
revestem-se de um conjunto de atributos que as fazem distintas das organizações
que operam no espaço privado. Ex.: menor rotatividade, estabilidade das pessoas
e do ambiente, a complexidade da atuação dessas organizações em termos dos
produtos gerados – bens e serviços públicos, além das redes de
interdependências que estabelecem com outros organismos congêneres [...]há, em
tese, pouco espaço para informalidade e a vontade pessoal no trato com os
negócios de interesse da sociedade e com o patrimônio público. (BERGUE, 2011,
p.48-51).
[16] Zona de Conforto é um termo
oriundo do âmbito da Psicologia e que tem se tornado bastante popular nos
últimos tempos. Zona de conforto basicamente designa a atitude das
pessoas que tendem a se acostumar com um estilo de vida, de comportamento e de pensamentos,
demonstrando satisfação com seus hábitos e condição de vida, não se
esforçando em nada para evoluir ou mudar algum aspecto de sua existência para
melhor.
Fonte: Disponível
em: < https://www.meusdicionarios.com.br/zona-de-conforto>.
[17] Concurso público para a função de Supervisor Administrativo - realizado
em janeiro de 1999 pela PMDC/RJ e a posse dos candidatos aprovados
e convocados através do Edital 01/99 de 28/02/1999. Após a posse os Professores
Especialistas foram empossados para a função de Supervisores Administrativos, recebendo os memorandos em
05/04/1999, para o Departamento Geral de Educação a contar a partir de
03/03/1999, iniciando suas atividades em 17/03/1999, na SME/DC. Nota-se
que os Memorandos recebidos pelos Supervisores Administrativos estão com
lotação para o DGE, mas os profissionais sempre atuaram na ESE, atual CSOE.
Fonte: CSOE, 2017.
[19] Ciclo de
Alfabetização – (...) compreende a alfabetização como processo contínuo,
desenvolvido em 03 anos, sem seriação, no ensino diurno, relativos às antigas
CA, 1ª e 2ª séries, e em 02 anos, também sem seriação no ensino noturno,
relativo às 1ª e 2ª séries. A avaliação é registrada sob forma de conceitos
bimestrais, sem qualquer vinculação a classificações numéricas. O Regimento Básico
da Rede Municipal de D.C. foi aprovado por este Conselho através do Parecer nº
32º/1990. Em 06/12/1994, acolhendo a solicitação da SME, este órgão exarou o
Parecer nº 448/1994, aprovando alterações regimentais que incidam basicamente
no Título VII – Seção IV – Do Ciclo de Alfabetização. Parecer CEE nº 59/1996
que “Aprova adendo ao Regimento Básico da Secretaria Municipal de Educação de
Duque de Caxias”.
[20] Qualidade
– de acordo com a autora, “uma educação de qualidade é aquela que permite que
todos aprendam o que necessitam aprender, no momento
oportuno de sua vida e de suas sociedades, e que o façam com felicidade. É
evidente que o conceito de Educação de qualidade varia com o tempo, não é
homogêneo em determinado momento, e que sua heterogeneidade está associada a
razões objetivas e subjetivas, ou seja, a situações e também a necessidades,
interesses e convicções de diferentes grupos e pessoas” (BRASLAVSKY, p.22,
2006).
[21] Memória Coletiva — composta pelas
lembranças vividas pelo indivíduo ou que lhe foram repassadas,
mas que não lhe pertencem somente, e são entendidas como propriedade de uma
comunidade, um grupo. O estudo histórico da memória coletiva começou a se
desenvolver com a investigação oral. Esse tipo de memória tem algumas
características bem específicas: primeiro, gira em torno quase sempre de
lembranças do cotidiano do grupo, como enchentes, boas safras ou safras ruins,
quase nunca fazendo referências a acontecimentos históricos valorizados pela
historiografia, e tende a idealizar o passado. Em segundo lugar, a memória
coletiva fundamenta a própria identidade do grupo ou comunidade, mas
normalmente tende a se apegar a um acontecimento considerado fundador,
simplificando todo o restante do passado. Por outro lado, ela também simplifica
a noção de tempo, fazendo apenas grandes diferenciações entre o presente
("nossos dias") e o passado ("antigamente”: por
exemplo). Além disso, mais do que em datas, a memória coletiva se baseia em
imagens e paisagens. O próprio esquecimento é também um aspecto relevante para
a compreensão da memória de grupos e comunidades, pois muitas vezes é
voluntário, indicando a vontade do grupo de ocultar determinados fatos. Assim,
a memória coletiva reelabora constantemente os fatos. (Fonte:
In: Dicionário de Conceitos Históricos - Kalina Vanderlei Silva e Maciel
Henrique Silva – Ed. Contexto – São Paulo, 2006).
