quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Supervisão Educacional e o Cotidiano Escolar: perspectiva interdisciplinar

Supervisão Educacional e o Cotidiano Escolar: perspectiva interdisciplinar

Osmeire Pinheiro de Matos
Unigranrio

Jacqueline de Cassia Pinheiro Lima
Unigranrio



Resumo:

Este artigo é fruto de discussões e vivências nas aulas da disciplina Pensamento Social Interdisciplinar, no curso de Mestrado da área interdisciplinar em Humanidades, Culturas e Artes da UNIGRANRIO. Pretende-se fazer uma reflexão sobre a interdisciplinaridade, o cotidiano escolar e a função supervisora, que é o foco da pesquisa, que tem como tema: O mapa da Supervisão Educacional em Duque de Caxias: transformações ocorridas entre os anos 2000 a 2016, a ser defendida até o início de 2018.
           
Palavras-chave: Cotidiano Escolar; Interdisciplinaridade; Supervisão Educacional.


1. Introdução

O tema do artigo “Supervisão Educacional e o cotidiano escolar: perspectiva interdisciplinar”, retrata a importância de um ambiente escolar onde todos os saberes são valorizados e necessários para o aprendizado. Sabemos que a escola é um lugar de aprendizagem permanente e de várias oportunidades e diante disso procuramos refletir sobre o cotidiano escolar em uma perspectiva interdisciplinar. Primeiro, evidenciamos os conceitos de interdisciplinaridade e outros próximos, como: transdisciplinaridade, multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, muitas vezes confundidos como uma ideia só.

Segundo, tratamos sobre o cotidiano escolar e sua prática. A perspectiva interdisciplinar e a cultura que envolve esse ambiente, que vai refletir nas suas ações. A forma como o homem deve ser visto, com suas crenças e valores.

No terceiro, traçamos o perfil do supervisor como líder, as implicações de sua prática na escola e sua importância como elo entre a Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias (SME/DC) e a escola. Sua forma de ver o mundo, o conhecimento de sua realidade e de seus liderados, que farão dele um profissional mais preparado para atuar e intervir no cotidiano escolar.

Os Supervisores Educacionais da SME/DC buscam através de encontros fazer estudos de casos para que as diversas equipes escolares possam vivenciar as realidades encontradas em outras Unidades Escolares, que servirão como experiências para o trabalho no cotidiano escolar. É um momento de reflexão sobre a ação, onde todos são ouvidos e contribuem para que o trabalho desenvolvido seja de qualidade.

Como objetivo elencou-se: analisar até que ponto a Supervisão Educacional como elo da SME X escola atua de forma interdisciplinar no cotidiano escolar. Como objetivos específicos: - Definir os conceitos ligados à disciplinaridade; definir habilidades e competências necessárias para que o Supervisor possa atuar na escola.


2. INTERDISCIPLINARIDADE

O Positivismo, como conceito, considerava a especialização essencial para o progresso científico, como pensavam Galileu e Descartes, que para entender o todo precisava das partes, ou seja “O todo é a soma das partes”. A ciência naquele momento podia resolver a maior parte dos questionamentos. Marx por exemplo, afirmava que só existia uma ciência, a História (Gadotti, 1999) e como a História não cria personagens e nem fatos, como afirmam alguns estudiosos, somente o que podia ser comprovado, visto, era considerado. Aquilo que podia ser medido. Gadotti anuncia que “a tradução positivista de só aceitar o observável, os fatos, as coisas, trouxe problemas para as ciências humanas, cujo objeto não era tão observável quanto o objeto das ciências naturais, modelo sobre o qual se fundou o paradigma do positivismo” (GADOTTI,1999, p.01).

Com a fragmentação do saber surge a figura do especialista, que por muito tempo foi considerado como “dono” daquele saber, de acordo com sua especialidade, o que causou problemas com outras disciplinas porque sempre houve fronteiras entre elas. A Interdisciplinaridade no final do séc. XX tomou mais força porque muitas questões não eram respondidas com as especializações. A fragmentação do saber não tinha todas as respostas e como o homem, sendo um ser holístico, como disse Armanda Álvaro Alberto em um encontro na ABE – Associação Brasileira de Educação, que em 1926 ouvira pela primeira vez esta palavra ao ler o livro Holism and Evolution, de Jan Smuts, governador britânico na África do Sul, que se tornou o primeiro – ministro daquele país, criador da palavra holismo. Aquele filósofo disse ela, considera que o “ser humano” seja um todo composto de corpo, mente, emoções e alma, formando uma unidade e a tendência da natureza é a de formar o todo. “Portanto a educação, segundo a autora, tem que tratar o homem como um todo dentro da natureza”. (LAZARONI, 2010, p.254), sendo assim, como uma especialidade daria conta de um ser tão completo? Como poderia ser analisado em um só ângulo?