[22] Cultura
Organizacional – é um sistema compartilhado de orientações que mantém a unidade
e lhe confere uma identidade distinta. Fonte: HOY; MISKEL (2015, p.163).
[23] Princípios da administração
científica propostos por F. Taylor: planejamento, preparação, controle e
segregação. (BERGUE,2011, p.101-102).
[24] Formulou
os princípios gerais da administração: divisão de trabalho, autoridade e
responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção,
subordinação aos interesses gerais, remuneração do pessoal, centralização,
hierarquia, ordem equidade, estabilidade do pessoal, iniciativa e espírito de
equipe. (BERGUE, 2011, p. 104-105).
[25] Parte do
texto extraído do livro: A Influência do líder na qualidade dos
serviços prestados pela gestão pública. (Matos, 2017).
[26] Região de planícies costeiras que se estendem no litoral até a
Serra do Mar cobrindo de Norte a Sul do município
de Campos ao de Itaguaí.
[27] Dalva Lazaroni - A
professora Dalva tem uma longa história no município. Professora aposentada de
Duque de Caxias; atuou como secretária de Educação entre os anos de 1990 a
1992; fundou, organizou e dirigiu a biblioteca da Câmara Municipal. Criou
também o Instituto histórico, além de participar de grupo de trabalho para
organização de algumas faculdades, sendo uma delas a antiga AFE, atual
UNIGRANRIO. É autora de vários livros, muitos deles falando sobre o município
de Duque de Caxias, um deles didático. Autora também do livro sobre
Chiquinha Gonzaga, que culminou numa minissérie da Globo, além do livro Mate
com Angu, narrando a história da educadora Armanda Álvaro Alberto, que foi
sua professora. Escreveu outros livros sobre meio ambiente,
como Chico Mendes o coração do Brasil. Foi procuradora de Duque de
Caxias, secretária de meio ambiente e secretária de cultura. Tem trabalhos
voltados para o meio ambiente, tendo recebido prêmio de um deles sobre o vídeo
“Um jardim chamado Gramacho”. Levou o nome do município para fora de suas
fronteiras, quando presidente da Casa França Brasil, e organizou uma exposição
sobre o Barroco na Baixada Fluminense, resgatando a memória do local. Foi a
primeira mulher eleita vereadora no município de Duque de Caxias. Historiadora,
conhecedora do município e de seus desafios. Nasceu em 07/11/45 e faleceu em
04/07/2016. Deixou uma obra para todo o povo duquecaxiense, como ela gostava de
chamar.
[28] Professora Ilza nasceu em 1961, sua mãe teve 16 filhos, ficando
somente quatro mulheres. Nasceu em Duque de Caxias, na Vila São Luiz, em
19/09/1936. Antes mesmo de ser professora já atuava como tal. Trabalhou em
algumas escolas como: Ana Maria Gomes, EM Darcy Vargas (construída na casa de
Diná). A sua matrícula na PMDC tem o nº 205 de 14/09/1951. Ao receber o
primeiro pagamento lembra que comprou um vestido amarelinho e uma conga
(anterior ao tênis). Em 1952 veio morar em Duque de Caxias e trabalhar no
Bananal. Iniciou na casa de Dona Antônia e Sr. Domingos. Sua vida era estudar à
tarde e trabalhar pela manhã. Em 1961 fez o Curso Normal no Colégio Santo
Antônio. Terminou aos 25 anos, mas já era professora há 10 anos. Lembra que
tirava zero em religião porque não assistia as missas na Paróquia Santo Antônio
e que ficava sempre em último lugar da turma por isso, mas não reprovava a
religião. Estudava com bolsa e quando atrasava, ela era retirada de sala de
aula. Para estudar ela precisava da assinatura de três pessoas que atestassem
sua idoneidade psicológica e social. Escolhia D. Olga, Valdir e outra pessoa
que não se recordou do nome no momento da entrevista. Lembra que na época,
entre 06/09/1952 e 31/01/1955, tendo como gestor o Sr. Braulino,
acontece a primeira greve de funcionários da PMDC, pois os salários estavam
atrasados há 9 meses. Desde então passou a ser temida pelas pessoas
por causa da greve (liderada pelos professores). Foi gerente de Assuntos
Educacionais. Quando fez concurso foi 1º lugar, indo trabalhar no Departamento
de Ensino dos Sindicatos, onde White Abraão era diretor. Com a abertura da
Reeduc, os funcionários tiveram a oportunidade de ser alfabetizados, através de
uma parceria com a escola do Departamento de Ensino dos Sindicatos. Eram
pessoas analfabetas, mas politizadas. Recebiam o jornal “A Voz Operária”.
Passou a trabalhar pela manhã na PMDC e à noite no Sindicato, e à tarde fazia
pré-vestibular de História na UFF. Vivia para a política e para o professorado.
Trabalhou até 1964 no Sindicato, quando foi presa pela Ditadura. Ao retornar,
no Estado foi atendida pela professora Maria José, que procurou a Sra.
Natividade para resolver o problema do trabalho. Foi solicitado a ela que
fizesse então o Censo Escolar, a pedido da chefe da Inspetoria de Ensino. Iam
de casa em casa, foi então que surgiu o “Mapa Estatístico”, em 1965, como
resultado do Censo Escolar. Todas as professoras que trabalhavam com ela eram
do estado e da PMDC. Ao chegar um dia no trabalho, foi perguntado a ela se
gostaria de fazer um curso do MEC, que aconteceria em BH, com tudo pago
(PABAAE). Não pestanejou. Na verdade, o curso aconteceu na Fazenda do Rosário,
com Helena Antipof, que era aluna de Clapariède. Muitas coisas interessantes aconteceram
durante esse curso. A começar que chegaram uma semana antes, na cidade errada e
sem dinheiro, mas foram acolhidas e encaminhadas para o local correto. Após o
dia de curso, uma aluna sempre fazia a leitura do seu
diário. Ficaram dois anos no curso (1965 e 1966). Só podiam vir para
casa uma vez por mês. O curso durou um ano direto e outro ano trabalhando, para
colocar em prática o que havia aprendido. Na época 50 pessoas se formaram no
curso de supervisão, e passaram a visitar escolas. Ia nas escolas a
pé, professora Maria José fazia a parte da merenda e os 04 iam nas escolas –
criaram um formulário, que era enviado para BH, que fazia parte do estágio.
Quando o curso acabou, melhoraram o documento para que fosse preenchido pelas
escolas. Ilza era responsável pelo 4º Distrito. As escolas mais antigas lembra
que são a EM Presidente Vargas, Madre Aurora, Sergipe (que agora é
municipalizada), Santo Agostinho (que não era a mesma de agora) e Aila
Saldanha. Fazia faculdade de História, foi dona de escola e fazia Pedagogia por
necessidade de trabalho. A SME era muito pequena. As supervisoras
iam à SME uma vez por semana. Não havia orientação para as escolas, e usavam
aquela cartilha chamada “Cartilha Moderna”. Enfim, tem três faculdades: História,
Pedagogia e Direito. Foi diretora da EM Cidade dos Meninos entre 1967/1968, mas
continuou com as visitas. Depois voltou à supervisão do
estado. Criou juntamente com Dalva Lazaroni e Stélio o CMCA. Fonte: Entrevista cedida à
pesquisadora em 2017.