Em 1912, com a fundação do Institut Jean Jacques Roussean, em Genebra, por Edward Claparède, mestre de Piaget, Gadotti mostra que foi travada uma discussão em relação às ciências mães e as ciências aplicadas à educação. Ex.: Psicologia, Sociologia. Após a 2ª Guerra Mundial, houve uma maior preocupação humanista e desde então a interdisciplinaridade foi pensada como proposta de diálogo entre as disciplinas e com isso as fronteiras entre elas seriam minimizadas. Como afirmou Gadotti, parece que todas correntes de pensamento a partir daquele momento se ocuparam da interdisciplinaridade: 1º- a teologia fenomenológica (de Ladrière, em Louvain, Bélgica) – o diálogo entre a igreja e o mundo; 2º- o existencialismo (Rogers e Gusdorf) – buscando dar as ciências uma “cara humana”; 3º- a epistemologia (Piaget) - que buscava desvendar o processo de construção do conhecimento e fundamentar a unidade das ciências; 4º- Marxismo (Goldman) - que buscava uma via  a mais para restauração da unidade entre o todo e a parte (GADOTTI, p.02, 1999).

Gadotti ainda mostra que, a interdisciplinaridade visa garantir a construção de um conhecimento globalizante, rompendo com as fronteiras das disciplinas. Para isso, Ivani Fazenda, (1979, p.8 apud Gadotti, 1999, p.02) afirma que, integrar conteúdos não seria suficiente, era preciso uma atitude, isto é, postura interdisciplinar. Atitude de busca, envolvimento, compromisso, reciprocidade, diante do conhecimento.

O termo interdisciplinaridade segundo Gadotti, é amplo e na educação percebeu-se que precisava não só de interdisciplinaridade, mas também de pluridisciplinaridade e de intradisciplinaridade. “A intradisciplinaridade é entendida nas ciências da educação como a relação interna entre a disciplina “mãe” e a disciplina “aplicada”. (MIALARET, 1967, apud GADOTTI 1999), distingue a pluridisciplinaridade entre:  uma pluridisciplinaridade interna e externa. Pelo caráter pluridisciplinar externo as ciências da educação fazem apelo a diversas outras ciências, dos métodos e técnicas em educação, por exemplo: necessitam do conhecimento da ótica, da fotografia, da eletrônica etc.  A pluridisciplinaridade interna é fundamental para explicar a autonomia das ciências da educação, que exige uma explicação. É a natureza do próprio fato/ato educativo; a sua complexidade, que exige uma explicação e uma compreensão pluridisciplinar. Nenhuma ciência consegue explicar o comportamento de um aluno através de uma ótica só, de um só ponto de vista, de uma só ciência.

Olga Pombo, em Interdisciplinaridade e Integração dos saberes (2005), faz críticas em relação aos termos usados. Considera a interdisciplinaridade uma palavra muito comprida e que há uma família de palavras que são mais ou menos equivalentes: pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade entendendo que não basta que vários profissionais trabalhem juntos para que estejam realizando um trabalho interdisciplinar. A interdisciplinaridade é muito mais do que estar juntos, concorda com Gadotti quando diz que a interdisciplinaridade é uma atitude. Faz uma reflexão sobre o risco de a palavra ser banalizada. Diz que por trás destas 4 palavras está uma mesma raiz – a palavra disciplinaridade. Conclui que: “ todas elas tratam de qualquer coisa que tem a ver com as disciplinas, que se pretendem juntar: multi, pluri, a ideia é a mesma”. Juntar muitas, pô-las ao lado uma das outras; ou então articular, pô-las inter, em inter-relação, estabelecer entre elas uma acção recíproca. O sufixo “trans” supõe um ir além, uma ultrapassagem daquilo que é próprio da disciplina.