[29] Professores Leigos –
Termo utilizado para professores sem qualificação pedagógica. Exercia o
magistério sem possuir a habilitação mínima exigida. Fonte: Disponível
em: http://www.educabrasil.com.br/professores-leigos/.Acesso em 03/06/2017.
[30] Projeto
Minerva — O governo militar criou um
programa de ensino à distância chamado Projeto Minerva. O programa entrou no ar pela primeira vez no dia 4 de
outubro de 1970. O objetivo era solucionar os problemas educacionais com a
implantação de uma cadeia de rádio e televisão educativas para a massa,
utilizando métodos e instrumentos não convencionais de ensino. Como tudo era
controlado, o governo determinou horários obrigatórios para a transmissão de
programas educativos. Os programas pretendiam preparar alunos para os exames
supletivos de Capacitação Ginasial e Madureza Ginasial, estudantes que não
tinham condições de frequentar um curso preparatório. O Projeto
Minerva foi mantido até o início dos anos 1980, apesar das severas
críticas e do baixo índice de aprovação – 77% dos inscritos não conseguiram
obter o diploma. Fonte: Disponível em: < http://memoriasdaditadura.org.br/programas/projeto-minerva/>.
Acesso em 25/05/2017.
[31] Luciana Arêas Brasil,
natural de Santo Antônio de Pádua, filha de pai lavrador e mãe do lar. Estudou
no Grupo Escolar Teóphilo de Mello até a 5 série primária. O Curso ginasial, o
Curso Normal e o de Técnico de Contabilidade foram realizados no Colégio de Pádua.
Já na infância sempre foi incentivada pelos pais, à dedicação aos estudos.
Sempre me recordo dos meus pais sentados ao redor de uma grande mesa,
acompanhando a realização dos trabalhos escolares dos cinco filhos. Curioso que
cada um usava sua lamparina para iluminar o seu caderno. Meu pai lia o
jornal e comentava com todos. Desde cedo eu demonstrava interesse pela
educação ajudando minha mãe na Escola Rural mantida pelo Movimento Popular de
Alfabetização. Em 1967 fiz concurso para a Secretaria Estadual de Educação,
escolhendo o município de Duque de Caxias para fixar residência. Iniciei
minhas atividades profissionais como alfabetizadora, tanto na Escola Estadual
São Bento como na Escola Municipal Todos os Santos. A partir daí passei a
frequentar todos os momentos de formação que eram ofertados na cidade. Na
Escola Estadual fui convidada para dirigir o Curso Supletivo, onde permaneci
até 1977.Na Prefeitura fui apresentada à Chefe da Inspeção Escolar professora
Nair Chamarelli pela minha supervisora Maria dos Santos Baptista para ser a
implementadora de Alfabetização. Acompanhava e orientava o trabalho dos
professores. Na função de Diretora do Curso Supletivo tive informações do
Ensino Individualizado através de Cursos fornecidos pelo Centro Tecnológico de
Brasília. Doze professores estaduais se organizaram e participaram destes, o
que levou a Criação do Centro de Estudos Supletivos, com a com
participação da Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias. Atuei com
Supervisora Escolar tanto no Ensino Supletivo como no Regular.
Estive a frente da Coordenadoria de Ensino e depois Coordenadoria de
Planejamento. Paralelo as funções na esfera Pública atuei como
professora de Língua Portuguesa no Colégio Santo Antônio, por 3 anos e na
UNIGRANRIO como Professora Assistente de Prática de Ensino e Estágio
Supervisionado. Aposentada em 1997, assumi a Assessoria Técnica Especial da
Secretaria de Assistência Social, por 5 anos. Segui atuando na área de
assistência à pessoa com deficiência nas comunidades de Manguinhos, Vigário
Geral, Maré e Vila Cruzeiro. O trabalho focava na inserção destes
deficientes nas políticas públicas: Educação, Saúde, Esporte, Assistência
Social. De 2013 a 2016 exerci o Cargo de Subsecretária de Administração e
Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Educação de Duque de
Caxias. Fonte: Entrevista cedida à pesquisadora em 2017.
[32] Salário
Educação - Em 1964 é criado o Salário-Educação, por
meio da Lei nº 4.440/1964, tendo como objetivo a suplementação das despesas
públicas com a educação elementar (ensino fundamental), adotando como base de
cálculo 2% do Salário Mínimo local, por empregado, mensalmente. Em seguida, em
1965, a alíquota dessa contribuição social passou a ser calculada à base de 1,4
% do salário de contribuição definido na legislação previdenciária. Em 1972,
com o advento do Decreto nº 71.264/1972, o FNDE também passou a atuar como
agente arrecadador do Salário-Educação, nas situações em que as empresas
recolhiam a importância relativa à diferença entre o valor da contribuição
devida e o efetivamente aplicado em bolsas de estudo ou da importância relativa
ao número de alunos não atendidos, em número inferior a 30% do total de
empregados. Em 1975, por meio do Decreto-Lei nº 1.422/1975 e do Dec. 76.923/1975,
novas alterações foram implantadas no contexto do Salário-Educação, passando
sua alíquota a ser calculada à base de 2,5% do salário de contribuição das
empresas, situação que perdura até os dias atuais. Em 1972, com o
advento do Decreto nº 71.264/1972, o FNDE também passou a atuar como agente
arrecadador do Salário-Educação, nas situações em que as empresas recolhiam a
importância relativa à diferença entre o valor da contribuição devida e o
efetivamente aplicado em bolsas de estudo ou da importância relativa ao número
de alunos não atendidos, em número inferior a 30% do total de empregados. Fonte: Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/financiamento/salario-educacao/salario-educacao-entendendo-o>. Acesso: 02/06/2017.
[33] Em 1989 a 1992, a professora Dalva Lazaroni, primeira mulher
eleita para o cargo de vereadora no Município de Duque de Caxias, assumiu a SME
como Secretária de Educação, sendo substituída pela
professora Solange Amaral da Fonseca em 1990, que permaneceu até 1992. Nesse período alguns avanços foram conquistados pela categoria, como: em 1989 a
professora Dalva incentivou grandes discussões pedagógicas, com a parceria de
profissionais das universidades para encontros com professores da Rede. Em 1992
a Prof.ª Solange firmou convênios com a UERJ e UFF, para formação dos
professores da Rede. Esses encontros foram acompanhados pela Supervisão
Escolar; iniciou-se a implementação da sala de leitura nas escolas de 1º
segmento, trabalho fundamentado no Projeto Leia Brasil, da Petrobrás. Três
professoras visitavam as escolas, estimulando os professores a aderirem a este
trabalho. A partir de então, as Unidades Escolares passaram a destinar um
espaço para a Leitura, o que ocorre até hoje. Foi feito o primeiro Plano de Carreira, através da Lei Municipal nº 1070 de
19/09/1991, assinada pelo Vice-prefeito José Carlos Lacerda, e
os Supervisores passaram a fazer parte do Quadro Permanente do Pessoal do
Magistério, na categoria de Professor Especialista. Foi garantido ao professor
I, de acordo com o artigo 4, § 3 que: se possuíssem escolaridade exigida teriam
o direito de optar por serem enquadrados como Professores Especialistas. Fonte: (Arquivo, SME/DC,
2016).
[34] Eliana Marta Seraphim - graduada em Letras e
Pedagogia, especialização em Didática do Ensino Superior e Mestrado em Educação. Atuou
como docente em todas as fases de ensino, desde a Educação
Infantil, Médio, Fundamental e EJA, até o Ensino Superior. Na
iniciativa privada, além de docente, exerceu os seguintes
cargos administrativos na Universidade do Grande Rio: Chefe do Departamento de
Letras, Diretora do Centro de Idiomas — CIAFE , Coordenadora
do curso de Secretariado Bilíngue e de Letras, Diretora de Unidade e
Coordenadora de Polo de Ensino à Distância.