Pombo (2005) continua, “uma  das chaves fundamentais para o entendimento da questão sobre a interdisciplinaridade é o enunciado”, “o todo não é a soma das partes” e que esse enunciado tem tido uma influência na nossa ciência no que tange a compreensão da interdisciplinaridade, porque desta forma, a especialização precisa ser complementada ou mesmo em alguns casos substituída, por uma compreensão interdisciplinar capaz de dar conta das configurações, dos arranjos, das perspectivas múltiplas que a ciência tem que convocar para o conhecimento mais aprofundado dos seus objetos de estudo.

Finalmente conclui que: “só há interdisciplinaridade se somos” capazes de partilhar o nosso pequeno domínio do saber, se temos a coragem necessária para abandonar o conforto da nossa linguagem técnica e para nos aventurarmos num domínio que é de todos e que ninguém é proprietário exclusivo. Para arriscar a fazer interdisciplinaridade é necessário perceber que a nossa liberdade só começa quando começa a liberdade do outro, ou seja, temos que dar as mãos e caminhar juntos (POMBO, 2005, p.13).

2.1 O Cotidiano escolar e a interdisciplinaridade

        Falar em cotidiano escolar não parece algo simples, muito pelo contrário, é algo muitas vezes difícil de entender. Segundo (Galvão, 2004, p. 28, apud Lück 2010, p. 88 -89) cotidiano escolar é “o conjunto de práticas e situações que ocorrem efetivamente no dia a dia de uma instituição educacional, episódios rotineiros e triviais que, ignorando por vezes os planejamentos, constituem a substâncias na qual se inserem as crianças ou jovens em processo de formação”.

        Ao falar em cotidiano escolar lembramo-nos das pessoas que compõe o lugar, com suas crenças e valores e que contribuem para formar a cultura daquele espaço, como disse Ambrósio (2001), “a cultura do lugar é identificada pelos seus sistemas, explicações, filosofias, teorias, ações e pelos comportamentos cotidianos”. Tudo isso se apoia, segundo Francischett (2005), em processo de comunicação, de qualificação, de classificação, de comparação, de representações, de contagem, de medição, de inferências. A cultura organizacional pode ser forte ou não, como afirmam (HOY e MISKEL, 2015), que definem cultura organizacional “como um sistema compartilhado de orientações que mantém a unidade e lhe confere identidade distinta. Mas há discordância sobre o que é compartilhado – normas, valores, filosofia, perspectivas, crenças, expectativas, atitudes, mitos ou cerimônia”.

        Nas culturas fortes, “as crenças e valores são intensamente defendidas, compartilhadas e orientam o comportamento organizacional”, como afirmam (HOY e MISKEL, 2015, p. 165). Ainda segundo esses autores, os pesquisadores da educação devem considerar a escola como um todo e analisar como suas práticas, crenças e outros elementos culturais se relacionam com a estrutura social, bem como dão sentido à vida social. Para entender a cultura da escola, a pessoa precisa estar nela. (BEYER e TRICE, 1987, apud HOY e MISKEL, 2015, p. 169) identificaram ritos de passagem, degradação, aprimoramento e integração para desenvolver e sustentar a cultura organizacional. Há dúvidas entre os pesquisadores sobre cultura escolar, pois em sua maioria os estudos são relacionados à cultura organizacional sem ser levado em consideração as especificidades de uma escola. Há questionamentos sobre: Há na escola uma cultura? Ou, a escola é composta de várias subculturas? Para nós, em primeiro lugar seria necessário entender a escola como um todo, com seus valores e qual o processo de formação daquela escola e com quais profissionais.

É necessário ter um olhar interdisciplinar para a escola. Cada escola, como qualquer organização, tem sua cultura, seus desafios e a partir do momento que isto é percebido, a ação pode ser melhor definida.  Precisamos entender que, cada escola tem suas características próprias e de acordo com suas necessidades a ação será diferente uma da outra. O funcionamento de cada escola vai depender da autorreflexão feita pelos seus membros, pois é importante que todos saibam que a escola só funciona através da participação de cada um.

          Numa cultura humanista, segundo (HOY e MISKEL, 2015, p. 181), os alunos aprendem por meios de interações e experiências cooperativas e leva a uma atmosfera democrática com comunicação bidirecional entre alunos e professores. Os autores utilizam o termo “orientação humanista”, no sentido sociofisiológico sugerido por Erich From (1948); ambos sublinham a importância do indivíduo e a criação de uma atmosfera que atenda às necessidades do aluno. Somente um cotidiano escolar interdisciplinar dará conta de tantos desafios encontrados.