No Serviço Público, além de docente, atuou como Inspetora
Escolar Estadual e na Secretaria Municipal de Duque de Caxias atuou como
Supervisora e Chefe da Supervisão Educacional. Atualmente sócia proprietária da
S&L Assessoria Educacional. (Entrevista cedida para a
pesquisa em 2017).
[35] Enquadramento
– servidor que obteve a escolaridade mínima exigida foi assegurado o direito de
passar a integrar o Quadro Permanente, mediante formação correspondente ao
cargo (...) na forma da Lei. Fonte: Lei Municipal nº 1070 de
19/09/1971).
[36] Professores
Especialistas – são aqueles que possuem formação em Pedagogia com habilitação
nas áreas de Orientação Educacional, Supervisão Educacional, Administração
escolar ou Educação Especial, assim como aqueles que venham a ser admitidos por
concurso público específico. Fonte: Lei Municipal nº 1070/91, Boletim Oficial
Especial nº 1047, p.5 de 19/09/1991, art. 6º III.
[37] Lotacionograma
– Demonstra a organização dos profissionais lotados nas escolas da Rede
Municipal de Educação. As escolas são classificadas por quantitativo de turmas.
Através dessa classificação, o pessoal é distribuído de acordo com a realidade
da escola.
[40] Escola de Campo - aquela situada
em área rural, conforme definida pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, ou aquela situada em área urbana, desde que
atenda predominantemente a populações do campo. Fonte: Decreto nº 7.352, de 04 de novembro de
2010. Disponível
em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7352.htm. Acesso em 05/06/2017.
[41] Supervisor
Administrativo – Perfil: Elemento que atuará em um polo pedagógico,
tornando-se extensão da SME na plena consecução dos objetivos propostos,
viabilizando esse fato através da perfeita ordem administrativa. Atuará em
sintonia com a Divisão de Supervisão Escolar, que será um elemento sinalizador
para a presença desse Supervisor na U.E. Cumprirá visitas agendadas em
cronograma próprio, participando do desenvolvimento da proposta pedagógica das
U.E. como elemento mediador; Área de atuação: os polos pedagógicos
aos quais serão transmitidas todas as Diretrizes Administrativas emanadas da
SME e Unidades Escolares, caso haja necessidade. Forma de atuação:
Carga horária dividida em: 01 plantão de 08 horas; 01 reunião quinzenal com o
seu polo com 04 horas; 08 horas disponíveis para atendimento a qualquer unidade
escolar, onde sua presença se faça necessária; Atribuições: troca
constante com os membros da Supervisão Escolar agindo sempre de modo a não
permitir que a figura do Supervisor Administrativo seja associada ao do
“Inspetor”; Atribuições Específicas: Análise e acompanhamento na
elaboração de: livro de ponto, livros de matrícula, ficha de frequência, mapas
estatísticos, horário extraclasse, emissão de históricos escolares, pastas de
alunos, livro de ata de resultados finais. Fonte: (Arquivo pessoal da
pesquisadora).
[42] Ofício
Circular nº 02/2000 da DSE contendo: Atribuições da Equipe de Supervisão
Administrativa: Elaborar o Plano de Ação para 2001, devendo constar as
seguintes ações: 1- capacitação permanente para Diretores, Secretários e
Auxiliares de Secretaria; 2- Elaboração da proposta para as turmas em regime de
progressão parcial; 3- Elaboração da redação para os casos de classificação e
reclassificação, de acordo com a Resolução de Matrícula (documento da época,
hoje é feita através de Portaria de Matrícula) expedida por esta Secretaria; 4-
Previsão e distribuição mensal de visitas às unidades escolares em 2001; 5-
previsão de datas para realização de grupos de estudo; 6- Organização do
horário para 2001(...); 7- Levantamento das UEs que ainda não entregaram as Atas
de Resultados Finais. O Plano de Ação deveria ser entregue até 21/12/2000.
Fonte: Ofício Circular de 02/2000 da DSE (Arquivo pessoal da pesquisadora).
[44] Maria Celeste Rodrigues
Pais Alves nasceu no Rio de Janeiro em 01 de novembro de 1955. Filha única do
barbeiro Manuel de Sousa Pais e da professora Otília Rodrigues Pais, desde cedo
demonstrava interesse pelo magistério. Cursou sua educação básica na Escola
Municipal Pará, onde também estudara sua mãe; cursou o ensino médio básico e
também a formação em magistério. De 1974 a 1978 cursa a universidade de
Pedagogia entre descobertas, reflexões e mudanças de leitura do mundo. Em 1976
é aprovada no concurso de ingresso ao magistério público do Município do Rio de
Janeiro. Como professora regente atuou na Escola Municipal Monte Castelo até
1980 quando foi indicada para desempenhar a função de supervisora educacional.
Nesse mesmo ano deu início à pós-graduação latu-senso em
supervisão educacional e administração escolar. Em 1982 é convidada pela
direção do Colégio Cenecista Coelho Neto a implantar o serviço de supervisão
educacional, onde o trabalho, além de gratificante, possibilitou crescimento
pessoal e profissional. Em 1983 é enquadrada na função de especialista em
Educação no Município do Rio de Janeiro. Em 1986 ingressa ao magistério do
Estado do Rio de Janeiro, por meio de concurso público, atuando como professora
regente de ciências e matemática até 1988, ano em que se ausenta das salas de
aula para atuar como supervisora educacional. Em março de 1991 é
convidada a integrar a equipe de intervenção na Escola Municipal Escultor Leão
Veloso (município do Rio de Janeiro). Em setembro desse mesmo ano foi indicada
para assumir o cargo de assessora do Secretário Estadual de Administração,
tendo respondido também pela chefia de gabinete. Em 1995 retorna à escola
desempenhando sua função de supervisora educacional. Em 1997, após aprovação em
concurso público, passa a atuar como orientadora pedagógica no Município de
Duque de Caxias. Em 1998 ingressa, também por meio de concurso público, na
prefeitura municipal de São João de Meriti para exercer o cargo de supervisora
educacional. Em 2000 é convidada a integrar a equipe central de supervisão
educacional da Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias. Em
26/07/2001 foi indicada por seus pares a assumir a gestão da equipe de
supervisão educacional, indicação esta aprovada pela Secretária Municipal de
Educação, onde permaneceu até 2004. É aprovada para o curso de Mestrado em
Educação de 2005 a 2008. É designada em 2005 para integrar o Conselho Municipal
de Educação, representando os supervisores educacionais da secretaria municipal
de educação junto ao conselho, onde permanece até 2011. Em 2006 é indicada para
implantar o serviço de inspeção escolar no Município de Duque de Caxias, tendo
nesse mesmo ano iniciado a pós-graduação em inspeção escolar. Participou em
2007 da comissão coordenadora do plano municipal de educação, e da comissão
para elaboração do funcionamento da educação especial, no Município de Duque de
Caxias. Concluiu neste mesmo ano o curso de Especialização profissional em
Direito Educacional. Em 2012 é aprovada no concurso público para o cargo de Supervisor
educacional da prefeitura de Resende. No ano de 2014 desvincula-se do serviço
de inspeção escolar do Município de Duque de Caxias. Após anos de dedicação à
ampliação e ao desenvolvimento do sistema de educação fluminense, dá início no
ano de 2016 ao seu processo de aposentadoria, com o intuito de se dedicar
exclusivamente à família, em especial a convivência com seus netos. (Alves,
2017. Biografia cedida em 23/05/2017 para a pesquisa)
[46] CME/DC –
O Conselho Municipal de Educação de Duque de Caxias, órgão colegiado, criado
pela Lei nº 1330/1997 e reformulado pela Lei nº 1869/2005, é responsável pelas
atribuições do Sistema Municipal de Ensino em matéria consultiva,
fiscalizadora, deliberativa, normativa, de acompanhamento e assessoramento
sobre temas de sua competência. Constituído por 12 membros, funciona
diariamente e conta com uma estrutura administrativa e assessoria técnica
vinculada à SME/DC desempenhando suas funções, elaborando normas e tomando
decisões para o bom funcionamento do Sistema Municipal de Ensino. Em matéria
deliberativa, o CME ocupa-se na elaboração de normas para Educação especial no
município. Fonte: (SIE/DC, 2006).