Para o entendimento do processo interdisciplinar é necessário o entendimento de outros termos como visto anteriormente: transdisciplinaridade, multidisciplinaridade e pluridisciplinaridade:

Disciplinaridade significa a exploração científica especializada de determinado domínio homogêneo de estudo, isto é, o conjunto sistemático e organizado de conhecimentos que apresentam características próprias nos planos do ensino, da formação, dos métodos e das matérias; esta exploração consiste em fazer surgir novos conhecimento que substituem os antigos [...] A multidisciplinaridade entendida como uma gama de disciplinas, mas sem relação entre elas [...] A pluridisciplinaridade é a justaposição de diversas disciplinas, mas com relação, interligação entre elas [...] A interdisciplinaridade compõe-se por um grupo de disciplinas conexas e com objetivos comuns (JAPIASSU, 1976, p.72).


 A transdisciplinaridade para Francischett (2005) “significa a coordenação de todas as disciplinas com uma finalidade comum dos sistemas”. Trabalhar numa proposta interdisciplinar, portanto é estar aprendendo o tempo todo, porque os especialistas não deixarão de existir, estarão ali com seus conhecimentos atuando não só com suas especialidades, conforme (FERREIRA, 1993, apud FRANCISCHETT, 2005) define como uma troca, de reciprocidade. É uma atitude, uma externalização de uma visão de mundo de natureza holística.

O caminho da interdisciplinaridade foi longo por não ser fácil deixar algumas práticas de lado, mas se torna o caminho possível à medida que, o homem é entendido como um todo sem fragmentação das partes. Concordamos com Gadotti quando diz que a interdisciplinaridade é uma atitude, um método, porque há que se pensar desta forma para que ela realmente aconteça; as trocas entre os especialistas e o grau de interação entre as disciplinas são características fundamentais para que a interdisciplinaridade aconteça como afirma (JAPIASSU, 1976, p.74). O diálogo deve ser constante, as experiências vividas valorizadas, deve ser feita uma releitura crítica sobre o fazer da escola, o ambiente de trabalho deve ser autônomo, onde as partes são respeitadas, assim o cotidiano escolar poderá ser considerado interdisciplinar.

São muitos os desafios como mostrou Francischett (2005), para se chegar  à interdisciplinaridade: “assumir um paradigma teórico – metodológico que admita contradições, ambiguidades, conviver com incertezas; construir uma perspectiva crítica, reflexiva; construir uma visão de realidade de que transceda os limites da disciplina sem perder a especificidade; conceber o conhecimento científico enquanto representação do real; estabelecer relação entre  conteúdo de ensino e realidade social escolar; desintalar-nos de nossas posições acadêmicas tradicionais, das situações adquiridas e abrir-nos para perspectivas e caminhos novos”. Nas palavras de Japiassu, “o espírito interdisciplinar não exige que sejamos competentes em vários campos do saber, mas que nos interessemos de fato, pelo que fazem nossos vizinhos em outras disciplinas” (JAPIASSU apud FRANCISCHETT, 2005, p.10).



2.2 O Supervisor Educacional e a interdisciplinaridade

A sociedade vivencia períodos de transformações, que se caracterizam por um processo de reorganização e reformulação na visão de mundo, dos seus valores básicos e de suas estruturas sociais e políticas (CASTELLS,1999). A liderança neste contexto passa a afetar o ambiente de trabalho e o supervisor é um líder, mesmo que a escola não o veja como tal, pois representa a Secretaria Municipal de Educação, servindo como elo entre a Secretaria e a escola. Precisa estar inserido no contexto escolar, conhecer a cultura da escola no qual faz o acompanhamento, precisa saber de que forma as coisas acontecem e como é o cotidiano escolar.

É preciso ter algumas habilidades e competências, que farão toda diferença em sua atuação como supervisor. Além de ser conhecedor de seu ambiente de trabalho, que é a escola, ele precisa saber lidar com as pessoas, com a equipe diretiva, assim denominada pelo Regimento das escolas municipais do município de Duque de Caxias. Fazem parte desta equipe: o diretor, vice-diretor, dirigentes de turno, orientadores pedagógicos e educacionais. O secretário não está inserido nesta equipe, mas tem um trabalho fundamental na escola.