[47] Deliberação
CME/DC nº 14/2014 - Revoga a Deliberação CME/DC nº 02/2005, que
fixa normas para autorização de funcionamento de Instituições privadas de
Educação Infantil que assistem e educam crianças na faixa etária de 0 (zero) a
5 (cinco) anos e 11 (onze) meses.
[49] Rogeria de Lima Bezerra Pedra,
nascida em 18 de agosto de 1965, em de Duque de Caxias. Graduada em
Pedagogia, Licenciatura Plena pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro -
UERJ (1990) habilitação em Supervisão Escolar e Magistério nas Matérias Pedagógicas.
Pós Graduada em Lato Sensu/Psicopedagogia Clínico Institucional pela UNIABEU
(2003). Cursa Pós Graduação Stricto Sensu na UNIGRANRIO Mestrado
Profissional em Ensino das Ciências (2017/2019). Concursada em 1992 no
Município de Duque de Caxias para o cargo de Professor Especialista Orientador
Pedagógico com atuação nas escolas da Rede. Em 2001 convidada para atuar no
cargo de Supervisor Educacional na Secretaria Municipal de Educação – SME. Em
2002 convidada para atuar como gestora da Escola Municipal Visconde de
Itaboraí. Em fevereiro de 2006 retorna para a equipe de Supervisão com o cargo
de Supervisora Educacional. Em janeiro de 2009 assumiu a Chefia da Divisão de
Supervisão Educacional. De março de 2009 a dezembro de 2012 foi Membro do
Conselho Municipal de Educação de Duque de Caxias. Atuação como Supervisora
Educacional da Faetec durante sete anos. Em janeiro do ano de 2013 retornou
para a escola como Orientadora Pedagógica até a presente data. Biografia cedida
à pesquisadora em 2017.
[50]Equipe Diretiva – Composta pelo
Diretor, Vice-Diretor, Orientador Pedagógico, Orientador Educacional e
Dirigente de Turno, deve coordenar ações coletivas e integradoras, visando ao
desenvolvimento de relações democráticas no interior da Unidade Escolar com a
colaboração do Conselho Escolar. Fonte: Art.9º do Regimento Escolar das
Unidades Escolares do Município de Duque de Caxias.
[52] Mapa
Estatístico - Documento no qual são registrados os dados da escola, como:
identificação, quantitativo de alunos, fluxo de alunos, quantitativo e nomes de
todos os profissionais que atuam na unidade escolar, bem como a formação
acadêmica dos professores. Em entrevista com a Supervisora Ilza Luíza, cedida à
pesquisadora em 2017, esse documento foi criado por ela, a fim de atender ao
trabalho realizado sobre o Censo Escolar. Esse documento deveria estar de
acordo com os registros do Censo Escolar.
[53] Mapa de
Alimentação Escolar – documento no qual são registradas todas as entregas,
saídas, utilização de gêneros alimentícios, bem como a confecção de cardápios e
controle de estoque. No Guia original, consta também: recibo de gás (recebido
pela escola), recibo do serviço de dedetização e análise da água utilizada pela
escola. Mensalmente este documento é entregue pelas escolas à CAESC –
Coordenadoria de Alimentação Escolar.
[54] CPFPF – Centro de Pesquisa e Formação Paulo Freire, responsável por todas as
formações e por todas as pesquisas e estágios realizados na Secretaria
Municipal de Educação.
[55] I-EDUCAR
– Sistema de Gestão de Educação de Duque de Caxias. Foi iniciado a
partir de 2015. O I-Educar é um sistema de gestão
escolar, e seu objetivo é
centralizar todas as informações pertinentes à administração escolar, tais como
organização das turmas, acompanhamentos das avaliações e
frequência do aluno a um sistema educacional municipal, diminuindo a
necessidade de uso de papel, a duplicidade de documentos, o tempo de
atendimento ao cidadão e racionalizando o trabalho do servidor público.
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