Na função supervisora é necessário saber lidar e mediar conflitos. É preciso ter a humildade de saber seu limite como especialista e estar aberto a outros saberes, que vão agregar valores à sua prática. Não há mais espaço para a liderança tradicional. Há uma abordagem recente chamada por Gardner de liderança autêntica e vários outros estudos, mas todas as linhas caminham para “a autenticidade como ponto inicial a partir de seus os próprios líderes por meio de sua autoconsciência, autoaceitação, autoconhecimento, fé, ações e relacionamentos” (GARDNER, 2005, apud SANTOS, TECCHIO, FIALHO, 2014).

Isso fará com que o líder seja realmente visto como alguém que está ali para somar, agregar conhecimentos e valores que serão úteis no dia a dia da escola. Neste tipo de liderança, a ética profissional é fundamental, e a percepção do indivíduo e como ele constrói o seu papel no ambiente (BEGLEY, 2006, apud SANTOS, TECCHIO, FIALHO, 2014). A confiança também é fundamental. Não há consenso no conceito de liderança autêntica, mas há um consenso no que se refere aos 4 componentes da liderança autêntica, que são: processamento equilibrado; perspectiva moral internalizada; transparência nas relações e autoconhecimento. (AVOLIO, WALUMBWA, WEBER, 2009, apud SANTOS, TECCHIO, FIALHO, 2014).

É desafiadora a função supervisora nesses novos tempos, pois a escola vive com uma diversidade muito grande de problemas, que somente com uma postura interdisciplinar poderá pensar sobre eles e encontrar um caminho. Hoje o supervisor está na escola como mais um profissional da equipe diretiva, que está ali para pensar o cotidiano escolar numa perspectiva interdisciplinar e que com essa atitude poderá contribuir em muito no fazer pedagógico e administrativo da escola.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A interdisciplinaridade apesar de ser uma palavra muito usada por todos na escola, não é muito fácil de ser entendida e de ser trabalhada. É mais que um termo, é uma atitude, uma postura como entende Fazenda, apud Gadotti (1999). Só através da interação entre os saberes a escola conseguirá conhecer e compreender o seu aluno, que deve ser visto como um ser holístico e que, portanto, não há como através de somente uma disciplina ou área entendê-lo. O profissional, que por sua vez, também tem suas crenças, seus valores, sua cultura, deverá procurar o autoconhecimento, a autorreflexão e a partir do seu conhecimento pessoal, seu conhecimento de mundo, com ética profissional poderá conhecer seu meio e transformá-lo se necessário, através da confiança, que é essencial para o trabalho interdisciplinar.


Referências

CASTELL, S, M. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura. In A Sociedade em Rede, v.1 São Paulo: Paz e Terra, 1999.
FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. O entendimento da interdisciplinaridade no cotidiano. Tema do Colóquio da UNIOESTE – Cascavel, maio, 2005.
GADOTTI, Moacir. Interdisciplinaridade – Atitude e método. Instituto Paulo Freire, USP. Disponível em: < https://xa.yimg.com/kq/groups/24693043/.../Interdisci_Atitude_Metodo_1999.pdf>. Acesso em 06/102017 às 09h44min.
HOY, K. Wayne, MISKEL, Cecil G. Administração Educacional – teoria, pesquisa e prática.9ª ed. Editora Penso, Porto Alegre, 2015.
LAZARONI, DALVA. Mate com Angu – a história de Armanda Álvaro Alberto. Editora Europa. RJ, 2010.
LUCK, Heloísa. Gestão da cultura e do clima organizacional da escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
POMBO, Olga. Interdisciplinaridade e Integração dos saberes. Liinc em Revista, v.1, n.1, março 2005, p.3 – 15 http://www.ibict.br/liinc
SANTOS, Fabiana Besen, TECHHIO, Edivandro, FIALHO, Francisco Antonio Pereira. Liderança Autêntica e Gestão do Conhecimento. Revista da Universidade Vale do rio Verde, Três Corações, V.12, n 1, p. 579 -588, jan. /jul.2014.



Artigo apresentado e publicado no V CONEXBEL - Congresso de Pesquisa e Extensão de Belford Roxo, RJ, novembro, 2017. ISSN 2318.929. 

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